quarta-feira, 7 de novembro de 2012

DÍNAMO DE KIEV 0-0 FC PORTO

UEFA Champions League, grupo A, 4.ª jornada
6 de Novembro de 2012.
Estádio Olímpico, em Kiev.
Assistência: 34.386 espectadores.

Árbitro: Alberto Mallenco (Espanha).
Assistentes: Roberto Díaz Pérez del Palomar e Jesús Calvo Guadamuro.
Quarto árbitro: Pau Cebrian Devis.
Assistentes adicionais: Fernando Teixeira e Antonio Mateu Lahoz.

DÍNAMO DE KIEV: Koval; Betão, Mikhalic, Khacheridi e Taiwo; Vukojevic, Miguel Veloso e Milevskiy; Yarmolenko, Marco Ruben e Gusev (cap.).
Substituições: Milevskiy por Haruna (58m), Marco Ruben por Ideye (67m) e Vukojevic por Kranjcar (88m).
Não utilizados: Shovkovskiy, Garmash, Bogdanov, Haruna e Mehmedi.
Treinador: Oleksiy Mykhaylychenko.

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Abdoulaye e Mangala; Defour, João Moutinho e Lucho (cap.); James, Jackson e Varela.
Substituições: Varela por Atsu (76m), Defour por Castro (79m) e James por Kleber (90m+1).
Não utilizados: Fabiano, Miguel Lopes, Rolando e Iturbe.
Treinador: Vítor Pereira.

Cartões amarelos: Vukojevic (20m), Milevskiy (42m) e Abdoulaye (70m).

O FC Porto garantiu esta terça-feira o apuramento para os oitavos-de-final da Champions, ao obter um nulo frente ao Dínamo de Kiev. Os Dragões controlaram a partida e dispuseram das melhores oportunidades para marcar. Não venceram, mas garantiram o essencial: com 10 pontos em 12 possíveis, mantêm-se em primeiro no grupo A e asseguram um lugar entre as 16 melhores formações da Europa.
Os primeiros 15 minutos de jogo foram difíceis para o FC Porto, com os ucranianos a empurrarem os Dragões para o seu meio-campo. Passado o primeiro quarto de hora, os azuis e brancos passaram a circular mais a bola e, no final do primeiro tempo, já dominavam o item relativo à sua posse, com 55 por cento.
A grande oportunidade da etapa inicial foi do FC Porto: aos 35 minutos, James cruzou da esquerda para o cabeceamento de Jackson, que Koval desviou para canto. Ao intervalo, os portistas tinham obrigado o guardião contrário a três defesas, enquanto Helton só foi forçado a intervir uma vez. O Dínamo de Kiev tinha obrigação de vencer e “pegar” no encontro, mas não o conseguia.Aos cinco minutos da segunda parte, o FC Porto voltou a ter uma boa ocasião para abrir o marcador: Varela, isolado por James, atirou cruzado, mas ao lado. Aos 62, um livre de João Moutinho sofreu um desvio na barreira e quase enganava Koval. A melhor situação da equipa de Kiev ocorreu aos 67, com Yarmolenko a escapar ao fora-de-jogo, mas Helton, atento, defendeu com tranquilidade.
Na fase final da partida, os portistas procuraram explorar os espaços cedidos pelo adversário, que colocou mais unidades no ataque. Entrou Atsu para o lugar de Varela, na tentativa de acelerar o contra-ataque dos Dragões. Numa jogada rápida, a um minuto do fim, Lucho disparou em boa posição, mas ao lado.
O primeiro lugar do grupo A será agora discutido com os franceses do Paris Saint-Germain. No próximo desafio da Champions, o FC Porto recebe os croatas do Dínamo de Zagreb (21 de Novembro, 19h45).

DECLARAÇÕES

Vítor Pereira

"Sabíamos que o Dínamo jogava tudo para o apuramento e fizemos um jogo personalizado. Quando tivemos de ser equipa unida, fomos, quando tivemos de defender, defendemos, e criámos algumas situações de golo; pena foi não termos concretizado. O Dínamo, em casa e com o apoio do seu público, é uma equipa perigosa e com bons jogadores, nomeadamente do meio-campo para a frente."

"Queria dar os parabéns aos jogadores que entraram, que substituíram quem saiu, e estiveram muito bem. Além disso, queria reforçar o espírito de sacrifício dos nossos capitães, o Helton e o Lucho, que jogaram condicionados, porque tanto um como outro estavam com pequenas lesões."

"Em termos gerais, estou muito satisfeito com a personalidade da equipa e com a entreajuda entre os jogadores. Estou muito satisfeito com a atitude. Foi um FC Porto personalizado, o que esteve hoje aqui, em Kiev. Estamos satisfeitos, mas já vamos pensar no próximo jogo da Champions como mais um para ganhar, porque nós não jogamos para empatar jogos."

"O resultado acaba por ser o correcto, mas conseguir o apuramento à quarta jornada é uma façanha, não é qualquer equipa que consegue esse objectivo. É claro que o objectivo agora é o primeiro lugar. Isto é uma prova demasiado importante para relaxarmos. Queremos ganhar os jogos todos e vamos tentá-lo. Hoje não foi possível alcançar a vitória, mas concretizámos aqui o apuramento e no jogo 150 do nosso presidente. É mais uma prenda para ele. "
Lucho

"Apesar do empate, ficamos com um doce sabor. A equipa fez um excelente jogo e seria lindo termos podido marcar um golo e poder ganhar, mas o mais importante é que o nosso objectivo foi conseguido. Agora vamos jogar pelo primeiro lugar."

"Creio que fizemos um grande jogo e a vitória seria um resultado justo, mas também estamos contentes assim. Logicamente que, se formos analisar os 90 minutos, fomos superiores e tivemos situações para poder marcar, mas faltou esse último passe e um pouco mais de tranquilidade. Obviamente que agora vamos a Paris lutar pelo primeiro lugar, uma vez que está conseguido o objectivo principal, que era a qualificação."

"Senti-me bem. O corpo médico fez um grande trabalho e felizmente pude aguentar bem os 90 minutos."

João Moutinho

"A equipa está de parabéns, fizemos um bom jogo e conseguimos um bom resultado. No conjunto, estivemos bem, estivemos concentrados naquilo que tínhamos de fazer. Sabíamos que o Dínamo é uma equipa perigosa em contra-ataque e foi isso que tentaram fazer, mas estivemos muito bem e criámos algumas oportunidades. Não conseguimos sair daqui com mais do que o empate, mas vamos felizes por termos conseguido o maior objectivo."

"O FC Porto é um dos favoritos [do grupo]. Estamos com o Paris Saint-Germain na luta pelo primeiro lugar e vamos jogar contra eles para ganhar, como fazemos em todos os jogos em que entramos, para tentar garantir a primeira posição, que é algo importante para nós."

Helton

"Graças a Deus, e também com o espírito de grupo, consegui ir a jogo. Ontem também torci o tornozelo, para ajudar à minha dúvida, e tive dores durante o jogo, mas valeu o espírito de sacrifício, porque a malta estava a merecer – como sempre -, e isso animou-me ainda mais para ficar até ao final."

"Não tenho outra resposta para o que sinto, a não ser: feliz, alegre, contente com o resultado e com o nosso objectivo conquistado. Agradeço, obviamente, a Deus e aos meus companheiros, que apostaram e depositaram a sua confiança. Eu divido sempre o mérito com o grupo, porque eles merecem e têm-me ajudado muito."

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