segunda-feira, 24 de outubro de 2011

FC PORTO 5-0 NACIONAL

FC Porto-Nacional, 5-0
Liga portuguesa, oitava jornada
23 de Outubro de 2011
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 23.135 espectadores

Árbitro: Cosme Machado (AF Braga)
Assistentes: Alfredo Braga e José Gomes
Quarto árbitro: Manuel Mota

FC PORTO: Helton «cap»; Sapunaru, Rolando, Mangala e Alvaro Pereira; Fernando, Defour e Belluschi; Hulk, Walter e Varela
Substituições: Defour por Guarín (72m), Belluschi por João Moutinho (72m) e Walter por Kléber (78m)
Não utilizados: Bracalli, James, Djalma e Otamendi
Treinador: Vítor Pereira

NACIONAL: Marcelo; Claudemir, Felipe Lopes «cap.», Neto e Danielson; Luís Alberto, Todorovic e Juliano; Mateus, Mário Rondon e Diego Barcellos
Substituições: Luís Alberto por Elizeu (46m), Mateus por Candeias (73m) e Diego Barcellos por Edgar Costa (85m)
Não utilizados: Vladan, Nuno Pinto, Skolnik e Oliver
Treinador: Ivo Vieira

Ao intervalo: 2-0
Marcadores: Defour (24m), Walter (40m), Sapunaru (67m), Kléber (90m) e Hulk (90m+2)
Disciplina: nada a assinalar

O FC Porto goleou este domingo o Nacional por 5-0, um resultado que lhe permitiu não só regressar à liderança da Liga como passar a ter o melhor ataque da prova, com 22 golos. Defour, Walter, Sapunaru, Kléber e Hulk apontaram os golos, num jogo em que os Dragões foram sempre superiores e praticaram um futebol personalizado.

Esta "chapa cinco" é ainda a maior goleada da época na Liga (só o FC Porto tinha já marcado cinco golos, mas sofrendo dois, frente à União de Leiria) e o resultado mais dilatado jamais obtido frente ao Nacional, um adversário tradicionalmente complicado para os Dragões.

O FC Porto entrou em jogo a todo o gás, pressionando no meio campo adversário e trocando rapidamente a bola. O primeiro sinal de perigo foi dado por Belluschi, com um remate por cima da baliza contrária, aos dois minutos. Os madeirenses, apostados em explorar o contra-ataque, adaptaram-se rapidamente à postura portista, preenchendo bem os espaços e defendendo com muitos homens. Ainda assim, os Dragões não deixaram de criar perigo e foi de novo Belluschi, a passe de Hulk, a forçar Marcelo a uma defesa apertada.

O golo haveria mesmo de surgir aos 24 minutos. Walter deu de calcanhar para Defour, que tentou a sua sorte de fora da área. O remate do belga ia colocado, mas foi ainda desviado pelo corpo de Neto, traindo Marcelo. Estava feito o 1-0, que se justificava plenamente pelo desenrolar do encontro. O médio fez o seu primeiro tento na Liga.

A toada de jogo, no entanto, não se alterou. O Nacional manteve-se expectante, o FC Porto dominador. E, na sequência desse domínio, os azuis e brancos conquistaram um pontapé de canto que haveria de dar o 2-0: Hulk cruzou, Rolando cabeceou na direcção da baliza e Walter encostou junto ao poste. Foi o sexto golo do brasileiro nos últimos três jogos. Só no final da primeira parte, por intermédio de Mateus, o Nacional ameaçou a baliza do FC Porto, mas Helton resolveu o problema com facilidade.

No reatamento, os madeirenses pareceram querer assumir parte da "despesa" do jogo. No entanto, foi Hulk, aos 47 minutos, num rápido contra-ataque, a ficar perto do terceiro golo. A bola raspou no poste direito da baliza do Nacional. Aos 67 minutos, o FC Porto “encerrou” a discussão da partida, ao fazer o 3-0. Belluschi apontou o livre que obrigou Marcelo a uma defesa de recurso, mas o ressalto ficou ao dispor de Sapunaru, que cabeceou à vontade. E ainda estava lá Rolando para encostar, se fosse necessário.

Nos últimos instantes, mais duas cerejas sobre o bolo da exibição portista. Aos 90 minutos, Kléber finalizou uma triangulação em que também estiveram envolvidos Guarín e João Moutinho, curiosamente os três jogadores que saíram do banco. Mas o lance mais bonito do jogo tem de ser atribuído a Hulk, que, no último fôlego da partida, picou a bola sobre Marcelo, de pé esquerdo, fazendo o 5-0 e o seu quarto golo na Liga.

fonte: fcporto.pt

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ACADÉMICA 0-3 FC PORTO

Académica-FC Porto, 0-3
Liga 2011/12, sétima jornada
2 de Outubro de 2011
Estádio Cidade de Coimbra
Assistência: 8.827 espectadores

Árbitro: Paulo Baptista (AF Portalegre)
Assistentes: José Braga e Bruno Almeida
Quarto árbitro: Carlos Alexandre

FC PORTO: Helton «cap»; Fucile, Rolando, Otamendi e Alvaro; Fernando, João Moutinho e Guarín; Hulk, Walter e James
Substituições: João Moutinho por Defour (74m), James por Djalma (74m) e Walter por Belluschi (85m)
Não utilizados: Bracali, Cristian Rodríguez, Mangala e Souza
Treinador: Vítor Pereira

ACADÉMICA: Peiser; Cédric, João Real, Abdoulaye e Nivaldo; Habib, Adrien e Danilo; Sissoko, Éderzito «cap.» e Rui Miguel
Substituições: Rui Miguel por Diogo Valente (60m), Danilo por Júlio César (69m) e Sissoko por Flávio (85m)
Não utilizados: Ricardo, João Dias, Marinho e Fábio Luís
Treinador: Pedro Emanuel

Ao intervalo: 0-2
Marcadores: Walter (27m), James (33m) e Guarín (58m)
Disciplina: cartão amarelo para Abdoulaye (47m), Adrien (62m), Nivaldo (65m), Otamendi (67m), Rolando (71m) e Diogo Valente (84m); cartão vermelho directo para Abdoulaye (81m).


O FC Porto deu uma lição de futebol em Coimbra, ao derrotar a Académica por 3-0, com golos de Walter, James e Guarín. Mas esta foi também uma lição para todos os que falavam em crise e que manifestamente desconhecem a cultura do futebol azul e branco. As adversidades apenas motivam mais os atletas e o talento abunda no plantel, como ficou provado na noite de domingo.
A Académica já não vence o FC Porto há quase 40 anos e os jogadores portistas entrarem em campo determinados a não quebrar essa longa tradição. Porém, a confiança dos conimbricenses, a realizar um excelente campeonato, era grande.
A primeira nota de destaque vai a para a grande presença no estádio de adeptos... azuis e brancos! Mais de 2.000 deslocaram-se até Coimbra, confiantes na vitória. Ao longo dos 90 minutos, não falharam na mensagem dada para dentro do campo. E, dentro das quatro linhas, com Walter pela primeira vez a titular, a equipa nunca lhes deu razões para qualquer desconfiança.
A equipa de Coimbra sabe jogar bom futebol e provou-o desde o apito inicial. Durante cerca de 15 minutos, passou a imagem de que poderia discutir o jogo taco a taco, mas foi mero fogo de vista. Os Dragões foram tomando conta de partida e lançando os primeiros sinais de perigo. Na sequência de lances de bola parada, Rolando e Walter, por duas vezes, ameaçaram a baliza de Peiser com cabeceamentos perigosos.
Seria o prenúncio para o primeiro golo do FC Porto, já com a Académica subjugada. Aos 27 minutos, Guarín abriu na direita para Fucile, que tocou para Hulk; o "Incrível" cruzou para a cabeça de Walter, que desta vez não perdoou. A Académica ainda não tinha sofrido golos em casa esta época, mas seis minutos depois já estava a sofrer o segundo. Uma combinação entre James e Hulk permitiu ao colombiano apontar o seu quarto tento na Liga e quinto na época.
O domínio do FC Porto era completo. Até ao intervalo, as jogadas de perigo foram todas do FC Porto. O registo prolongou-se na segunda parte, com Hulk, na transformação de um livre directo, aos 48 minutos, a obrigar Peiser a defender com os punhos. Só aos 53 minutos Helton foi obrigado a uma intervenção difícil, após remate de Adrien. Porém, cinco minutos depois, qualquer esperança da Académica em discutir o encontro caiu por terra. James aproveitou uma deficiente subida no terreno da equipa da casa, após um pontapé de canto favorável ao FC Porto, para arrancar e servir Guarín, que só teve de encostar.
Até ao apito final, Walter ainda dispôs de duas oportunidades para "bisar", enquanto que Helton pôde brilhar com uma excelente intervenção com o pé, a remate de Éderzito, aos 79 minutos. Aos 81 minutos, Abdoulaye impediu Hulk de se isolar e viu o vermelho directo. As rédeas do encontro nunca saíram das mãos do campeão nacional, que provou que está pronto para as "curvas" do campeonato. Nas bancadas, ecoou uma canção que se ouve repetidamente há largos anos: "Coimbra tem mais encanto/ vestida de azul e branco".