terça-feira, 18 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL!


A todos os portistas, simpatizantes do FC Porto e leitores de AZUL E BRANCO
Feliz Natal!
Próspero 2013.

domingo, 9 de dezembro de 2012

FÓRMULA COLOMBIANA

FC Porto-Moreirense, 1-0
Liga, 11.ª jornada
8 de Dezembro de 2012
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 24.610 espectadores

Árbitro: Vasco Santos (Porto)
Assistentes: João Santos e Ludovico Santos
Quarto árbitro: João Lamares

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Defour, Lucho (cap.) e João Moutinho; James, Jackson Martínez e Varela
Substituições: Lucho por Kelvin (46m), Varela por Kleber (57m) e James por Atsu (90m)
Não utilizados: Fabiano, Iturbe, Miguel Lopes e Abdoulaye
Treinador: Vítor Pereira

MOREIRENSE: Ricardo Ribeiro; Paulinho, Ricardo Fernandes, Anilton e Augusto; Júlio César e Filipe Gonçalves (cap.); Pablo Olivera, Pintassilgo e Fábio Espinho; Ghilas
Substituições: Pablo Olivera por Wagner (73m), Pintassilgo por Castro (78m) e Júlio César por Renatinho (83m)
Não utilizados: Ricardo Andrade, Ricardo Pessoa, Rafael Lopes e Diego Gaúcho
Treinador: Jorge Casquilha

Ao intervalo: 0-0
Marcador: Jackson Martínez (71m)
Cartão amarelo: Filipe Gonçalves (52m), Alex Sandro (62m), Mangala (77m), Fábio Espinho (85m)


Regresso ao Dragão após 3 jogos complicados fora de portas, para 3 competições distintas com saldo negativo no conjunto dos 3 encontros, mas que verdadeiramente só causaram mossa numa das 3 provas.
Alguns motivos de interesse nesta partida, desde logo a estreia do novo relvado, após os problemas que o anterior estava a gerar. Aparentemente, e ainda a ter que melhorar para ficar na perfeição para a qualidade de jogo que a equipa quer apresentar, este mostrou estar em muito melhores condições que o seu antecessor. Outro aspecto importante é a situação do grupo após 2 derrotas consecutivas, algo anormal para os lados do Dragão.
Vítor Pereira apresentou o melhor 11 inicial à sua disposição, alterando apenas Fernando lesionado, entrando para o seu lugar Defour, relativamente ao último jogo. Contra um Moreirense que, apesar de estar nos lugares de descida da LPFP, tem demonstrado qualidade nas saídas em contra-ataque e ataque rápido, explorando a velocidade dos seus jogadores avançados.
Como seria de esperar jogou com um bloco baixo desde o apito inicial, causando imensas dificuldades ao Porto, que circulava a bola contra um adversário a não dar espaço nas suas costas e estando sempre bem organizado, o que facilitava e muito as tarefas defensivas dos visitantes. Apesar disso, grande oportunidade para Jackson com o remate cruzado a sair bem perto do poste. Durante o restante da 1ª parte, pouco ou nada o Porto acrescentou ao jogo, muita bola mas pouca definição nas zonas mais próximas da área, sempre com a dificuldade acrescida da lentidão em todas as acções.
Para a 2ª parte pedia-se mais velocidade na busca rápido do golo que trouxesse alguma tranquilidade e mais confiança à equipa. Desde logo uma mexida ao intevalo, com a saída de Lucho (lesão ou precaução) e entrada com alguma surpresa de Kelvin, passando James para espaços mais interiores nas costas de Jackson.
Era notória uma maior dinâmica na equipa, mais mobilidade e começavam a surgir alguns espaços para cruzamentos e oportunidades de golo, especialmente a partir dos 55 minutos, coincidindo também com a entrada de Kléber para fazer companhia ao colombiano.
James teve uma grande oportunidade após cruzamento de Danilo com o remate a ser desviado por cima da trave de Ricardo. Na sequência de um pontapé de canto, Jackson mais rápido a ganhar posição e a cabecear como mandam as regras sem qualquer hipótese de defesa. Estava feito aquele que seria o golo dos 3 pontos e de novo liderança isolada dos marcadores para Jackson Cha Cha Cha.

DECLARAÇÕES
Vítor Pereira

"Este jogo foi exactamente o que eu esperava. Depois de um ciclo bastante exigente não podíamos chegar frescos. Defrontamos uma equipa bem organizada, com bloco baixo. Não jogámos com dinâmica forte, mas criamos situações mais do que suficientes para ganhar. Três pontos que valem o mesmo que outros em que a dinâmica foi forte".

"Esta vitória para nós era fundamental. Não fizemos um grande jogo, mas o importante era conquistar os três pontos. O nosso trabalho está feito, agora vamos ver o trabalho dos outros".

Jackson Martínez

"O jogo estava a tornar-se muito difícil, mas competia-nos continuar a jogar o nosso futebol e atacar. Tentámos criar oportunidade e conseguimos marcar o golo que nos deu a tranquilidade para gerir a partida depois".

"As exigências vão aumentando, mas o que tenho de fazer é continuar a trabalhar forte para marcar golos. A nós interessam-nos os nossos jogos".

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

NOVA GRELHA DO PORTO CANAL

O Porto Canal estreou finalmente a sua nova grelha. A par da introdução de novos programas sobre desporto e o FC Porto, o Júlio Magalhães volta à antena, o Valter Hugo Mãe tem um programa sobre literatura e o Ricardo Couto assume as manhãs.
Quanto à questão de ser um canal do Porto para o país e para o mundo, acho que temos todo o potencial para isso, e uma obrigação acrescida tendo em conta o futuro que parece desenhar-se para a RTP Porto. Ser uma voz activa, analítica, inconveniente quando for preciso, em defesa dos interesses de uma cidade e de uma região onde o FC Porto é, gostem ou não os rivais que cá vivem, um dos símbolos mais importantes. Neste âmbito, Júlio Magalhães afirmou há tempos que Pinto da Costa lhe garantiu total independência e que não lhe foram colocadas quaisquer condições. Mas acrescentou que sabe que, qualquer que seja o canal, a independência nunca é total e o trabalho do jornalista está sempre, de alguma forma, condicionado.
Mas nem tudo é perfeito. Quase um ano depois da chegada de Júlio Magalhães e três semanas após o ponto de viragem que foi a apresentação da nova grelha, quem visita o site do Porto Canal depara com um espaço sem vida nem actividade, onde a programação do lado direito está actualizada mas os destaques , que ocupam a maior parte do ecrã, continuam a anunciar o Porto Alive às 19:00, quando agora é às 18:30, o Territórios às 20:45, quando agora é às 18h15, e ainda o Jornal do Norte, que já nem sequer faz parte da nova grelha. No “Vídeo on Demand” o último programa disponível é de 21 de Maio. Quem tentar ver a emissão online não consegue, porque o servidor de streaming encontra-se em actualização. Quem visitar a página do Porto Canal no Facebook verá que se multiplicam os pedidos para que o stream volte a estar activo, para que os programas sejam disponibilizados online ou mesmo para que o canal passe a ser aberto, o que obviamente não é uma possibilidade viável mas demonstra o interesse que as pessoas têm em aceder aos conteúdos do Porto Canal. E apesar disso, o site está descurado, o on demand desactualizado e o stream em actualização.
É preciso ter atenção a estas coisas. Hoje em dia passamos muito mais tempo atrás do ecrã do computador, ou mesmo do tablet e do telemóvel, do que da televisão, já para nem falar nos emigrantes e nas muitas pessoas que não têm acesso ao canal pelo modo convencional. Se queremos realmente afirmar-nos como um grande canal nacional feito a partir do Porto, não podemos ignorar esta vertente cada vez mais importante. A televisão é um meio muito poderoso, mas a Internet não fica atrás e quem souber jogar este jogo só tem a ganhar.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

MAIS ATITUDE DO QUE SORTE

SC Braga-FC Porto, 0-2
Liga portuguesa, décima jornada
25 de Novembro de 2012
Estádio Municipal de Braga
Assistência: 17.251 espectadores

Árbitro: Carlos Xistra (Castelo Branco)
Assistentes: Nuno Pereira e Jorge Cruz
Quarto árbitro: Manuel Mota

SC BRAGA: Beto; Salino, Douglão, Nuno André Coelho e Ismaily; Custódio, Hugo Viana e Rúben Micael; Alan (cap.), Éder e Mossoró
Substituições: Hugo Viana por Rúben Amorim (67m), Rúben Micael por Djamal (86m) e Custódio por Carlão (90m+1)
Não utilizados: Quim, Paulo César, Hélder Barbosa e Elderson
Treinador: José Peseiro

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); James, Jackson Martínez e Varela
Substituições: Varela por Atsu (69m), João Moutinho por Defour (80m) e Lucho por Kleber (88m)
Não utilizados: Fabiano, Castro, Miguel Lopes e Abdoulaye
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 0-0
Marcadores: James (90m) e Jackson (90m+3)
Cartões amarelos: Fernando (39m), Custódio (52m), Varela (63m), Ismaily (72m), Salino (87m) e Helton (90m+3)
Cartões vermelhos: nada a assinalar


O FC Porto triunfou pela terceira época consecutiva em Braga, por 2-0, graças a James Rodríguez e Jackson Martínez. Após um início prometedor, os golos só vieram nos minutos finais: enquanto o adversário se preocupou em guardar o empate, os Dragões nunca desistiram de ir em busca da vitória. Com este resultado, os portistas mantêm-se como líderes da Liga.

Talvez se possa dizer que houve uma pontinha de sorte no remate em que James faz o primeiro golo, já que a bola bateu em Douglão e traiu o guarda-redes. Mas a sorte procura-se e dá trabalho, como sublinhou Vítor Pereira, em conferência de imprensa: o colombiano rematou após uma bela troca de bola em que intervieram Fernando (cumpriu o seu 100.º jogo no campeonato pelos Dragões) e Danilo. Jackson ainda confirmou a vitória, com o seu nono golo na prova: é líder dos marcadores, a par de Meyong, do Vitória de Setúbal.

O arranque do FC Porto foi fortíssimo. O SC Braga vinha disposto a aplicar a sua já conhecida pressão alta, mas, logo no seu primeiro ataque, os portistas trocaram a bola a preceito e criaram dois lances de perigo: num canto apontado por James, Otamendi acertou no poste e, na sequência do lance, o defesa argentino voltou a rematar, mas desta vez ao lado, após passe de Lucho. Ao quarto minuto, Jackson teve um bom lance na direita do ataque, que acabou por se perder.

Os primeiros 20 minutos dos portistas foram de alto nível e só a partir daí os locais conseguiram assentar o seu jogo. O primeiro sinal de perigo veio dos pés de Alan, cujo remate foi desviado para canto por Alex Sandro, aos 21. Pouco depois, Mossoró obrigou Helton a “voar”, com um disparo de fora da área.

Até ao intervalo, o jogo manteve-se sempre vivo e intenso, com as equipas a assumirem a iniciativa de forma repartida, mas surgiram poucas situações claras para abrir o marcador. Acabou por ser Lucho a dispor da melhor ocasião, ao rematar por alto, aos 25 minutos, depois de ter sido isolado por James.

A segunda parte foi abordada de forma mais calculista por ambas as formações. O futebol foi menos fluído e os lances de perigo praticamente inexistentes. Porém, o FC Porto foi sempre a equipa mais inconformada com o nulo. Prova disso foi o facto de José Peseiro, treinador do SC Braga, ter trocado um médio ofensivo (Rúben Micael) por outro de cariz defensivo (Djamal).

Os golos surgiriam ao cair do pano: o primeiro por intermédio de James, num remate poderoso à entrada da área; o segundo por Jackson, também de fora da área, de pé esquerdo, após perda de bola de Salino. Beto apenas viu a “bomba” do “Cha-cha-cha” passar. Em resumo, o triunfo foi um prémio para quem teve mais posse de bola, iniciativa e ambição.


DECLARAÇÕES
A união foi o ponto comum das curtas declarações de Vítor Pereira e James Rodríguez logo após a vitória em Braga. Um e outro admitiram que a coesão da equipa ditou o desfecho na "Pedreira", com o treinador a fazer ainda questão de endereçar os parabéns aos jogadores e aos adeptos do FC Porto.

Vítor Pereira
"Foi uma vitória difícil, suada e há que dar os parabéns aos jogadores e os parabéns aos adeptos. A equipa tem carácter, como tem demonstrado sempre, está unida e deu mais uma demonstração cabal disso mesmo. Parabéns aos jogadores, pois são eles que ganham os jogos, por toda a união demonstrada."

James
"Fico muito feliz. Penso que o FC Porto está a jogar para ser campeão. Sabíamos todos que o Braga é uma grande equipa e conseguimos um bom resultado, para podermos continuar a lutar. Estamos bem, estamos a passar um bom momento, mas sabemos que devemos seguir passo a passo e continuar por este caminho. Somos unidos."

fonte: fcporto.pt

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

FC PORTO 3-0 DÍNAMO DE ZAGREB

FC Porto-Dínamo de Zagreb, 3-0
Liga dos Campeões, grupo A, quinta jornada
21 de Novembro de 2012
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 27.603 espectadores

Árbitro: Paolo Tagliavento (Itália)
Assistentes: Mauro Tonolini e Lorenzo Manganelli
Quarto árbitro: Riccardo di Fiore
Assistentes adicionais: Luca Banti e Paolo Silvio Mazzoleni

FC PORTO: Helton; Danilo, Abdoulaye, Otamendi e Mangala; Defour, João Moutinho e Lucho (cap.); James, Jackson Martínez e Varela
Substituições: Defour por Fernando (67m), Abdoulaye por Alex Sandro (67m) e Lucho por Atsu (75m)
Não utilizados: Fabiano, Miguel Lopes, Castro e Kleber
Treinador: Vítor Pereira

DÍNAMO DE ZAGREB: Kelava (cap.); Vrsaljko, Vida, Šimunic e Pivaric; Ademi, Kovacic e Brozovic; Beqiraj, Sammir e Cop
Substituições: Sammir por Puljic (76m), Cop por Halilovic (84m) e Beqiraj por Krstanovic (86m)
Não utilizados: Mitrovic, Calello, Tomecak e Alispahic
Treinador: Ante Cacic

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Lucho (20m), João Moutinho (67m) e Varela (85m)
Cartões amarelos: Jackson Martínez (25m), Ademi (45m), Abdoulaye (53m), Šimunic (66m) e Varela (82m)

A força do FC Porto é claramente colectiva, mas há jogos em que é inevitável fazer um destaque individual. No caso da vitória clara (3-0) sobre o Dínamo de Zagreb, há que referir o brilho de João Moutinho, com um belíssimo golo de livre (os outros foram de Lucho e Varela) e duas assistências. Invictos na Liga dos Campeões, os Dragões vão agora a Paris em busca do primeiro lugar do grupo A.
Acabou por ser um encontro de efemérides: o FC Porto obteve o seu 100.º triunfo em casa para as competições europeias (o primeiro foi a 16 de Setembro de 1964, com o Lyon a sair derrotado por 3-0) e o 150.º em termos europeus globais. João Moutinho, que foi o verdadeiro dínamo azul e branco, teve o prémio merecido pelos 400 jogos a nível sénior (a estreia ocorreu na época 2004/05).
O primeiro sinal de perigo foi portista, com Jackson, aos cinco minutos, a cabecear ao lado, na sequência de um canto. Os croatas apresentaram-se muito fechados, com Sammir a ser o único jogador com autorização para abandonar as imediações da sua grande área, quando a sua equipa perdia a bola. O Dínamo de Zagreb causava assim dificuldades à troca de bola portista e, quando se aventurou na frente, na primeira parte, até criou algumas ocasiões para marcar.
A primeira situação nasceu dos pés de Sammir, que atirou ao poste, aos 13 minutos. O FC Porto, com mais posse de bola e iniciativa, viu Kelava defender com dificuldade um remate de João Moutinho, no minuto seguinte. O 1-0 surgiu num remate de Lucho, de pé esquerdo, à entrada da área, após combinação entre Jackson e João Moutinho, que fez a assistência. Foi o quinto golo da época do argentino, que já é o terceiro melhor marcador da equipa.
O segundo golo poderia ter surgido aos 24 minutos, quando James deu um “nó cego” a um defesa adversário e a bola acabou por ir parar aos pés de Moutinho, que rematou por cima. Antes do intervalo, o Dínamo teve hipótese de empatar, quando Beqiraj viu os seus intentos evitados por Otamendi, primeiro, e depois Varela, que cortou a bola em cima da linha, na sequência de um canto.
Na segunda parte, o FC Porto melhorou o seu nível de jogo, aparecendo mais rápido, pressionante e solto na criação de lances de ataque. O Dínamo só mostrou ter gás para 45 minutos a um nível razoável e terminou o encontro rendido, em claro KO.
Jackson e James viram Kelava evitar por duas vezes o golo, antes de Moutinho, aos 67 minutos, num livre directo perfeito, coroar o domínio dos Dragões. Os suplentes Fernando e Alex Sandro, que regressam à competição, após lesões, tinham acabado de entrar em campo e puderam apreciar o arco exemplar do remate de Moutinho, antes de poderem tocar na bola.
Depois de Atsu parecer ter sido rasteirado em falta na grande área croata, Moutinho acrescentou a cereja ao bolo da sua exibição, isolando Varela de calcanhar, aos 85 minutos. O extremo não teve dificuldade em finalizar e continua na sua senda goleadora, com quatro tentos em seis encontros. O camisola 17 ainda podia ter "bisado": servido por Danilo, já nos descontos, atirou para defesa de Kelava. Em Paris, a 4 de Dezembro, FC Porto e Paris Saint-Germain vão disputar o primeiro lugar do grupo A. Aos Dragões, basta um empate.

DECLARAÇÕES
Vítor Pereira vai a jogo em Paris. Depois da qualificação em Kiev e da vitória sobre o outro Dínamo, o de Zagreb, o treinador do FC Porto mantém a intenção de terminar a fase de grupos na primeira posição. Para o conseguir, basta-lhe um empate no Parque dos Príncipes, mas o técnico não se desvia do propósito de vencer, reiterando a especial predilecção por "bons jogos".

Consistência e dinâmica
"Ganhámos e justificámos a vitória e o resultado, com uma exibição consistente e dinâmica. Foi uma vitória natural, frente a uma equipa que nos criou dificuldades, nomeadamente na primeira parte. Com a qualidade individual, conseguimos também superar este obstáculo."

Qualidade dos médios
"Os golos marcados pelos médios tem a ver com o trabalho, a qualidade deles e o facto de sentirem confiança para aparecer em zonas de finalização."

Para ver quem é o melhor
"Para nós, é importante ficar em primeiro, porque esse é o nosso objectivo. Vamos a Paris com o objectivo de fazermos o nosso jogo, com a nossa identidade, e procurar vencer. Depois veremos quem é a melhor equipa e quem fica em primeiro. Gostamos de bons jogos e este será um deles."

A marcar muito e a sofrer pouco
"Temos realizado bom jogos, com qualidade, que não se resume na qualidade ofensiva, mas também se alarga à consistência defensiva. Temos feito bons jogos, marcando muitos golos e permitindo pouco. E isso só uma equipa consistente consegue."


terça-feira, 20 de novembro de 2012

"O OBJECTIVO É FICAR EM PRIMEIRO LUGAR"

Vítor Pereira antecipou esta terça-feira o jogo de amanhã, com o Dínamo Zagreb, afirmando que o FC Porto vai jogar para ganhar e para defender a liderança do grupo. Confirmou a recuperação de Alex Sandro e Fernando e ainda disse que o sorteio da Taça foi "bom para o futebol". James Rodriguez promete seriedade e vontade de vencer.

O que espera do jogo com o Dínamo, a equipa mais fraca do grupo?
Não vamos no canto da sereia, vamos com a guarda bem alta, sabemos bem o que queremos e o jogo é determinante para os nossos objectivos, que é ficar em primeiro lugar no grupo.

Vai defrontar uma equipa com um recorde negativo, com dez derrotas consecutivas...
Para o Dínamo será um desafio, de certeza que querem quebrar essa sequência negativa. Nós aqui no Porto gostamos de ter desafios e quanto maior melhor. Eu reposto pelo FC Porto e nós estamos determinados e sabemos que se quisermos ganhar o jogo temos de impor intensidade forte, ser agressivos e provar em campo que merecemos a vitória. Não acredito em jogos fáceis na Liga dos Campeões e não acredito que amanhã seja um jogo fácil.

Conta com Fernando e Alex Sandro para o jogo de amanhã?
Fernando e Alex Sandro são jogadores que estão neste momento disponíveis para amanhã fazerem parte do grupo.

Com o apuramento garantido não seria mais importante gerir o plantel?
Fazemos a gestão que tivermos de fazer, mas em função da resposta de cada um. Sabemos que para este jogo vamos escolher a equipa que pensamos nos dará uma boa resposta. Depois, faremos o mesmo tipo de gestão, o nosso desafio é sempre o próximo jogo e queremos ficar cá com os três pontos.

Como é que olha para os valores monetários. O que vale para si como técnico estar a jogar por pontos e dinheiro?
Não ligo a mínima, não é a minha área. Nunca fui financeiro na vida, nunca pensei muito no dinheiro, não é isso que me preocupa, o que me preocupa é desportivamente reforçar o estatuto do clube, reforçar a qualidade dos jogadores e da própria equipa. Essa é que é a minha responsabilidade.

Quer prolongar ser a única equipa nas competições europeias sem derrotas?
Eu sinto-me um treinador que trabalha todos os dias para evoluir. Há um ano sentia-me o mesmo treinador, a tentar evoluir, aprender com a experiência. Tenho a noção que é preciso trabalhar, evoluir para ir dando resposta a estes desafios. Queremos continuar a fazer parte do pequeno grupo de equipas que consegue somar 13 pontos no grupo. O que queremos para amanhã é termos quatro vitórias acumuladas e um empate.

Como se focam os jogadores com o apuramento garantido, sendo que domingo há jogo importante em Braga?
Os jogadores estão completamente focados neste jogo da Liga dos Campeões, depois do jogo de amanhã, no caminho para casa, começo a pensar no jogo de Braga.

O que achou do sorteio da Taça, com uma deslocação difícil a Braga?
Quando nos saiu o Braga a primeira que me veio à ideia é que as bolinhas devem estar amestradas e sabem que gostamos de desafios difíceis. É bom para nós, para os adeptos e acredito que sejam bom para o Braga. É bom para o futebol.

James: "Temos de encarar o jogo com seriedade"

James Rodriguez assume que todos querem jogar bem na "Champions", mas diz que é preciso desconfiar, porque só com seriedade e uma atitude de conquista o FC Porto poderá somar três pontos.

Os jogos da Liga dos Campeões são mesmo especiais?
Todos querem jogar bem na Champions League, todos querem jogar esta competição. Queremos ganhar e esperamos um bom jogo amanhã.

O que conhece desta equipa?
Amanhã penso que há que ter cuidado, porque estas equipas são muito perigosas. Temos de encarar o jogo com seriedade, entrar para ganhar e nada mais.

Qual é o contributo do treinador para o seu crescimento?
Muito, penso que o mister sabe o que cada jogador tem e é bom saber que conta com cada um de nós. Treino para ser a cada dia melhor, sou jovem, quero aprender.

O seu nome é constantemente associado ao mercado
Não dou importância ao que se diz fora. Estou 100 por cento concentrado no FC Porto.

fonte: fcporto.pt

domingo, 18 de novembro de 2012

FC PORTO PASSA AOS OITAVOS DE FINAL DA TAÇA DE PORTUGAL

Nacional-FC Porto, 0-3
Taça de Portugal, quarta eliminatória
17 de Novembro de 2012
Estádio da Madeira, no Funchal

Árbitro: Paulo Baptista
Assistentes: José Braga e Valter Dias
4.º Árbitro: Roberto Rebelo

NACIONAL: Vladan; João Aurélio, Manuel Da Costa, Mexer e Marçal; Revson, Claudemir e Jota; Diego Barcellos, Mario Rondón e Mateus
Substituições: Keita por Jota (46 minutos), Daniel Candeias por Mateus (64 minutos) e Edgar Costa por Diego Barcellos (76 minutos)
Não utilizados: Gottardi, Miguel Rodrigues, Mihelic e Isael
Treinador: Manuel Machado

FC PORTO: Fabiano; Miguel Lopes, Abdoulaye, Otamendi e Mangala; Defour, Castro e Lucho; Atsu, Iturbe e Kleber
Substituições: João Moutinho por Defour (63 minutos), James por Iturbe (63 minutos) e Danilo por Mangala (81 minutos)
Não utilizados: Helton, Rolando, Varela e Jackson
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Lucho (27 minutos), Mangala (71 minutos) e Kleber (89 minutos)
Cartão amarelo: Mangala (25 minutos), Manuel Da Costa (31 minutos), Claudemir (38 minutos), Mexer (61 minutos), Atsu (62 minutos), Marçal (80 minutos)


O FC Porto foi à Madeira vencer o Nacional por 3-0 e está nos oitavos-de-final da Taça de Portugal. Lucho, Mangala e Kleber assinaram os golos do triunfo que contou também com uma exibição de gala de Christian Atsu.
Os Dragões entraram na Choupana donos e senhores da bola, perante um Nacional de linhas recuadas e meio-campo reforçado. Rapidamente se percebeu que a iniciativa de jogo pertenceria quase em exclusivo ao bicampeão nacional, com a equipa da casa a tentar aguentar o nulo e a aproveitar-se de possíveis contra-ataques ou lances de bola parada.
O FC Porto criou a primeira jogada de perigo logo aos sete minutos, com Lucho a servir Kleber na perfeição e o avançado a cabecear ao lado. Com um ataque totalmente renovado, apoiado nos arranques de Iturbe e na ousadia de Atsu, os azuis e brancos aumentaram gradualmente a presença no último terço do terreno e encostaram os madeirenses à sua zona defensiva.
Aos 16 minutos, uma excelente combinação entre Castro e Atsu ia dando o 1-0, mas Kleber chegou ligeiramente atrasado ao cruzamento do ganês e adiou os festejos. A vantagem acabaria mesmo por aparecer já perto da meia-hora de jogo, outra vez com o extremo na jogada: depois de um soberbo movimento individual na direita, o camisola 27 cruzou com conta, peso e medida para a entrada de Lucho ao segundo poste, e o argentino, sem deixar a bola tocar o chão, assinou um golaço.
A perder, o Nacional soltou amarras e aproximou-se da baliza de Fabiano, mas tanto o livre de Revson como o cabeceamento de Manuel Da Costa passaram ao lado. Em cima dos 45 minutos, Kleber voltou a ameaçar e a falhar na pontaria, após uma fantástica jogada colectiva ao primeiro toque.
Depois do intervalo, a formação de Manuel Machado surgiu mais expedita e conseguiu criar alguns lances de perigo para as redes portistas. Atento e seguro, Fabiano controlou bem as iniciativas, nomeadamente as acrobacias de Rondón, Diego Barcellos e Keita.
Junto à baliza de Vladan o filme era outro. Atsu não só dava muitas dores de cabeça à defesa do Nacional, como conseguia semear o pânico. Aos 71 minutos, depois de muito moer a paciência aos adversários, o extremo voltou a servir de bandeja um companheiro para o 2-0: desta vez coube a Mangala, exemplarmente infiltrado entre os centrais, empurrar o esférico para lá da linha de golo.
A vitória já aqui estava garantida, mas o encontro não acabou sem novo golo portista. Aos 88 minutos, Fabiano saiu aos pés do ex-Dragão Candeias para impedir o 2-1 e no contra-ataque Kleber passou finalmente das ameaças aos actos: lançado por João Moutinho com um passe magistral, o avançado ultrapassou o guarda-redes e fez o merecido golo. 3-0 e mais um passo para o Jamor.


sexta-feira, 16 de novembro de 2012

O RABECÃO E O SAPATEIRO

Quanto mais nos dispersamos menos sucesso conseguimos. É uma lei da vida que todos devemos seguir e que a sabedoria popular sintetiza muito bem: “Quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão”.

Vem isto a propósito das infelizes declarações do seleccionador nacional Paulo Bento, que parece preocupar-se mais com o FC Porto do que com os adversários que enfrenta no campo.

Da Federação Portuguesa de Futebol e dos seus funcionários, do mais anónimo ao mais relevante, espera-se a defesa do futebol português e dos seus clubes, em especial daqueles que defendem as cores nacionais nas provas internacionais. Estranhamente, porém, Paulo Bento acha que tem a mesma obrigação em relação ao futebol português e aos clubes portugueses que o seu homólogo da Colômbia, ou de qualquer outra selecção. Um absurdo.

Mais do que pelas palavras, as pessoas devem ser julgadas pelos actos e não pode haver conivência maior do que aceitar uma deslocação ao Gabão para realizar um jogo que não servia, como não serviu, para nada. Para quem se diz tão independente, não casa a cara com a careta.

O FC Porto tudo fará para preparar bem os seus jogadores, para que possam contribuir para uma vitória da selecção nacional em Israel, mas infelizmente constatamos que o seleccionador nacional não fez o mesmo, como é sua obrigação.

Estranha a alusão ao seu empresário Jorge Mendes, que não foi tido nem achado no assunto e pensamos que não precisa de ser promovido à custa de quem agencia.

De resto, estas declarações só podem fazer sentido a quem tem perdido visibilidade pelo desempenho da selecção e tenta pôr-se agora em bicos de pés, atacando o presidente do FC Porto para aparecer na primeira página do jornal “A Bola”.

No FC Porto os treinadores servem para treinar e ganhar jogos e, se nos é permitida a ousadia, aconselhamos a federação a seguir esta regra.

Defender o futebol português e os seus clubes não é certamente a reacção inflamada e chantagista do seleccionador, que se diz à espera de apoio vindo dos oito pisos da sede da Federação. No FC Porto, que até já teve uma sede com 16 pisos, a liderança tem um nome, o seu presidente. É assim agora, como foi no passado. Pelos vistos, na FPF não parece ser bem assim, o que ajuda a perceber a dificuldade que o seleccionador tem tido em concentrar-se no que é a sua obrigação, vencer jogos.

fonte: fcporto.pt

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

VITÓRIA CLARA COM PROBLEMAS DE EXPRESSÃO

FC Porto-Académica, 2-1
Liga, nona jornada
11 de Novembro de 2012
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 31.910 espectadores

Árbitro: Hugo Pacheco (Porto)
Assistentes: João Silva e Pedro Ribeiro
Quarto árbitro: Pedro Maia

FC PORTO: Helton; Danilo, Abdoulaye, Otamendi e Mangala; Defour, João Moutinho e Lucho (cap.); James, Jackson Martínez e Varela
Substituições: Varela por Atsu (63m), João Moutinho por Castro (85m) e James por Kelvin (90m+2)
Não utilizados: Fabiano, Iturbe, Miguel Lopes e Rolando
Treinador: Vítor Pereira

ACADÉMICA: Ricardo; João Dias, João Real, Flávio (cap.) e Nivaldo; Marinho, Makelele e Keita; Cleyton, Cissé e Wilson Eduardo
Substituições: Cleyton por Ogu (63m), Marinho por Ferreira (74m) e Nivaldo por Afonso (74m)
Não utilizados: Peiser, Maguique e Saleiro
Treinador: Pedro Emanuel

Ao intervalo: 0-0
Marcadores: James (50m), João Moutinho (62m) e Wilson Eduardo (79m)
Cartão amarelo: Abdoulaye (75m), Ferreira (78m) e Ogu (83m)


Oito meses depois, o bicampeão voltou a consentir um golo no Dragão em jogos da Liga. Curiosamente, frente ao mesmo adversário que marcara pela última vez no Porto. Mas a proeza, ou a apetência especial, não serviu de muito à Académica. Antes de Wilson Eduardo, marcaram James e João Moutinho. E depois mais ficaram por marcar, numa vitória mais clara do que a expressão do resultado (2-1).

Faltou, sobretudo, intensidade e envolvimento à primeira parte dos Dragões, porque, já então, o ataque, sendo frequente, não era suficientemente rápido para provocar desequilíbrios numa defesa, a da Académica, que depressa mecanizou movimentos de neutralização, encontrando sempre resposta às articulações preferenciais do adversário.

Por duas vezes, Jackson Martínez foi a maior ameaça. Ainda antes de atingida a dezena de minutos, o colombiano errou a direcção do “chapéu” quando Ricardo lhe saiu ao caminho e, pouco depois de ultrapassada a meia-hora, assistido por João Moutinho, preferiu o remate à meia-volta, com James mesmo ao lado e em condições de correr isolado para a baliza.

Obrigado a travar por opção do compatriota, James correria mais tarde, pouco depois do recomeço, movido por um daqueles passes de Lucho a que não se pode dizer não. Dominada a bola e à saída de Ricardo, James escolheu o lado mais difícil e marcou, entre o guarda-redes e o poste mais próximo.

Não passariam muito mais de dez minutos para a bola voltar a entrar na baliza da Académica e, curiosa e sensivelmente, pelo mesmo sítio. Desta vez, com todos os créditos do lance resumidos num único protagonista e num lance inventado e interpretado por João Moutinho: um remate preciso, desferido a mais de 20 metros, para o qual Ricardo voou, indiferente às probabilidades nulas de êxito.

Apesar de imutável, o domínio portista seria pontualmente questionado num remate de Wilson Eduardo, surgido quase do nada, mas a tempo de recuperar dúvidas e interesse com pouco mais de dez minutos para jogar, que, ainda assim, bastaram para o FC Porto repetir exercícios de superioridade, sem acrescentar novos números ou expressão a uma hegemonia que merecia maior capacidade de finalização.


O MELHOR EM CAMPO
João Moutinho foi eleito o melhor jogador em campo do FC Porto-Académica, encontro da nona jornada da Liga que os Dragões venceram por 2-1. O internacional português apontou o segundo golo portista, com um grande remate de fora da área, aos 62 minutos. Para além disso, colocou em campo a sua habitual entrega e capacidade de passe.

É a primeira vez esta época que João Moutinho é considerado MVP no Estádio do Dragão. Lucho, Jackson, por duas vezes, e James foram os anteriores distinguidos.


DECLARAÇÕES

Após a vitória por 2-1 frente à Académica, Vítor Pereira fez uma análise serena da partida na sala de imprensa do Estádio do Dragão. Sublinhou a justiça do triunfo portista, que em nenhum momento pareceu em perigo, elogiou os golos de Moutinho e James e admitiu que o desgaste do jogo em Kiev, na terça-feira, impediu os Dragões de aplicar maior intensidade na partida.

Era esta Académica que esperava e que dizia que seria um adversário difícil, após o empate em Kiev?
Sim. Os jogos da Académica que tive oportunidade de ver, com o Atlético de Madrid, ao vivo, mostraram-me uma equipa compacta, bem trabalhada, organizada e que, em termos de transição defensiva, cria dificuldades. Do meu ponto de vista, as duas equipas acusaram um pouco os jogos anteriores, até do ponto de vista emocional. Gostava que a dinâmica e o ritmo tivessem sido maiores. O terreno está pesado, mas estou satisfeito: nos momentos em que não mostrámos tanta qualidade, tivemos espírito de entreajuda e paciência. Na segunda parte, aceleramos e fizemos dois golos. Estou satisfeito com o resultado e a equipa.

Depois de algumas exibições com 90 minutos de nota artística positiva, a equipa voltou a um passado recente e não entrou bem. O que se passou?
É a sua opinião. Do outro lado estava uma equipa organizada, fechada. Já tinha dito que as duas equipas acusaram a exigência e o esforço das competições europeias. Houve mérito da Académica e não houve muitos espaços para a nossa dinâmica. Não sou da sua opinião. Na primeira parte, tivemos a bola quase na totalidade do tempo, mas não conseguimos concretizar. Na segunda parte, tivemos alguns espaços e fizemos dois golos bonitos e tivemos oportunidades que não concretizámos. Tivemos alguns apontamentos de grande qualidade, mas não conseguimos, depois de jogo europeu – que implicou viagens e uma noite perdida – jogar sempre a um alto ritmo. Quem acompanha o fenómeno do futebol sabe que isso não seria possível depois de um jogo na Ucrânia.

A forma como comemorou o golo do João Moutinho tem a ver com algo em particular?
Disse-lhe que ele já merecia este golo, porque tenta tantas vezes fazer aquilo. Fez um excelente jogo, tem de continuar a trabalhar a meia distância e acreditar nele próprio. Vejo-o a trabalhar muito para fazer este tipo de golos e faz bastantes nos treinos. O golo do James também foi de excelente execução, por isso estou satisfeito.

O golo da Académica surgiu contra a corrente do jogo…
Poderíamos ter feito o 3-0 e depois surge uma bola perdida, em que recuperámos como equipa, mas o ressalto caiu nos pés do Wilson Eduardo, que, com a qualidade que tem, fez aquele disparo. Penso que produzimos um bom espectáculo e foi uma vitória justíssima da nossa parte.

fonte: fcporto.pt

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

DÍNAMO DE KIEV 0-0 FC PORTO

UEFA Champions League, grupo A, 4.ª jornada
6 de Novembro de 2012.
Estádio Olímpico, em Kiev.
Assistência: 34.386 espectadores.

Árbitro: Alberto Mallenco (Espanha).
Assistentes: Roberto Díaz Pérez del Palomar e Jesús Calvo Guadamuro.
Quarto árbitro: Pau Cebrian Devis.
Assistentes adicionais: Fernando Teixeira e Antonio Mateu Lahoz.

DÍNAMO DE KIEV: Koval; Betão, Mikhalic, Khacheridi e Taiwo; Vukojevic, Miguel Veloso e Milevskiy; Yarmolenko, Marco Ruben e Gusev (cap.).
Substituições: Milevskiy por Haruna (58m), Marco Ruben por Ideye (67m) e Vukojevic por Kranjcar (88m).
Não utilizados: Shovkovskiy, Garmash, Bogdanov, Haruna e Mehmedi.
Treinador: Oleksiy Mykhaylychenko.

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Abdoulaye e Mangala; Defour, João Moutinho e Lucho (cap.); James, Jackson e Varela.
Substituições: Varela por Atsu (76m), Defour por Castro (79m) e James por Kleber (90m+1).
Não utilizados: Fabiano, Miguel Lopes, Rolando e Iturbe.
Treinador: Vítor Pereira.

Cartões amarelos: Vukojevic (20m), Milevskiy (42m) e Abdoulaye (70m).

O FC Porto garantiu esta terça-feira o apuramento para os oitavos-de-final da Champions, ao obter um nulo frente ao Dínamo de Kiev. Os Dragões controlaram a partida e dispuseram das melhores oportunidades para marcar. Não venceram, mas garantiram o essencial: com 10 pontos em 12 possíveis, mantêm-se em primeiro no grupo A e asseguram um lugar entre as 16 melhores formações da Europa.
Os primeiros 15 minutos de jogo foram difíceis para o FC Porto, com os ucranianos a empurrarem os Dragões para o seu meio-campo. Passado o primeiro quarto de hora, os azuis e brancos passaram a circular mais a bola e, no final do primeiro tempo, já dominavam o item relativo à sua posse, com 55 por cento.
A grande oportunidade da etapa inicial foi do FC Porto: aos 35 minutos, James cruzou da esquerda para o cabeceamento de Jackson, que Koval desviou para canto. Ao intervalo, os portistas tinham obrigado o guardião contrário a três defesas, enquanto Helton só foi forçado a intervir uma vez. O Dínamo de Kiev tinha obrigação de vencer e “pegar” no encontro, mas não o conseguia.Aos cinco minutos da segunda parte, o FC Porto voltou a ter uma boa ocasião para abrir o marcador: Varela, isolado por James, atirou cruzado, mas ao lado. Aos 62, um livre de João Moutinho sofreu um desvio na barreira e quase enganava Koval. A melhor situação da equipa de Kiev ocorreu aos 67, com Yarmolenko a escapar ao fora-de-jogo, mas Helton, atento, defendeu com tranquilidade.
Na fase final da partida, os portistas procuraram explorar os espaços cedidos pelo adversário, que colocou mais unidades no ataque. Entrou Atsu para o lugar de Varela, na tentativa de acelerar o contra-ataque dos Dragões. Numa jogada rápida, a um minuto do fim, Lucho disparou em boa posição, mas ao lado.
O primeiro lugar do grupo A será agora discutido com os franceses do Paris Saint-Germain. No próximo desafio da Champions, o FC Porto recebe os croatas do Dínamo de Zagreb (21 de Novembro, 19h45).

DECLARAÇÕES

Vítor Pereira

"Sabíamos que o Dínamo jogava tudo para o apuramento e fizemos um jogo personalizado. Quando tivemos de ser equipa unida, fomos, quando tivemos de defender, defendemos, e criámos algumas situações de golo; pena foi não termos concretizado. O Dínamo, em casa e com o apoio do seu público, é uma equipa perigosa e com bons jogadores, nomeadamente do meio-campo para a frente."

"Queria dar os parabéns aos jogadores que entraram, que substituíram quem saiu, e estiveram muito bem. Além disso, queria reforçar o espírito de sacrifício dos nossos capitães, o Helton e o Lucho, que jogaram condicionados, porque tanto um como outro estavam com pequenas lesões."

"Em termos gerais, estou muito satisfeito com a personalidade da equipa e com a entreajuda entre os jogadores. Estou muito satisfeito com a atitude. Foi um FC Porto personalizado, o que esteve hoje aqui, em Kiev. Estamos satisfeitos, mas já vamos pensar no próximo jogo da Champions como mais um para ganhar, porque nós não jogamos para empatar jogos."

"O resultado acaba por ser o correcto, mas conseguir o apuramento à quarta jornada é uma façanha, não é qualquer equipa que consegue esse objectivo. É claro que o objectivo agora é o primeiro lugar. Isto é uma prova demasiado importante para relaxarmos. Queremos ganhar os jogos todos e vamos tentá-lo. Hoje não foi possível alcançar a vitória, mas concretizámos aqui o apuramento e no jogo 150 do nosso presidente. É mais uma prenda para ele. "
Lucho

"Apesar do empate, ficamos com um doce sabor. A equipa fez um excelente jogo e seria lindo termos podido marcar um golo e poder ganhar, mas o mais importante é que o nosso objectivo foi conseguido. Agora vamos jogar pelo primeiro lugar."

"Creio que fizemos um grande jogo e a vitória seria um resultado justo, mas também estamos contentes assim. Logicamente que, se formos analisar os 90 minutos, fomos superiores e tivemos situações para poder marcar, mas faltou esse último passe e um pouco mais de tranquilidade. Obviamente que agora vamos a Paris lutar pelo primeiro lugar, uma vez que está conseguido o objectivo principal, que era a qualificação."

"Senti-me bem. O corpo médico fez um grande trabalho e felizmente pude aguentar bem os 90 minutos."

João Moutinho

"A equipa está de parabéns, fizemos um bom jogo e conseguimos um bom resultado. No conjunto, estivemos bem, estivemos concentrados naquilo que tínhamos de fazer. Sabíamos que o Dínamo é uma equipa perigosa em contra-ataque e foi isso que tentaram fazer, mas estivemos muito bem e criámos algumas oportunidades. Não conseguimos sair daqui com mais do que o empate, mas vamos felizes por termos conseguido o maior objectivo."

"O FC Porto é um dos favoritos [do grupo]. Estamos com o Paris Saint-Germain na luta pelo primeiro lugar e vamos jogar contra eles para ganhar, como fazemos em todos os jogos em que entramos, para tentar garantir a primeira posição, que é algo importante para nós."

Helton

"Graças a Deus, e também com o espírito de grupo, consegui ir a jogo. Ontem também torci o tornozelo, para ajudar à minha dúvida, e tive dores durante o jogo, mas valeu o espírito de sacrifício, porque a malta estava a merecer – como sempre -, e isso animou-me ainda mais para ficar até ao final."

"Não tenho outra resposta para o que sinto, a não ser: feliz, alegre, contente com o resultado e com o nosso objectivo conquistado. Agradeço, obviamente, a Deus e aos meus companheiros, que apostaram e depositaram a sua confiança. Eu divido sempre o mérito com o grupo, porque eles merecem e têm-me ajudado muito."

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

ESTORIL 1-2 FC PORTO


Estoril-FC Porto,1-2
Liga, sétima jornada
28 de Outubro de 2012
Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril
Assistência: 4.934 espectadores

Árbitro: João Capela (Lisboa)
Assistentes: Ricardo Santos e Pedro Garcia
Quarto árbitro: Luís Reforço

ESTORIL: Vagner; Anderson Luís, Steven Vitória, Bruno Nascimento e Jefferson; Diogo Amado, Gonçalo e Evandro; Carlitos, Licá e Gerso
Substituições: Evandro por Carlos Eduardo (61m), Gerso por Luís Leal (63m) e Diogo Amado por João Paulo (77m)
Não utilizados: Renan, Mano, João Pedro e Hugo Leal
Treinador: Fabiano Pessoa

FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Mangala; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); Varela, Jackson Martínez e James
Substituições: Varela por Atsu (72m), James por Rolando (86m) e Lucho por Defour (90m+2)
Não utilizados: Fabiano, Castro, Iturbe e Kelvin
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Steven Vitória (10m), Varela (57m) e Jackson Martínez (61m)
Cartão amarelo: Fernando (69m)


Após longa paragem na Liga para compromissos da Selecção Nacional e Taça de Portugal e moralizados por uma óptima campanha na Champions, o  FC Porto tinha pela frente um jogo difícil, fora, com o Estoril Praia. Uma equipa complicada de derrotar, com bons princípios e bem fundamentados e boas ideias de jogo.
Vítor Pereira manteve o mesmo 11 do último jogo, procurando manter rotinas na equipa e dar dinâmicas fortes desde o apito inicial de forma a não complicar o jogo. Era importante vencer, não só pelas vitórias dos rivais já nesta jornada, mas também por não termos vencido o último jogo na condição de visitante.
Os azuis e brancos começaram bem o jogo com um lance perigoso de Varela logo aos 2 minutos, o qual poderia ter dado outra cara a este encontro. Na sequência de um canto oferecido por Fernando, num lance em que poderia fazer melhor, oferece de bandeja um lance de perigo ao Estoril. Canto batido e golo do Estoril à passagem dos 10’, por Steven Vitória.
Era necessário correr atrás do prejuízo e foi tentando o  FC Porto chegar ao golo desperdiçando algumas oportunidades de golo, nomeadamente Jackson e Otamendi que falha um desvio escandaloso ao 2º poste atirando contra o mesmo. Quando o Porto se conseguia organizar no meio-campo adversário; a organização do Estoril aparecia e com a lentidão na circulação não era possível fazer melhor, arrastando-se o jogo até final da 1ª parte.
Redescobrir espaço era o desafio que se colocava ao campeão e o aumento de velocidade foi a primeira resposta dada perante um adversário para quem atacar se tornara apenas um verbo que há muito deixara de conjugar. A mobilidade do tridente atacante acrescentou o segundo factor decisivo e completou o binómio da solução, que virou o jogo do avesso em quinze minutos.
Aos 57 minutos, Jackson trabalha bem na direita no 1x1 e mais forte cruza ao 2º poste para Varela cabecear para o empate no jogo. Ainda se festejava o primeiro e já o Porto andava perto da baliza de Vagner. Num livre batido para a área por Moutinho, Jackson aparece solto e de cabeça novamente, faz o 1-2 a favor do Porto.
Até final o jogo correu de forma tranquila, com o resultado final feito aos 60 minutos e uma vitória mais que justa e que peca por momentos de pouca qualidade da equipa azul e branca.

DECLARAÇÕES
O treinador Vítor Pereira dedicou a difícil vitória no terreno do Estoril (2-1) a Jorge Nuno Pinto da Costa, por ocasião do seu milésimo encontro no campeonato nacional como presidente dos Dragões. O técnico sublinhou a entrada forte do FC Porto na segunda parte, que permitiu dar a volta a uma situação de “alguma ansiedade”.

Reacção na segunda parte
“Vimo-nos a perder muito cedo no jogo e depois era natural que houvesse uma ou outra oportunidade, mas faltava mais intensidade nas acções defensivas, mais agressividade, pressionar mais alto, ‘apertar’ mais com o Estoril. Foi isso que fizemos na segunda parte.”

Luta contra ansiedade
“A alegria vem fundamentalmente pela forma como o triunfo foi conseguido. Depois de estarmos a perder por 1-0, e sabendo que um golo não chegava, é natural que se tenha gerado alguma ansiedade. Tivemos uma entrada forte na segunda parte, conseguimos dar a volta e depois podíamos ter feito mais golos.”

A corrida do título
“Esta corrida está muito longe de chegar ao fim. Temos de ser consistentes e ir somando pontos para na parte final ver quem tem argumentos para chegar ao titulo.”

Dedicatória especial
“Foi importante chegar aqui e poder dedicar, no jogo 1000, a vitória ao presidente, que já teve tantas conquistas. Este espírito de vencedor, de quem é ambicioso, é-nos transmitido na pessoa do presidente. Não há ninguém que queira ganhar mais do que ele.”

Jackson quer «continuar a marcar»
Também Jackson Martínez, que apontou o segundo tento portista, prestou declarações no final do encontro: “Foi uma vitória muito importante. Pensamos em nós e não nos nossos rivais e queremos fazer o nosso trabalho, independentemente dos outros. Foi um jogo muito difícil, perante uma equipa complicada. Na segunda parte tivemos uma atitude diferente, querendo ganhar. Na primeira parte, não tivemos a eficácia necessária. O mais importante são os três pontos, mas, como goleador, é importante continuar a marcar e a equipa fica mais perto de ganhar”.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

FC PORTO 3-2 DÍNAMO KIEV


UEFA Champions League, grupo A, 3.ª jornada
24 de Outubro de 2012.
Estádio do Dragão, no Porto.
Assistência: 29.317 espectadores.

Árbitro: Pavel Kralovec (República Checa).
Assistentes: Roman Slysko e Martin Wilczek.
Quarto árbitro: Antonin Kordula.
Assistentes adicionais: Radek Prihoda e Micahl Patak.

FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Mangala; Fernando, João Moutinho e Lucho; Varela, Jackson Martínez e James.
Substituições: Varela por Atsu (64m), João Moutinho por Defour (75m) e James por Miguel Lopes (90m+2).
Não utilizados: Fabiano, Castro, Kleber e Abdoulaye.
Treinador: Vítor Pereira.

DÍNAMO KIEV: Shovkovskiy; Betão, Mikhalik, Khacheridi e Taiwo; Miguel Veloso, Vukojevic e Garmash; Yarmolenko, Ideye Brown e Gusev.
Substituições: Vukojevic por Kranjcar (84m).
Não utilizados: Koval, Mehmedi, Marco Ruben, Bogdanov, Haruna e Ninkovic.
Treinador: Oleksiy Mykhaylychenko.

Ao intervalo: 2-1.
Marcadores: Varela (15m), Gusev (21m), Jackson Martínez (36m e 78m), Ideye Brown (72m).
Cartão amarelo: Garmash (81m), Betão (90m+3), Miguel Veloso (90m+4) e Maicon (90m+4).

O FC Porto venceu esta quarta-feira o Dínamo de Kiev no Dragão por 3-2 e ficou muito perto de carimbar a passagem para os oitavos de final da competição. Jackson, com dois golos, foi o herói da partida
Os dragões começaram melhor e conseguiram chegar ao golo à passagem do primeiro quarto de hora do jogo, pelos pés de Varela. O internacional português recebeu na área e rematou fortíssimo, sem hipóteses para o guarda-redes da equipa ucraniana. O Dínamo de Kiev não baixou os braços e acabou por conseguir chegar ao empate, por Gusev, assistido por Miguel Veloso. Antes, Danilo apareceu na área ucraniana e foi derrubado mas o árbitro fez vista grossa e mandou seguir. O FC Porto viria a conseguir chegar novamente à vantagem ainda antes do intervalo, por Jackson (36') ,que se estreou a marcar na competição. Ao intervalo justificava-se a vantagem azul e branca.
No segundo tempo o FC Porto baixou o ritmo de jogo, tentou segurar o resultado e acabou por sofrer o empate, quando estavam decorridos 72 minutos de jogo. Ideye recebeu de Yarmolenko e, sem deixar a bola cair, rematou para o fundo das redes. No entanto Jackson estava em noite sim e seis minutos depois bisou na partida, fixando o resultado final.
Com este resultado o FC Porto soma nove pontos e garante, desde já, a continuação nas competições europeias, bastando um empate na Ucrânia para segurar a presença nos oitavos de final. O Dínamo de Kiev continua em terceiro, com três pontos

DECLARAÇÕES

Vítor Pereira

Três jogos, três vitórias e nove pontos na Liga dos Campeões: a prestação do FC Porto na máxima competição futebolística europeia continua imaculada e Vítor Pereira sublinhou esse facto na conferência de imprensa após a vitória sobre o Dínamo de Kiev (3-2). Para o técnico, o triunfo foi de uma “inteira justiça” e materializa uma prestação que “não está ao alcance de qualquer equipa”.

Viu-se um FC Porto desnorteado e que demorou a reagir aos golos do Dínamo de Kiev?
Gostaríamos de ter proporcionado um jogo de grande qualidade durante 90 minutos, mas do meu ponto de vista isso é impossível quando sete dos titulares estiveram duas semanas e meia sem competir e caem num jogo da Liga dos Campeões, contra uma boa equipa, recheada de bons jogadores. Até ao primeiro golo do Dínamo apresentámos um futebol de grande qualidade. Depois, acusámos um bocado o golo. Voltámos a entrar bem na segunda parte, em que fomos uma equipa solidária e que soube reagir, mesmo após o 2-2. Julgo que é com inteira justiça que vencemos e somámos nove pontos nos três primeiros jogos, o que não está ao alcance de qualquer equipa.

À semelhança do jogo com o Paris Saint-Germain, mudou a face táctica da equipa e minutos depois chegou à vitória. É algo circunstancial ou que tem pernas para andar?
O jogo é para ser lido e percebido e devemos mudar algo quando sentimos que é correcto. Penso que se refere à mudança do James para dentro: não quis que ele se desgastasse tanto no processo defensivo, porque o sentia cansado e tinha necessidade de baixar muito no terreno. Precisávamos de um decisor no espaço entrelinhas. Muitas vezes, a intenção não tem efeitos práticos, neste caso não sei se foi uma consequência directa mas acabámos por fazer o terceiro golo e ganhar o jogo. A nossa estrutura base é o 4-3-3, mas circunstancialmente podemos tirar partido de um jogador da qualidade, como o James, no espaço entrelinhas.

Na segunda parte houve dois momentos: o golo do Dínamo e o golo do FC Porto. A resposta da equipa após o 2-2 dá garantias do ponto de vista emotivo e táctico?
O Dínamo é uma equipa que tem jogadores rápidos na frente. Quando permitimos lançamentos nas costas da nossa defesa tornam-se perigosos. Para que isso não aconteça, temos de fazer uma pressão forte, mas perdemos capacidade de pressionar alto e expusemos a nossa linha defensiva a muitas bolas na profundidade e uma delas deu golo. A leitura que faço é esta: não conseguimos fazer uma pressão mais alta e circular a bola como gostamos. Não é possível ter sete titulares só a treinar durante duas semanas e meia e preparar convenientemente um jogo da Liga dos Campeões. Não foi a linha defensiva que falhou no 2-2, mas o todo no processo defensivo.

Uma equipa como o FC Porto, com grandes qualidade, marcou três golos mas teve poucas oportunidades. Foi devido à grande qualidade dos jogadores ou à sorte?
A sorte dá muito trabalho.

Falou na paragem do campeonato e na falta de ritmo. Porque não optou por dar ritmo aos titulares na Taça?
Jogar uma eliminatória da Taça contra o Santa Eulália – com todo o respeito que me merece a equipa, que nos criou inúmeras dificuldades – não é um jogo que proporcione transferência para este, da Liga dos Campeões. O ritmo de que falo é também do ponto de vista competitivo. Não acredito que isso pudesse ter dado ritmo ou preparado os jogadores para este encontro.

Que dificuldades espera na Ucrânia?
O Dínamo é uma boa equipa, recheada de belíssimos executantes. Vão criar-nos dificuldades, mas vamos tentar apresentar o mesmo espírito ambicioso. Por isso, fomos capazes, como equipa, mesmo em dificuldades, de fazer o terceiro golo. Talvez nessa fase só a própria equipa tenha acreditado, Com essa união, fomos capazes de vencer. Em Kiev, com outro ritmo e depois de corrigir alguns comportamentos, pretendemos jogar a um nível elevado durante mais tempo.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

"VAMOS PRECISAR DE ESTAR AO NOSSO MELHOR NÍVEL"

A exibição frente ao Paris Saint-Germain, na última jornada da Champions, serve de modelo a Vítor Pereira para a recepção ao Dínamo de Kiev (quarta-feira, 19h45). O técnico espera um FC Porto ao "melhor nível" para bater um adversário "perigoso", que ainda tem "a qualificação em aberto". Em caso de triunfo, os Dragões ficarão numa "posição muito boa" para ultrapassar a fase de grupos.

Espera recuperar uma certa imagem do FC Porto, depois de ter ficado tão agastado com o jogo da Taça, no sábado?
Estou aqui para falar na Liga dos Campeões, numa próxima oportunidade falarei da Taça. Do meu ponto de vista não há transferência entre as duas competições. Os nossos dois últimos jogos na Champions foram de grande nível, nomeadamente o último, frente ao Paris Saint-Germain, e é um jogo desses que esperamos amanhã.

O que espera do Dínamo de Kiev?
Tive a oportunidade de os observar ao vivo. É uma equipa com belíssimos jogadores, rápidos e técnicos. Gostam de ter a bola, tal como nós, mas tornam-se especialmente perigosos no momento de perda de bola do adversário. Procuram muitas vezes a profundidade na transição ofensiva e temos de controlar esse momento com um bom jogo posicional. É uma equipa que tem a qualificação para a segunda fase em aberto, dado que tem três pontos. É um adversário perigoso que nos vai exigir um jogo ao nível do que fizemos com o Paris Saint-Germain, em que fomos fiéis à nossa identidade, corajosos e ambiciosos. Espero uma resposta idêntica e, fundamentalmente, que possamos garantir os três pontos, que nos colocariam numa posição muito boa para passarmos à próxima fase da Champions.

Estando tão perto da qualificação, receia que os jogadores relaxem?
No último jogo na Champions não vi ninguém relaxado, mas sim uma exibição de grande nível e qualidade. O que é importante a este nível é que, para se ganhar, tem de se ter maturidade táctica e emocional. A nossa equipa tem essas características. Não tenho dúvidas de que todos nós temos consciência de que vamos precisar de estar ao nosso melhor nível para vencer.

Como pensa substituir o Alex Sandro?
Ele não está disponível, mas continuo a acreditar que valemos fundamentalmente como equipa. Acredito nas soluções que a própria equipa encontra para resolver os problemas. Lamento que o Alex Sandro fique de fora por lesão, mas acredito no jogador que amanhã entrar em campo.

O FC Porto pode ficar muito perto do apuramento e também deixar o Dínamo fora dessa corrida...
Acredito que os dois próximos jogos vão definir melhor o posicionamento do grupo, mas não este em particular. Não acredito que uma vitória nossa na quarta-feira retire o Dínamo de Kiev da luta pelo apuramento.

O facto de poder conquistar cedo o apuramento pode provocar algum relaxamento na equipa, ao contrário do que pretende?
Queremos conquistar o mais depressa possível os pontos necessários para chegar à próxima fase. Aqui não pode haver relaxamento, temos de estar ao nosso melhor nível. Esperamos a ajuda da massa associativa para conquistar os três pontos.

O Dínamo de Kiev perdeu os últimos dois jogos. Quais são os seus pontos fracos?
Todas as equipas, incluindo a nossa, têm pontos mais fortes. Já observei os momentos e as dinâmicas do Dínamo que temos de controlar. Também temos os nossos momentos e dinâmicas para contrariar os momentos do Dínamo. Não posso estar aqui a mencionar quais os possíveis erros do adversário que poderemos explorar.

fonte: fcporto.pt

domingo, 21 de outubro de 2012

SANTA EULÁLIA 0-1 FC PORTO


Santa Eulália-FC Porto, 0-1
Taça de Portugal, terceira eliminatória
20 de Outubro de 2012
Estádio do FC Vizela, em Vizela
Assistência: cerca de 6.000 espectadores

Árbitro: Rui Costa (Porto)
Assistentes: Nuno Manso e Bruno Rodrigues
Quarto árbitro: Ivan Vigário

SANTA EULÁLIA: São Bento; Inácio, Basílio, Filipe Alves e Armando; Hélio, Rui Costa, André Cunha e Nélson (cap.); Carlitos e Zézé
Substituições: Filipe Alves por Benício (65m), Carlitos por Tiago Monteiro (74m) e Zézé por Filipe Magalhães (80m)
Não utilizados: Espinha, Chico, André Monteiro e Tiago
Treinador: João Fernando

FC PORTO: Fabiano; Danilo, Abdoulaye, Mangala e Quiño; Rolando, Castro (cap.) e Kelvin; Atsu, Kleber e Iturbe
Substituições: Kelvin por Miguel Lopes (61m), Quiño por Varela (61m) e Iturbe por Sebá (72m)
Não utilizados: Kadú, Lucho, James e Fernando
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 0-1
Marcador: Danilo (31m)
Cartões amarelos: nada a registar
Cartões vermelhos: nada a registar


O FC Porto venceu este sábado o Santa Eulália, por 1-0, em jogo da terceira eliminatória da Taça de Portugal, disputado em Vizela. O tento foi de Danilo, num encontro em que os Dragões alinharam com uma equipa bastante jovem. Numa localidade que não costuma ser visitada pelos grandes clubes, sentiu-se uma atmosfera especial: o estádio esteve cheio, com muitos portistas, e até houve fanfarra.

No Estádio do FC Vizela, defrontavam-se duas equipas que ainda não tinham perdido em jogos oficiais, mas que estão enquadradas em realidades bem diferentes. Enquanto o FC Porto está no topo do futebol europeu, o Santa Eulália, fundado em 1978, está na III Divisão, após ter ganho a Divisão de Honra da AF Braga, na temporada transacta. Esta foi, de resto, a primeira vez em que os estreantes na III Divisão chegaram à terceira eliminatória da Taça.

O Santa Eulália apresentou um “onze” aguerrido, que criou muitas dificuldades aos azuis e brancos e deixou uma boa imagem do futebol das divisões inferiores. Na primeira parte, os eulalenses apenas subiram à grande área contrária por duas ou três vezes, sem conseguirem incomodar Fabiano. No entanto, no segundo tempo, aventuraram-se mais no ataque, tendo até ficado perto do empate nos últimos segundos, no único remate que efectuaram com real perigo.

Ao longo dos primeiros 45 minutos, os avançados portistas procuraram contornar a defesa eulalense com o futebol de troca de bola típico do FC Porto. Kleber e Iturbe tentaram primeiro, mas os remates “embateram” em São Bento. O domínio dos Dragões foi-se avolumando, até que Danilo, aos 31 minutos, subiu no terreno, flectiu para o meio e rematou ainda de fora da área, concretizando o 1-0. O lateral brasileiro esteve perto de bisar noutro “tiro”, cinco minutos depois, mas a melhor oportunidade para alargar a vantagem até ao intervalo surgiu aos 38 minutos, com Kleber a rematar à figura do guardião, após combinação com Atsu.

Apesar do maior atrevimento eulalense na segunda parte, o FC Porto nunca deixou de comandar a partida, com naturalidade. Aos 61 minutos, Vítor Pereira tentou imprimir nova vivacidade à equipa: Miguel entrou para lateral-direito, fazendo Danilo avançar para o meio-campo, enquanto Mangala passou para lateral-esquerdo e Varela posicionou-se nas costas do ponta-de-lança Kleber.

O segundo golo esteve muito perto de suceder aos 68 minutos, quando Atsu encontrou espaço na grande área e rematou à barra da baliza do Santa Eulália. Pouco depois, entrou ainda em campo Sebá, jogador do FC Porto B, para o lugar de Iturbe. O brasileiro estreou-se com a camisola portista em encontros oficiais, assim como Fabiano, Quiño e Abdoulaye. No banco ficou sentado um trio de luxo: Lucho, James e Fernando.

Aos 88 minutos, Kleber ficou cara a cara com São Bento e quase fazia o 0-2, que acabou por não surgir. Há que reconhecer que a segunda parte portista foi inferior à primeira: o FC Porto não pôs sobre o relvado a intensidade de jogo habitual, o que terá sucedido, em grande parte, devido ao facto de ter alinhado uma equipa muito jovem e pouco rotinada.


DECLARAÇÕES
Depois da vitória, por 1-0, frente ao Santa Eulália, que garantiu o apuramento do FC Porto para a quarta eliminatória da Taça de Portugal, Vítor Pereira preferiu ser breve, reconhecendo, numa curta declaração, que esperava um desempenho superior da equipa e assumindo, sem qualquer reserva, a sua quota de responsabilidade pela exibição e pelo resultado.

“Assumo completamente as minhas decisões e reconheço que, com tantas mexidas e adaptações na equipa, descaracterizámos o nosso jogo”, disse o treinador dos bicampeões nacionais, admitindo que o FC Porto não apresentou em Vizela a qualidade habitual.

Para valorizar, continuou Vítor Pereira, sobrou-lhe apenas “a passagem à próxima eliminatória” e “o apoio dos adeptos”, que “mereciam outra exibição”. Sem se esquecer de dar os parabéns ao adversário, “que fez um belíssimo jogo e foi ambicioso”, o treinador assumiu ainda que “a conquista da Taça de Portugal é um objectivo da equipa” e que, para o conseguir, terá que se apresentar “muito mais forte já na próxima eliminatória”.

Já Danilo, o autor do único golo da partida, não estranhou a escassez do resultado. “É natural que tenha sido assim, porque temos um jogo grande na quarta-feira [n.d.r.: FC Porto-Dínamo de Kiev]”, argumentou o lateral direito, que marcou, aos 31 minutos, com o pé esquerdo. “Mas o Santa Eulália também fez um grande trabalho”, prosseguiu. “Dificultou ao máximo, mas acabámos por sair daqui com a vitória e garantir a passagem à próxima eliminatória”.

fonte: fcporto.pt

sábado, 20 de outubro de 2012

"VOU TENTAR SEGUIR OS PASSOS DE HELTON"

Fabiano pode fazer a estreia em jogos oficiais com a camisola dos Dragões no sábado (14h30), em Vizela, frente ao Santa Eulália, em encontro da terceira eliminatória da Taça de Portugal. O guarda-redes fez esta quinta-feira a antevisão da partida, em superflash, admitindo que pretende seguir os passos de Helton, que também se estreou na Taça, há quase sete anos.

A 11 de Janeiro de 2006, o FC Porto derrotava a Naval, na Figueira da Foz, por 2-1 (golos de Diego e Lucho), ultrapassando assim a quinta eliminatória da Taça, que viria a vencer nesse ano. Helton fazia então o seu baptismo azul e branco, uma sensação que Fabiano pode experimentar no sábado. “Estou tranquilo. A equipa vem desenvolvendo um bom trabalho. É lógico que existe aquele frio na barriga, mas estou bem tranquilo. Agora é só esperar a partida”, afirmou.

O guarda-redes ainda não tem a certeza de que será titular, mas sente-se “preparado”: “Venho trabalhando em busca da minha oportunidade. Se ela surgir, vou dar o meu melhor”. A hipótese de tomar conta da baliza dos Dragões será “mais um objectivo conquistado”. “Sempre quis jogar numa grande equipa da Europa. Graças a Deus consegui, estou muito feliz por participar neste grupo e neste clube e vou ficar ainda mais feliz se actuar”, reconheceu.

Fabiano confessa que ainda se está a adaptar a uma “nova filosofia de trabalho” e que tem de “crescer ainda mais”. Helton é a sua principal referência e alguém que lhe tem dado todo o apoio: “Além de ser um grande guarda-redes, está a tornar-se um grande amigo. Admiro-o muito, o trabalho que fez no clube e a sua história. Vou tentar seguir os passos dele”.

Apesar do adversário ser da terceira divisão, Fabiano receita “concentração máxima”: “Tranquilidade só depois do apito final. Eles vão estar motivados para defrontar uma equipa grande como o FC Porto. Temos de ter a máxima atenção possível durante todo o jogo”. Sem pensar no adversário seguinte, o Dínamo de Kiev, os Dragões vão estar em campo para dar o primeiro passo rumo ao objectivo final de conquistar mais uma Taça.

fonte: fcporto.pt

domingo, 7 de outubro de 2012

FC PORTO 2-0 SPORTING


FC Porto-Sporting, 2-0
Liga, 6.ª jornada
7 de Outubro de 2012
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 38.909 espectadores

Árbitro: Jorge Sousa (Porto)
Assistentes: Bertino Miranda e Rui Licínio
Quarto árbitro: Renato Gonçalves

FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Alex Sandro; Fernando, Lucho e João Moutinho; Varela, Jackson Martínez e James
Substituições: Maicon por Mangala (17m), Varela por Atsu (66m) e Lucho por Defour (75m)
Não utilizados: Fabiano, Castro, Kleber e Kelvin
Treinador: Vítor Pereira

SPORTING: Rui Patrício; Cédric, Boulahrouz, Rojo e Insúa; Cshaars, Elias, Pranjic; Izmailov, van Wolfswinkel e Carrillo
Substituições: Izmailov por Adrien (60m), Rojo por Jeffren (75m) e Elias por Viola (85m)
Não utilizados: Boeck, Xandão, Rinaudo e André Martins
Treinador: Oceano Cruz

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Jackson Martínez (10m) e James (84m, pen.)
Cartão amarelo: Lucho (24m), James (26m), Schaars (34m), Carrillo (40m), Fernando (40m), Izmailov (51m), Pranjic (65m), Adrien (67m), Rojo (69m e 72m), Boulahrouz (83m), Elias (83m) e van Wolfswinkel (88m)
Cartão vermelho: Rojo (72m)


O FC Porto venceu o clássico. Sem surpresa, com dois golos colombianos e um deles soberbo. O de Jackson, que já é um clássico. Marcou o quinto golo em seis jogos, ajudando a selar a vitória sobre o Sporting e o 60.º encontro consecutivo no Dragão sem derrotas, num registo “ligueiro” com longevidade garantida para lá dos quatro anos.

Sem reservas nem receios, o campeão entrou com tudo, transmitindo a sensação de decalcar, nos ritmos e na estratégia, a exibição com que venceu o Paris Saint-Germain dias antes. A velocidade e a frequência do ataque portista fariam do golo uma questão de tempo, e de resolução simples num lance elaborado.

Ainda o segundo minuto de jogo não tinha chegado a metade quando João Moutinho formulou a primeira ameaça. De longe e num remate preparado por Lucho, que, pouco depois, isolava Jackson Martínez, para o ver permitir a defesa a Rui Patrício. De falta de aviso o Sporting não se podia queixar, embora fosse perfeitamente aceitável que pudesse lamentar-se da intensidade do ataque adversário.

A tal questão de tempo, a que parecia resumir-se o jogo, foi resolvida em dez minutos. E com a classe e distinção de um toque de calcanhar, o direito de Jackson, cuja execução secundariza a delícia da assistência de Danilo. Tudo perfeito e só ao alcance dos melhores executantes. Era o quinto golo de Martínez em seis jogos da Liga, registo que lhe permitia igualar o arranque de Falcao.

A resposta sportinguista fez-se demorar, como que aguardando pela autorização do adversário, que reduzia o ritmo de forma progressiva e reforçava a sugestão de não ter aprendido a lição com erros recentes. Mas o intervalo acabaria por funcionar como um serviço de despertar e, pouco depois dele, Lucho dispunha da oportunidade de ampliar a vantagem desde a marca de penálti, o que não conseguiu por excesso de pontaria. Acertou no poste.

Quase 30 minutos depois, a bola voltaria à mesma marca dos 11 metros. Castigava, então, um derrube de Boulahrouz a Jackson Martínez, já com as duas equipas reduzidas a dez jogadores: o Sporting sem Rojo, expulso aos 72 minutos, e o FC Porto sem Alex Sandro, forçado a abandonar o relvado aos 80, por lesão. James, chamado a transformar, não perdoou, “selando” o jogo, colocando os Dragões a salvo de qualquer surpresa e devolvendo o FC Porto à liderança.


DECLARAÇÕES
Vítor Pereira era, naturalmente, um treinador “satisfeitíssimo” após a vitória por 2-0 frente ao Sporting. Na sala de imprensa, o técnico sublinhou o facto de sentir a equipa coesa e capaz de interpretar os diferentes momentos da partida, quer exibindo algum brilhantismo, quer apelando à organização.

“Depois do jogo de quarta-feira com o Paris Saint-Germain, voltamos a ter uma partida que exigiu da nossa parte consistência do ponto de vista defensivo. Em termos ofensivos, tivemos alguns momentos de qualidade e outros em que apelámos à nossa organização. A equipa revelou isso tudo. Estou satisfeitíssimo com a equipa, a massa associativa e as nossas claques, que bem merecem este triunfo”, afirmou o treinador.

Vítor Pereira admitiu que o FC Porto entrou bem no encontro, mas que depois o Sporting o “dividiu”. “Quando criou uma ou outra situação, revelou-se o guarda-redes de grande nível que temos e que nos garante tranquilidade. Recordo-me de duas situações em que o Helton interveio bem. Depois, na parte final, se tivéssemos definido melhor as situações de finalização que tivemos podíamos ter feito mais dois ou três golos. Mas julgo que isso seria muito penalizador para o Sporting, que se bateu bem, tem qualidade e que nos obrigou a trabalhar muito”, declarou.

A propósito da entrada em campo de Atsu, Vítor Pereira elogiou a exibição do ganês mas também a de Varela, considerando ainda que os lances de grande penalidade e a expulsão de Rojo foram bem avaliados. Para além disso, referiu que preferia continuar a trabalhar com a equipa completa nos próximos dias, o que não será possível face aos compromissos das selecções nacionais.

Evitando comparações com a situação dos azuis e brancos há um ano atrás, Vítor Pereira fez uma análise sucinta. “Sinto a equipa coesa, ligada e isso satisfaz-me. Os triunfos dão-nos confiança, fazem-nos acreditar no trabalho que estamos a fazer e na nossa ideia de jogo. Evidenciámos consistência defensiva, criámos situações, marcámos algumas e deixámos golos por marcar. Queremos crescer como equipa, melhorar a nossa pressão, a capacidade defensiva e a dinâmica ofensiva”.

fonte: fcporto.pt

domingo, 30 de setembro de 2012

RIO AVE 2-2 FC PORTO

Depois de golear o Beira Mar por 4-0, o FC Porto empatou (2-2) no reduto do Rio Ave.
Um golo do colombiano Jackson Martinez salvou os campeões nacionais da derrota, com um golo aos 90 minutos, depois de Tarantino, com um "bis", aos 79 e 86, dar a volta ao tento inaugural dos portistas, apontado por Miguel Lopes, aos 33 minutos.
Na classificação, o FC Porto passou a contar 11 pontos, os mesmos do Benfica e mais um do que o Sporting de Braga, que sexta-feira venceu por 2-0 em Guimarães.

DECLARAÇÕES
Vítor Pereira

“Fundamentalmente depois de chegarmos à vantagem, deixamos cair um bocadinho a concentração, adormecemos um bocadinho o jogo e, nomeadamente na segunda parte, nas bolas divididas fomos pouco agressivos, não fizemos a circulação que devíamos fazer e acabamos por ser penalizados, e bem. Depois fomos atrás do prejuízo e conseguimos o empate, que é um mal menor, mas fundamentalmente pelo que produzimos nesta segunda parte não merecemos mais”.

“O que eu vi foi depois de estarmos em vantagem, uma entrada na segunda parte pouco agressiva, pouco intensa, a circular pouco a bola e a sermos penalizados. Acabamos por chegar ao 2-2, defrontamos uma boa equipa, mas fomos nós que nos colocamos à mercê do Rio Ave”.

“Pretendia voltar a ter o controlo do jogo, a ter bola, voltar a ter agressividade, porque não estávamos a ter agressividade no meio, mas não foi pelas substituições, porque o jogo já não estava a dar o que queríamos dele”.

Miguel Lopes

“Na primeira parte controlamos bem o jogo, mas na segunda parte baixamos o ritmo e isso não pode acontecer. Acordámos a tempo e evitamos a derrota, mas queríamos ganhar. Somos uma excelente equipa e um excelente grupo e isto só nos vai dar força para o próximo jogo”.

domingo, 23 de setembro de 2012

FC PORTO 4-0 BEIRA MAR


FC Porto-Beira-Mar, 4-0
Liga portuguesa, quarta jornada
22 de Setembro de 2012
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 28.609 espectadores

Árbitro: Manuel Mota (Braga)
Assistentes: Bruno Trindade e João Loureiro Dias
Quarto árbitro: Manuel Oliveira

FC PORTO: Helton (cap.); Danilo, Maicon, Mangala e Alex Sandro; Defour, João Moutinho e James; Varela, Jackson Martínez e Atsu
Substituições: Atsu por Castro (57m), Varela por Iturbe (63m) e Jackson Martínez por Kleber (74m)
Não utilizados: Fabiano, Miguel Lopes, Abdoulaye e Kelvin
Treinador: Vítor Pereira

BEIRA-MAR: Rui Rego; Nuno Lopes, Hugo (cap.), Bura e Joãozinho; Sasso, Fleurival e Cédric Collet; Rúben, Balboa e Nildo
Substituições: Cédric Collet por Abel Camará (46m), Rúben por André Sousa (63m) e Nildo por Jaime (77m)
Não utilizados: Jonas, Serginho, Saleh e Hélder Lopes
Treinador: Ulisses Morais

Ao intervalo: 2-0
Marcadores: Jackson (32m), Varela (38m), James (47m) e Maicon (71m)
Cartões amarelos: Sasso (81m) e Mangala (83m)
Cartões vermelhos: nada a assinalar


O FC Porto goleou este sábado o Beira-Mar, por 4-0, numa exibição bem conseguida dos Dragões e com um contributo especial de James. O camisola 10 marcou um dos golos e efectuou duas assistências. Com este resultado, os azuis e brancos tornaram-se a equipa mais concretizadora da Liga, somando agora 11 golos.
O FC Porto iniciou o jogo de forma pressionante e aos cinco minutos, já tinha obrigado Rui Rego a três defesas. Primeiro a um cabeceamento de Maicon, logo aos três minutos, e seguiram-se intervenções após um remate de cabeça de Jackson e a recarga à meia-volta de Maicon. O elemento comum a estas situações foi James, que em ambos os casos cobrou o livre para a área aveirense. O colombiano começava desde logo a brilhar.
A bola continuou a rondar a baliza forasteira e aos 15 minutos, surgiu novamente James. O remate de fora da área ainda raspou na trave. Passado o primeiro quarto de hora, o Beira-Mar acertou marcações, conseguiu subir no terreno e até rematar à baliza portista. Os Dragões continuavam porém mais perto do golo, com Jackson, aos 25, a obrigar Rui Rego a uma defesa de recurso.
O 1-0 surgiria pouco depois, num lance de grande espectáculo: James levantou a bola para Jackson, que dominou de peito e rematou. Foi um lance acrobático, em que Rui Rego ficou pregado ao chão. Seis minutos depois, o FC Porto chegou ao 2-0: James esteve novamente na assistência, de cabeça, e Varela rematou cruzado já dentro da grande área, por entre as pernas do guardião aveirense.
Esperava-se alguma r
eacção do Beira-Mar no segundo tempo, mas seria o FC Porto a chegar ao 3-0, logo no recomeço. Num lance em que participaram Defour e Varela, seria James, no coração da área, a desviar para a baliza. Estava dada a machadada final na oposição do rival e Vítor Pereira optou por dar minutos de jogo a Castro, Iturbe e, mais tarde, Kleber.
O 4-0 surgiria da cabeça de Maicon, após pontapé de canto apontado por João Moutinho, aos 71 minutos. Até ao apito final, o FC Porto limitou-se a controlar o encontro, em que se ouviram (e viram) homenagens aos ausentes Lucho González e ao presidente Jorge Nuno Pinto da Costa. De referir ainda a baixa média de idades do “onze” inicial dos Dragões: exactamente 24 anos.

DECLARAÇÕES
A goleada satisfez Vítor Pereira. E a exibição de James também. Mas o treinador do FC Porto já vai adiantando que não está “inclinado” para mexer na consistência do triângulo do meio-campo só para satisfazer aqueles que acreditam que o colombiano rende mais a “10”. Na conferência que sucedeu à vitória sobre o Beira-Mar, o técnico aproveitou também para colocar uma pedra sobre a saída de Hulk.

Mudança de “chip”
“Depois de um jogo europeu, com a exigência da Champions, a transição para o campeonato exige sempre mudança de “chip”, o que acarreta algumas dificuldades. A mensagem que passei foi precisamente com o objectivo de transmitir isso mesmo, porque as decisões de títulos acontecem, por vezes, em jogos como este.”

Satisfeito
“Insistindo, acabámos por encontrar os espaços e fizemos 2-0 na primeira parte. Na segunda, resolvemos o jogo com mais dois golos. Estou satisfeito com o comportamento da equipa.”

Muito talento
“Espero que nas conferências de imprensa não me andem a falar do Hulk por muito mais tempo, apesar de gostar muito dele e de lhe estar agradecido por tudo aquilo que deu ao FC Porto. Ele tem qualidades muito próprias, mas a equipa tem muitos jogadores com talento. Vamos continuar a fazer golos. Hoje fizemos quatro e podíamos ter feito mais um ou outro. Hoje, sem o Hulk, o Otamendi, o Lucho e o Fernando, a equipa acabou por encontrar uma dinâmica muito própria, que resultou numa vitória por 4-0.”

James na ala
“Esta equipa está extremamente rotinada numa dinâmica com um triângulo aberto no meio-campo. O coração de uma equipa é a dinâmica dos três homens do meio. Sinceramente, acredito que o James, dando-lhe a oportunidade de ser poupado aos processos defensivos, pode dar mais à equipa. Temos maior consistência com ele nas alas e confesso que não estou muito inclinado para mexer na qualidade do miolo do FC Porto para satisfazer aqueles que acham que o James renderá mais na posição 10.”

terça-feira, 18 de setembro de 2012

«NÃO INTERESSA QUEM TEM A BRAÇADEIRA»

Lucho González é capitão do FC Porto em 2012/13. Falando pela primeira vez à comunicação social nessa condição, o argentino desvalorizou-a: o pensamento do médio está sempre voltado para o colectivo. “Isto não muda a minha forma de ser ou de pensar”, adiantou. Em Zagreb, Lucho aposta num arranque positivo para uma “boa prova”.
“O ano passado tivemos a possibilidade de passar aos oitavos-de-final. Sabemos que o grupo não vai ser fácil e o jogo de amanhã também não. Estamos preparados para uma boa prova”, afirmou o argentino, que frisou sentir-se mais confortável “a falar em termos colectivos do que individuais”.

Apesar disso, comentou a recente saída de Hulk: “É um jogador que deu muito. Foi uma situação boa para ele e para o clube. Desejo-lhe o melhor, porque é uma grande pessoa e um amigo. O FC Porto tem um método de trabalho que permite que, quando sai um jogador, não se sinta a sua ausência. Temos um grupo forte e vamos conseguir colmatar a falta dele dando o melhor de nós”.

Quanto à condição de capitão, Lucho frisou que o mais importante é “ajudar” os jovens do plantel. “Não interessa quem tem a braçadeira. Eu e o Helton vamos transmitir a nossa experiência e assegurar que o grupo está sempre unido dentro do campo. Assumo uma responsabilidade nova, mas isto não muda a minha forma de ser ou de pensar”.

Na mesma linha de pensamento, admitiu que a ausência de Fernando é importante, dado que se trata de um jogador com quem há “mais rotinas”, mas quem alinhar no seu lugar vai ter “toda a confiança e fazer o melhor para ajudar a equipa”.
fonte: fcporto.pt

terça-feira, 4 de setembro de 2012

O TARZAN

Rui Gomes da Silva, vice-presidente do Sport Lisboa e Benfica e administrador da SAD, pediu ontem no programa Dia Seguinte, da SIC Notícias, que fosse tornado público o contrato de transferência de Hulk para o Zenit, porque o “presidente do FC Porto tinha dito que não venderia por menos de 50 milhões e afinal vendeu por 40”.

Os 40 milhões líquidos que o FC Porto encaixa correspondem a substancialmente mais, porque aí não estão incluídos os 15% que pertenciam a um investidor, como era conhecido através das contas da Sociedade, os cinco por cento de solidariedade ou a comissão de intermediação.

Mas, por uma questão de reciprocidade, fica o repto ao Benfica para tornar público o contrato de transferência de Witsel, para se saber se foi paga comissão de intermediação, quem paga o mecanismo de solidariedade e quanto pertencia a uma terceira parte, a título de mais-valias.

É também por sucessivos disparates como este que nos corredores da Luz já é conhecido como Rui Gomes da Selva.
fonte: fcporto.pt