segunda-feira, 29 de outubro de 2012

ESTORIL 1-2 FC PORTO


Estoril-FC Porto,1-2
Liga, sétima jornada
28 de Outubro de 2012
Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril
Assistência: 4.934 espectadores

Árbitro: João Capela (Lisboa)
Assistentes: Ricardo Santos e Pedro Garcia
Quarto árbitro: Luís Reforço

ESTORIL: Vagner; Anderson Luís, Steven Vitória, Bruno Nascimento e Jefferson; Diogo Amado, Gonçalo e Evandro; Carlitos, Licá e Gerso
Substituições: Evandro por Carlos Eduardo (61m), Gerso por Luís Leal (63m) e Diogo Amado por João Paulo (77m)
Não utilizados: Renan, Mano, João Pedro e Hugo Leal
Treinador: Fabiano Pessoa

FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Mangala; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); Varela, Jackson Martínez e James
Substituições: Varela por Atsu (72m), James por Rolando (86m) e Lucho por Defour (90m+2)
Não utilizados: Fabiano, Castro, Iturbe e Kelvin
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Steven Vitória (10m), Varela (57m) e Jackson Martínez (61m)
Cartão amarelo: Fernando (69m)


Após longa paragem na Liga para compromissos da Selecção Nacional e Taça de Portugal e moralizados por uma óptima campanha na Champions, o  FC Porto tinha pela frente um jogo difícil, fora, com o Estoril Praia. Uma equipa complicada de derrotar, com bons princípios e bem fundamentados e boas ideias de jogo.
Vítor Pereira manteve o mesmo 11 do último jogo, procurando manter rotinas na equipa e dar dinâmicas fortes desde o apito inicial de forma a não complicar o jogo. Era importante vencer, não só pelas vitórias dos rivais já nesta jornada, mas também por não termos vencido o último jogo na condição de visitante.
Os azuis e brancos começaram bem o jogo com um lance perigoso de Varela logo aos 2 minutos, o qual poderia ter dado outra cara a este encontro. Na sequência de um canto oferecido por Fernando, num lance em que poderia fazer melhor, oferece de bandeja um lance de perigo ao Estoril. Canto batido e golo do Estoril à passagem dos 10’, por Steven Vitória.
Era necessário correr atrás do prejuízo e foi tentando o  FC Porto chegar ao golo desperdiçando algumas oportunidades de golo, nomeadamente Jackson e Otamendi que falha um desvio escandaloso ao 2º poste atirando contra o mesmo. Quando o Porto se conseguia organizar no meio-campo adversário; a organização do Estoril aparecia e com a lentidão na circulação não era possível fazer melhor, arrastando-se o jogo até final da 1ª parte.
Redescobrir espaço era o desafio que se colocava ao campeão e o aumento de velocidade foi a primeira resposta dada perante um adversário para quem atacar se tornara apenas um verbo que há muito deixara de conjugar. A mobilidade do tridente atacante acrescentou o segundo factor decisivo e completou o binómio da solução, que virou o jogo do avesso em quinze minutos.
Aos 57 minutos, Jackson trabalha bem na direita no 1x1 e mais forte cruza ao 2º poste para Varela cabecear para o empate no jogo. Ainda se festejava o primeiro e já o Porto andava perto da baliza de Vagner. Num livre batido para a área por Moutinho, Jackson aparece solto e de cabeça novamente, faz o 1-2 a favor do Porto.
Até final o jogo correu de forma tranquila, com o resultado final feito aos 60 minutos e uma vitória mais que justa e que peca por momentos de pouca qualidade da equipa azul e branca.

DECLARAÇÕES
O treinador Vítor Pereira dedicou a difícil vitória no terreno do Estoril (2-1) a Jorge Nuno Pinto da Costa, por ocasião do seu milésimo encontro no campeonato nacional como presidente dos Dragões. O técnico sublinhou a entrada forte do FC Porto na segunda parte, que permitiu dar a volta a uma situação de “alguma ansiedade”.

Reacção na segunda parte
“Vimo-nos a perder muito cedo no jogo e depois era natural que houvesse uma ou outra oportunidade, mas faltava mais intensidade nas acções defensivas, mais agressividade, pressionar mais alto, ‘apertar’ mais com o Estoril. Foi isso que fizemos na segunda parte.”

Luta contra ansiedade
“A alegria vem fundamentalmente pela forma como o triunfo foi conseguido. Depois de estarmos a perder por 1-0, e sabendo que um golo não chegava, é natural que se tenha gerado alguma ansiedade. Tivemos uma entrada forte na segunda parte, conseguimos dar a volta e depois podíamos ter feito mais golos.”

A corrida do título
“Esta corrida está muito longe de chegar ao fim. Temos de ser consistentes e ir somando pontos para na parte final ver quem tem argumentos para chegar ao titulo.”

Dedicatória especial
“Foi importante chegar aqui e poder dedicar, no jogo 1000, a vitória ao presidente, que já teve tantas conquistas. Este espírito de vencedor, de quem é ambicioso, é-nos transmitido na pessoa do presidente. Não há ninguém que queira ganhar mais do que ele.”

Jackson quer «continuar a marcar»
Também Jackson Martínez, que apontou o segundo tento portista, prestou declarações no final do encontro: “Foi uma vitória muito importante. Pensamos em nós e não nos nossos rivais e queremos fazer o nosso trabalho, independentemente dos outros. Foi um jogo muito difícil, perante uma equipa complicada. Na segunda parte tivemos uma atitude diferente, querendo ganhar. Na primeira parte, não tivemos a eficácia necessária. O mais importante são os três pontos, mas, como goleador, é importante continuar a marcar e a equipa fica mais perto de ganhar”.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

FC PORTO 3-2 DÍNAMO KIEV


UEFA Champions League, grupo A, 3.ª jornada
24 de Outubro de 2012.
Estádio do Dragão, no Porto.
Assistência: 29.317 espectadores.

Árbitro: Pavel Kralovec (República Checa).
Assistentes: Roman Slysko e Martin Wilczek.
Quarto árbitro: Antonin Kordula.
Assistentes adicionais: Radek Prihoda e Micahl Patak.

FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Mangala; Fernando, João Moutinho e Lucho; Varela, Jackson Martínez e James.
Substituições: Varela por Atsu (64m), João Moutinho por Defour (75m) e James por Miguel Lopes (90m+2).
Não utilizados: Fabiano, Castro, Kleber e Abdoulaye.
Treinador: Vítor Pereira.

DÍNAMO KIEV: Shovkovskiy; Betão, Mikhalik, Khacheridi e Taiwo; Miguel Veloso, Vukojevic e Garmash; Yarmolenko, Ideye Brown e Gusev.
Substituições: Vukojevic por Kranjcar (84m).
Não utilizados: Koval, Mehmedi, Marco Ruben, Bogdanov, Haruna e Ninkovic.
Treinador: Oleksiy Mykhaylychenko.

Ao intervalo: 2-1.
Marcadores: Varela (15m), Gusev (21m), Jackson Martínez (36m e 78m), Ideye Brown (72m).
Cartão amarelo: Garmash (81m), Betão (90m+3), Miguel Veloso (90m+4) e Maicon (90m+4).

O FC Porto venceu esta quarta-feira o Dínamo de Kiev no Dragão por 3-2 e ficou muito perto de carimbar a passagem para os oitavos de final da competição. Jackson, com dois golos, foi o herói da partida
Os dragões começaram melhor e conseguiram chegar ao golo à passagem do primeiro quarto de hora do jogo, pelos pés de Varela. O internacional português recebeu na área e rematou fortíssimo, sem hipóteses para o guarda-redes da equipa ucraniana. O Dínamo de Kiev não baixou os braços e acabou por conseguir chegar ao empate, por Gusev, assistido por Miguel Veloso. Antes, Danilo apareceu na área ucraniana e foi derrubado mas o árbitro fez vista grossa e mandou seguir. O FC Porto viria a conseguir chegar novamente à vantagem ainda antes do intervalo, por Jackson (36') ,que se estreou a marcar na competição. Ao intervalo justificava-se a vantagem azul e branca.
No segundo tempo o FC Porto baixou o ritmo de jogo, tentou segurar o resultado e acabou por sofrer o empate, quando estavam decorridos 72 minutos de jogo. Ideye recebeu de Yarmolenko e, sem deixar a bola cair, rematou para o fundo das redes. No entanto Jackson estava em noite sim e seis minutos depois bisou na partida, fixando o resultado final.
Com este resultado o FC Porto soma nove pontos e garante, desde já, a continuação nas competições europeias, bastando um empate na Ucrânia para segurar a presença nos oitavos de final. O Dínamo de Kiev continua em terceiro, com três pontos

DECLARAÇÕES

Vítor Pereira

Três jogos, três vitórias e nove pontos na Liga dos Campeões: a prestação do FC Porto na máxima competição futebolística europeia continua imaculada e Vítor Pereira sublinhou esse facto na conferência de imprensa após a vitória sobre o Dínamo de Kiev (3-2). Para o técnico, o triunfo foi de uma “inteira justiça” e materializa uma prestação que “não está ao alcance de qualquer equipa”.

Viu-se um FC Porto desnorteado e que demorou a reagir aos golos do Dínamo de Kiev?
Gostaríamos de ter proporcionado um jogo de grande qualidade durante 90 minutos, mas do meu ponto de vista isso é impossível quando sete dos titulares estiveram duas semanas e meia sem competir e caem num jogo da Liga dos Campeões, contra uma boa equipa, recheada de bons jogadores. Até ao primeiro golo do Dínamo apresentámos um futebol de grande qualidade. Depois, acusámos um bocado o golo. Voltámos a entrar bem na segunda parte, em que fomos uma equipa solidária e que soube reagir, mesmo após o 2-2. Julgo que é com inteira justiça que vencemos e somámos nove pontos nos três primeiros jogos, o que não está ao alcance de qualquer equipa.

À semelhança do jogo com o Paris Saint-Germain, mudou a face táctica da equipa e minutos depois chegou à vitória. É algo circunstancial ou que tem pernas para andar?
O jogo é para ser lido e percebido e devemos mudar algo quando sentimos que é correcto. Penso que se refere à mudança do James para dentro: não quis que ele se desgastasse tanto no processo defensivo, porque o sentia cansado e tinha necessidade de baixar muito no terreno. Precisávamos de um decisor no espaço entrelinhas. Muitas vezes, a intenção não tem efeitos práticos, neste caso não sei se foi uma consequência directa mas acabámos por fazer o terceiro golo e ganhar o jogo. A nossa estrutura base é o 4-3-3, mas circunstancialmente podemos tirar partido de um jogador da qualidade, como o James, no espaço entrelinhas.

Na segunda parte houve dois momentos: o golo do Dínamo e o golo do FC Porto. A resposta da equipa após o 2-2 dá garantias do ponto de vista emotivo e táctico?
O Dínamo é uma equipa que tem jogadores rápidos na frente. Quando permitimos lançamentos nas costas da nossa defesa tornam-se perigosos. Para que isso não aconteça, temos de fazer uma pressão forte, mas perdemos capacidade de pressionar alto e expusemos a nossa linha defensiva a muitas bolas na profundidade e uma delas deu golo. A leitura que faço é esta: não conseguimos fazer uma pressão mais alta e circular a bola como gostamos. Não é possível ter sete titulares só a treinar durante duas semanas e meia e preparar convenientemente um jogo da Liga dos Campeões. Não foi a linha defensiva que falhou no 2-2, mas o todo no processo defensivo.

Uma equipa como o FC Porto, com grandes qualidade, marcou três golos mas teve poucas oportunidades. Foi devido à grande qualidade dos jogadores ou à sorte?
A sorte dá muito trabalho.

Falou na paragem do campeonato e na falta de ritmo. Porque não optou por dar ritmo aos titulares na Taça?
Jogar uma eliminatória da Taça contra o Santa Eulália – com todo o respeito que me merece a equipa, que nos criou inúmeras dificuldades – não é um jogo que proporcione transferência para este, da Liga dos Campeões. O ritmo de que falo é também do ponto de vista competitivo. Não acredito que isso pudesse ter dado ritmo ou preparado os jogadores para este encontro.

Que dificuldades espera na Ucrânia?
O Dínamo é uma boa equipa, recheada de belíssimos executantes. Vão criar-nos dificuldades, mas vamos tentar apresentar o mesmo espírito ambicioso. Por isso, fomos capazes, como equipa, mesmo em dificuldades, de fazer o terceiro golo. Talvez nessa fase só a própria equipa tenha acreditado, Com essa união, fomos capazes de vencer. Em Kiev, com outro ritmo e depois de corrigir alguns comportamentos, pretendemos jogar a um nível elevado durante mais tempo.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

"VAMOS PRECISAR DE ESTAR AO NOSSO MELHOR NÍVEL"

A exibição frente ao Paris Saint-Germain, na última jornada da Champions, serve de modelo a Vítor Pereira para a recepção ao Dínamo de Kiev (quarta-feira, 19h45). O técnico espera um FC Porto ao "melhor nível" para bater um adversário "perigoso", que ainda tem "a qualificação em aberto". Em caso de triunfo, os Dragões ficarão numa "posição muito boa" para ultrapassar a fase de grupos.

Espera recuperar uma certa imagem do FC Porto, depois de ter ficado tão agastado com o jogo da Taça, no sábado?
Estou aqui para falar na Liga dos Campeões, numa próxima oportunidade falarei da Taça. Do meu ponto de vista não há transferência entre as duas competições. Os nossos dois últimos jogos na Champions foram de grande nível, nomeadamente o último, frente ao Paris Saint-Germain, e é um jogo desses que esperamos amanhã.

O que espera do Dínamo de Kiev?
Tive a oportunidade de os observar ao vivo. É uma equipa com belíssimos jogadores, rápidos e técnicos. Gostam de ter a bola, tal como nós, mas tornam-se especialmente perigosos no momento de perda de bola do adversário. Procuram muitas vezes a profundidade na transição ofensiva e temos de controlar esse momento com um bom jogo posicional. É uma equipa que tem a qualificação para a segunda fase em aberto, dado que tem três pontos. É um adversário perigoso que nos vai exigir um jogo ao nível do que fizemos com o Paris Saint-Germain, em que fomos fiéis à nossa identidade, corajosos e ambiciosos. Espero uma resposta idêntica e, fundamentalmente, que possamos garantir os três pontos, que nos colocariam numa posição muito boa para passarmos à próxima fase da Champions.

Estando tão perto da qualificação, receia que os jogadores relaxem?
No último jogo na Champions não vi ninguém relaxado, mas sim uma exibição de grande nível e qualidade. O que é importante a este nível é que, para se ganhar, tem de se ter maturidade táctica e emocional. A nossa equipa tem essas características. Não tenho dúvidas de que todos nós temos consciência de que vamos precisar de estar ao nosso melhor nível para vencer.

Como pensa substituir o Alex Sandro?
Ele não está disponível, mas continuo a acreditar que valemos fundamentalmente como equipa. Acredito nas soluções que a própria equipa encontra para resolver os problemas. Lamento que o Alex Sandro fique de fora por lesão, mas acredito no jogador que amanhã entrar em campo.

O FC Porto pode ficar muito perto do apuramento e também deixar o Dínamo fora dessa corrida...
Acredito que os dois próximos jogos vão definir melhor o posicionamento do grupo, mas não este em particular. Não acredito que uma vitória nossa na quarta-feira retire o Dínamo de Kiev da luta pelo apuramento.

O facto de poder conquistar cedo o apuramento pode provocar algum relaxamento na equipa, ao contrário do que pretende?
Queremos conquistar o mais depressa possível os pontos necessários para chegar à próxima fase. Aqui não pode haver relaxamento, temos de estar ao nosso melhor nível. Esperamos a ajuda da massa associativa para conquistar os três pontos.

O Dínamo de Kiev perdeu os últimos dois jogos. Quais são os seus pontos fracos?
Todas as equipas, incluindo a nossa, têm pontos mais fortes. Já observei os momentos e as dinâmicas do Dínamo que temos de controlar. Também temos os nossos momentos e dinâmicas para contrariar os momentos do Dínamo. Não posso estar aqui a mencionar quais os possíveis erros do adversário que poderemos explorar.

fonte: fcporto.pt

domingo, 21 de outubro de 2012

SANTA EULÁLIA 0-1 FC PORTO


Santa Eulália-FC Porto, 0-1
Taça de Portugal, terceira eliminatória
20 de Outubro de 2012
Estádio do FC Vizela, em Vizela
Assistência: cerca de 6.000 espectadores

Árbitro: Rui Costa (Porto)
Assistentes: Nuno Manso e Bruno Rodrigues
Quarto árbitro: Ivan Vigário

SANTA EULÁLIA: São Bento; Inácio, Basílio, Filipe Alves e Armando; Hélio, Rui Costa, André Cunha e Nélson (cap.); Carlitos e Zézé
Substituições: Filipe Alves por Benício (65m), Carlitos por Tiago Monteiro (74m) e Zézé por Filipe Magalhães (80m)
Não utilizados: Espinha, Chico, André Monteiro e Tiago
Treinador: João Fernando

FC PORTO: Fabiano; Danilo, Abdoulaye, Mangala e Quiño; Rolando, Castro (cap.) e Kelvin; Atsu, Kleber e Iturbe
Substituições: Kelvin por Miguel Lopes (61m), Quiño por Varela (61m) e Iturbe por Sebá (72m)
Não utilizados: Kadú, Lucho, James e Fernando
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 0-1
Marcador: Danilo (31m)
Cartões amarelos: nada a registar
Cartões vermelhos: nada a registar


O FC Porto venceu este sábado o Santa Eulália, por 1-0, em jogo da terceira eliminatória da Taça de Portugal, disputado em Vizela. O tento foi de Danilo, num encontro em que os Dragões alinharam com uma equipa bastante jovem. Numa localidade que não costuma ser visitada pelos grandes clubes, sentiu-se uma atmosfera especial: o estádio esteve cheio, com muitos portistas, e até houve fanfarra.

No Estádio do FC Vizela, defrontavam-se duas equipas que ainda não tinham perdido em jogos oficiais, mas que estão enquadradas em realidades bem diferentes. Enquanto o FC Porto está no topo do futebol europeu, o Santa Eulália, fundado em 1978, está na III Divisão, após ter ganho a Divisão de Honra da AF Braga, na temporada transacta. Esta foi, de resto, a primeira vez em que os estreantes na III Divisão chegaram à terceira eliminatória da Taça.

O Santa Eulália apresentou um “onze” aguerrido, que criou muitas dificuldades aos azuis e brancos e deixou uma boa imagem do futebol das divisões inferiores. Na primeira parte, os eulalenses apenas subiram à grande área contrária por duas ou três vezes, sem conseguirem incomodar Fabiano. No entanto, no segundo tempo, aventuraram-se mais no ataque, tendo até ficado perto do empate nos últimos segundos, no único remate que efectuaram com real perigo.

Ao longo dos primeiros 45 minutos, os avançados portistas procuraram contornar a defesa eulalense com o futebol de troca de bola típico do FC Porto. Kleber e Iturbe tentaram primeiro, mas os remates “embateram” em São Bento. O domínio dos Dragões foi-se avolumando, até que Danilo, aos 31 minutos, subiu no terreno, flectiu para o meio e rematou ainda de fora da área, concretizando o 1-0. O lateral brasileiro esteve perto de bisar noutro “tiro”, cinco minutos depois, mas a melhor oportunidade para alargar a vantagem até ao intervalo surgiu aos 38 minutos, com Kleber a rematar à figura do guardião, após combinação com Atsu.

Apesar do maior atrevimento eulalense na segunda parte, o FC Porto nunca deixou de comandar a partida, com naturalidade. Aos 61 minutos, Vítor Pereira tentou imprimir nova vivacidade à equipa: Miguel entrou para lateral-direito, fazendo Danilo avançar para o meio-campo, enquanto Mangala passou para lateral-esquerdo e Varela posicionou-se nas costas do ponta-de-lança Kleber.

O segundo golo esteve muito perto de suceder aos 68 minutos, quando Atsu encontrou espaço na grande área e rematou à barra da baliza do Santa Eulália. Pouco depois, entrou ainda em campo Sebá, jogador do FC Porto B, para o lugar de Iturbe. O brasileiro estreou-se com a camisola portista em encontros oficiais, assim como Fabiano, Quiño e Abdoulaye. No banco ficou sentado um trio de luxo: Lucho, James e Fernando.

Aos 88 minutos, Kleber ficou cara a cara com São Bento e quase fazia o 0-2, que acabou por não surgir. Há que reconhecer que a segunda parte portista foi inferior à primeira: o FC Porto não pôs sobre o relvado a intensidade de jogo habitual, o que terá sucedido, em grande parte, devido ao facto de ter alinhado uma equipa muito jovem e pouco rotinada.


DECLARAÇÕES
Depois da vitória, por 1-0, frente ao Santa Eulália, que garantiu o apuramento do FC Porto para a quarta eliminatória da Taça de Portugal, Vítor Pereira preferiu ser breve, reconhecendo, numa curta declaração, que esperava um desempenho superior da equipa e assumindo, sem qualquer reserva, a sua quota de responsabilidade pela exibição e pelo resultado.

“Assumo completamente as minhas decisões e reconheço que, com tantas mexidas e adaptações na equipa, descaracterizámos o nosso jogo”, disse o treinador dos bicampeões nacionais, admitindo que o FC Porto não apresentou em Vizela a qualidade habitual.

Para valorizar, continuou Vítor Pereira, sobrou-lhe apenas “a passagem à próxima eliminatória” e “o apoio dos adeptos”, que “mereciam outra exibição”. Sem se esquecer de dar os parabéns ao adversário, “que fez um belíssimo jogo e foi ambicioso”, o treinador assumiu ainda que “a conquista da Taça de Portugal é um objectivo da equipa” e que, para o conseguir, terá que se apresentar “muito mais forte já na próxima eliminatória”.

Já Danilo, o autor do único golo da partida, não estranhou a escassez do resultado. “É natural que tenha sido assim, porque temos um jogo grande na quarta-feira [n.d.r.: FC Porto-Dínamo de Kiev]”, argumentou o lateral direito, que marcou, aos 31 minutos, com o pé esquerdo. “Mas o Santa Eulália também fez um grande trabalho”, prosseguiu. “Dificultou ao máximo, mas acabámos por sair daqui com a vitória e garantir a passagem à próxima eliminatória”.

fonte: fcporto.pt

sábado, 20 de outubro de 2012

"VOU TENTAR SEGUIR OS PASSOS DE HELTON"

Fabiano pode fazer a estreia em jogos oficiais com a camisola dos Dragões no sábado (14h30), em Vizela, frente ao Santa Eulália, em encontro da terceira eliminatória da Taça de Portugal. O guarda-redes fez esta quinta-feira a antevisão da partida, em superflash, admitindo que pretende seguir os passos de Helton, que também se estreou na Taça, há quase sete anos.

A 11 de Janeiro de 2006, o FC Porto derrotava a Naval, na Figueira da Foz, por 2-1 (golos de Diego e Lucho), ultrapassando assim a quinta eliminatória da Taça, que viria a vencer nesse ano. Helton fazia então o seu baptismo azul e branco, uma sensação que Fabiano pode experimentar no sábado. “Estou tranquilo. A equipa vem desenvolvendo um bom trabalho. É lógico que existe aquele frio na barriga, mas estou bem tranquilo. Agora é só esperar a partida”, afirmou.

O guarda-redes ainda não tem a certeza de que será titular, mas sente-se “preparado”: “Venho trabalhando em busca da minha oportunidade. Se ela surgir, vou dar o meu melhor”. A hipótese de tomar conta da baliza dos Dragões será “mais um objectivo conquistado”. “Sempre quis jogar numa grande equipa da Europa. Graças a Deus consegui, estou muito feliz por participar neste grupo e neste clube e vou ficar ainda mais feliz se actuar”, reconheceu.

Fabiano confessa que ainda se está a adaptar a uma “nova filosofia de trabalho” e que tem de “crescer ainda mais”. Helton é a sua principal referência e alguém que lhe tem dado todo o apoio: “Além de ser um grande guarda-redes, está a tornar-se um grande amigo. Admiro-o muito, o trabalho que fez no clube e a sua história. Vou tentar seguir os passos dele”.

Apesar do adversário ser da terceira divisão, Fabiano receita “concentração máxima”: “Tranquilidade só depois do apito final. Eles vão estar motivados para defrontar uma equipa grande como o FC Porto. Temos de ter a máxima atenção possível durante todo o jogo”. Sem pensar no adversário seguinte, o Dínamo de Kiev, os Dragões vão estar em campo para dar o primeiro passo rumo ao objectivo final de conquistar mais uma Taça.

fonte: fcporto.pt

domingo, 7 de outubro de 2012

FC PORTO 2-0 SPORTING


FC Porto-Sporting, 2-0
Liga, 6.ª jornada
7 de Outubro de 2012
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 38.909 espectadores

Árbitro: Jorge Sousa (Porto)
Assistentes: Bertino Miranda e Rui Licínio
Quarto árbitro: Renato Gonçalves

FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Alex Sandro; Fernando, Lucho e João Moutinho; Varela, Jackson Martínez e James
Substituições: Maicon por Mangala (17m), Varela por Atsu (66m) e Lucho por Defour (75m)
Não utilizados: Fabiano, Castro, Kleber e Kelvin
Treinador: Vítor Pereira

SPORTING: Rui Patrício; Cédric, Boulahrouz, Rojo e Insúa; Cshaars, Elias, Pranjic; Izmailov, van Wolfswinkel e Carrillo
Substituições: Izmailov por Adrien (60m), Rojo por Jeffren (75m) e Elias por Viola (85m)
Não utilizados: Boeck, Xandão, Rinaudo e André Martins
Treinador: Oceano Cruz

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Jackson Martínez (10m) e James (84m, pen.)
Cartão amarelo: Lucho (24m), James (26m), Schaars (34m), Carrillo (40m), Fernando (40m), Izmailov (51m), Pranjic (65m), Adrien (67m), Rojo (69m e 72m), Boulahrouz (83m), Elias (83m) e van Wolfswinkel (88m)
Cartão vermelho: Rojo (72m)


O FC Porto venceu o clássico. Sem surpresa, com dois golos colombianos e um deles soberbo. O de Jackson, que já é um clássico. Marcou o quinto golo em seis jogos, ajudando a selar a vitória sobre o Sporting e o 60.º encontro consecutivo no Dragão sem derrotas, num registo “ligueiro” com longevidade garantida para lá dos quatro anos.

Sem reservas nem receios, o campeão entrou com tudo, transmitindo a sensação de decalcar, nos ritmos e na estratégia, a exibição com que venceu o Paris Saint-Germain dias antes. A velocidade e a frequência do ataque portista fariam do golo uma questão de tempo, e de resolução simples num lance elaborado.

Ainda o segundo minuto de jogo não tinha chegado a metade quando João Moutinho formulou a primeira ameaça. De longe e num remate preparado por Lucho, que, pouco depois, isolava Jackson Martínez, para o ver permitir a defesa a Rui Patrício. De falta de aviso o Sporting não se podia queixar, embora fosse perfeitamente aceitável que pudesse lamentar-se da intensidade do ataque adversário.

A tal questão de tempo, a que parecia resumir-se o jogo, foi resolvida em dez minutos. E com a classe e distinção de um toque de calcanhar, o direito de Jackson, cuja execução secundariza a delícia da assistência de Danilo. Tudo perfeito e só ao alcance dos melhores executantes. Era o quinto golo de Martínez em seis jogos da Liga, registo que lhe permitia igualar o arranque de Falcao.

A resposta sportinguista fez-se demorar, como que aguardando pela autorização do adversário, que reduzia o ritmo de forma progressiva e reforçava a sugestão de não ter aprendido a lição com erros recentes. Mas o intervalo acabaria por funcionar como um serviço de despertar e, pouco depois dele, Lucho dispunha da oportunidade de ampliar a vantagem desde a marca de penálti, o que não conseguiu por excesso de pontaria. Acertou no poste.

Quase 30 minutos depois, a bola voltaria à mesma marca dos 11 metros. Castigava, então, um derrube de Boulahrouz a Jackson Martínez, já com as duas equipas reduzidas a dez jogadores: o Sporting sem Rojo, expulso aos 72 minutos, e o FC Porto sem Alex Sandro, forçado a abandonar o relvado aos 80, por lesão. James, chamado a transformar, não perdoou, “selando” o jogo, colocando os Dragões a salvo de qualquer surpresa e devolvendo o FC Porto à liderança.


DECLARAÇÕES
Vítor Pereira era, naturalmente, um treinador “satisfeitíssimo” após a vitória por 2-0 frente ao Sporting. Na sala de imprensa, o técnico sublinhou o facto de sentir a equipa coesa e capaz de interpretar os diferentes momentos da partida, quer exibindo algum brilhantismo, quer apelando à organização.

“Depois do jogo de quarta-feira com o Paris Saint-Germain, voltamos a ter uma partida que exigiu da nossa parte consistência do ponto de vista defensivo. Em termos ofensivos, tivemos alguns momentos de qualidade e outros em que apelámos à nossa organização. A equipa revelou isso tudo. Estou satisfeitíssimo com a equipa, a massa associativa e as nossas claques, que bem merecem este triunfo”, afirmou o treinador.

Vítor Pereira admitiu que o FC Porto entrou bem no encontro, mas que depois o Sporting o “dividiu”. “Quando criou uma ou outra situação, revelou-se o guarda-redes de grande nível que temos e que nos garante tranquilidade. Recordo-me de duas situações em que o Helton interveio bem. Depois, na parte final, se tivéssemos definido melhor as situações de finalização que tivemos podíamos ter feito mais dois ou três golos. Mas julgo que isso seria muito penalizador para o Sporting, que se bateu bem, tem qualidade e que nos obrigou a trabalhar muito”, declarou.

A propósito da entrada em campo de Atsu, Vítor Pereira elogiou a exibição do ganês mas também a de Varela, considerando ainda que os lances de grande penalidade e a expulsão de Rojo foram bem avaliados. Para além disso, referiu que preferia continuar a trabalhar com a equipa completa nos próximos dias, o que não será possível face aos compromissos das selecções nacionais.

Evitando comparações com a situação dos azuis e brancos há um ano atrás, Vítor Pereira fez uma análise sucinta. “Sinto a equipa coesa, ligada e isso satisfaz-me. Os triunfos dão-nos confiança, fazem-nos acreditar no trabalho que estamos a fazer e na nossa ideia de jogo. Evidenciámos consistência defensiva, criámos situações, marcámos algumas e deixámos golos por marcar. Queremos crescer como equipa, melhorar a nossa pressão, a capacidade defensiva e a dinâmica ofensiva”.

fonte: fcporto.pt