sábado, 17 de maio de 2014

DECO: “É UMA HONRA ENORME FAZER A MINHA DESPEDIDA AQUI”

Deco, ex-internacional português que foi uma das figuras máximas das épocas douradas de 2002/03 e 2003/04 do FC Porto, anunciou, esta sexta-feira, em conferência de imprensa realizada no Museu FC Porto by BMG, na presença do presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, o seu jogo de despedida. A disputar a 25 de Julho, no Estádio do Dragão, o desafio colocará frente-a-frente as formações pelas quais o "mágico" venceu a UEFA Champions League: o FC Porto de 2004 e o FC Barcelona de 2006.

​Deco foi o primeiro a falar e disse estar orgulhoso pela carreira e satisfeito pela oportunidade de se despedir no Estádio do Dragão: “A minha carreira não tem sentido sem o FC Porto e não faria sentido fazer uma despedida sem este clube. Foi aqui que vivi os melhores momentos da minha vida como futebolista e é uma honra enorme fazer a minha despedida aqui no Dragão. Já falei com alguns dos meus antigos colegas e acredito que a maioria virá, mas o importante é que seja uma despedida bonita no, com os adeptos de que gosto. Recorde-se que Deco contribuiu para a conquista de três campeonatos nacionais, uma Taça UEFA, uma Liga dos Campeões, três Taças de Portugal e duas Supertaças, num total de dez títulos de Dragão ao peito.

Nos convidados, contam-se, entre outros, Vítor Baía, Jorge Costa, Ricardo Carvalho, Maniche, Benni McCarthy, Derlei, Víctor Valdés, Puyol, Xavi, Eto’o, Iniesta, Messi e Ronaldinho, para além dos treinadores de ambas as equipas: José Mourinho, do lado do FC Porto, e Frank Rijkaard, do lado do Barcelona. Revelando que só por “razões pessoais” não terminou a carreira no FC Porto, como era seu desejo, Deco fez um balanço da carreira e da relação com Pinto da Costa: “Passei por grandes equipas, joguei com muitos jogadores e conheci muitos treinadores, mas tudo começou aqui.”

Deco revelou ainda que foi no FC Porto que entendeu o que quer dizer a palavra “vencer” e a expressão “cultura de vitória”: “Aprendi muita coisa aqui, como ter respeito e carinho, e quem passa por aqui já sabe que se respeitar esses princípios nunca terá problemas. Tive sempre uma ligação directa e honesta e só posso agradecer ao presidente. Foi sempre um amigo para mim e deu-me conselhos decisivos”.

Pinto da Costa: “Falar dos grandes feitos do FC Porto sem falar do Deco é impossível”

Por seu lado, Jorge Nuno Pinto da Costa revelou a “relação de estima” que tem com o antigo jogador e sublinhou o facto de Deco ter sido uma figura marcante na sua época: “Foi um jogador sempre importante dentro do campo e foi um exemplo para os colegas, treinadores e dirigentes. Fico muito satisfeito por ele ter escolhido o Dragão porque, estando ele onde estivesse, esteve sempre presente no coração dele o que sentia pelo FC Porto. Estaremos sempre abertos a jogadores como ele, com os quais mantivemos uma relação de amizade para além da sua passagem por aqui e do termo da sua carreira”.

O presidente do FC Porto revelou, na conferência de imprensa, dois episódios curiosos acerca da contratação do médio: “Fui ver um jogo do Deco a Alverca, pois toda a gente me falava bem dele; lá na equipa também jogava um tal de Maniche e eu disse, na altura, que com ambos o FC Porto iria formar uma grande equipa, como acabou por suceder”. A outra refere-se ao momento da assinatura do contrato: “O Deco, mesmo depois de assinar, ainda estava na dúvida se era jogador do FC Porto. Aliás, o Jorge Mendes perguntou-lhe se já se sentia jogador do clube e ele respondeu ‘ainda não sei, não vi o Presidente’. Na altura, não estava presente, mas o Jorge Mendes ligou-me e convidei-o para ir jantar comigo a Cerveira. Foi uma grande opção nossa e creio que também dele”.

Pinto da Costa resumiu, em poucas palavras, a importância do ex-jogador na história do clube: “Falar do Deco sem falar do FC Porto é difícil; falar dos grandes feitos do FC Porto sem falar do Deco é impossível. É um orgulho ele querer fazer aqui a despedida. Obrigado, Deco”, concluiu, selando esta conferência de imprensa com um abraço cúmplice entre ambos. A cerimónia terminou com a oferta, por parte de Deco, da camisola que envergou na final da UEFA Champions League de 2003/04, em Gelsenkirchen, que passa a fazer parte do espólio do Museu FC Porto by BMG. O "mágico" efectuou ainda uma visita ao espaço que contém toda a história do clube.

fonte: fcporto.pt

domingo, 11 de maio de 2014

ÉPOCA TERMINA COM VITÓRIA SOBRE O BENFICA

O FC Porto venceu este sábado o Benfica, por 2-1, terminando assim da melhor forma uma temporada que não fica na história azul e branca. Ricardo e Jackson, de penálti, apontaram os golos dos Dragões, que assim impuseram a segunda derrota da época aos lisboetas. Num encontro em que nada havia para decidir em termos classificativos, superiorizou-se a formação que mais vontade mostrou de ganhar.

​Aos cinco minutos, o FC Porto já tinha criado duas oportunidades de golo e concretizado uma, ambas por Ricardo. O extremo atirou ao lado aos três minutos, mas aos quatro não perdeu a oportunidade de rematar cruzado na grande área e abrir o marcador. Com uma atitude agressiva e de pressão alta sobre o adversário, o FC Porto dominou completamente o adversário nos primeiros 20 minutos, com Jackson a ficar perto do segundo golo, aos nove, com um toque de calcanhar que saiu ao lado.

Apresentando um "onze" com alguns jogadores menos utilizados e dois elementos da formação B - João Cancelo e Funes Mori -, o Benfica foi-se adaptando ao ritmo do encontro, mantendo porém uma postura cautelosa e reactiva. Não se previa um golo dos forasteiros, mas uma desatenção defensiva dos Dragões redundou num penálti de Reyes sobre Salvio, que Enzo Pérez converteu (26m). O encontro baixou depois de ritmo, mas o FC Porto ainda foi a tempo de chegar ao intervalo na frente do marcador: uma falta clara de André Almeida sobre Jackson originou um penálti que o próprio colombiano não desperdiçou, chegando ao 20.º golo na Liga e aproximando-se cada vez mais do título de melhor marcador da prova, pelo segundo ano consecutivo.

O segundo tempo arrancou com um lance de penálti ao qual o árbitro fez vista grossa - toque de Jardel nas costas de Reyes - e um cabeceamento de Djuricic à barra, num lance em que o sérvio se antecipou a Maicon e à saída de Fabiano da sua baliza. Adivinhavam-se 45 minutos com um Benfica com mais bola, em busca do empate, e assim sucedeu. O encontro foi-se desenrolando de forma equilibrada, mas lenta, sem o ritmo imposto pelos portistas nos primeiros 20 minutos.

Até ao final do encontro, apenas Paulo Lopes foi forçado a uma defesa - a remate de Quintero, aos 64 minutos - e pertenceria igualmente ao colombiano a grande ocasião para "fechar" o jogo, aos 84. Danilo trabalhou bem na direita e serviu o camisola dez, que atirou ao lado na zona da marca de penálti, sem opositores. Para além disso, apenas há a destacar novo lance de Jardel, que parece tocar voluntariamente a bola com a mão na área do Benfica.

É justo dizer que o FC Porto não teve desta vez a infelicidade que lhe tocou noutros confrontos com o Benfica ao longo da época, em que as exibições até foram superiores ao que se registou este sábado, podendo ser recordada a vitória magra (1-0) na primeira mão da meia-final da Taça de Portugal. Porém, isso já é apenas passado e, para o futuro, ficam na retina as exibições de dois jovens promissores: o extremo Ricardo e o médio Mikel, do FC Porto B, que agarrou a herança de Fernando e teve um jogo sem falhas.


DECLARAÇÕES
Luís Castro
Depois do último compromisso oficial do FC Porto em 2013/14, Luís Castro considerou que os Dragões foram justos vencedores na recepção ao Benfica (2-1), sublinhando a exibição colectiva da equipa que liderou até agora. O técnico portista aproveitou ainda para manifestar o seu “total apoio” a Julen Lopetegui, o senhor que se segue no banco do FC Porto.

​“O jogo teve um vencedor merecido, embora saibamos que a justiça é feita pelos golos que se marca e se sofre. Foi um jogo bem disputado, em alguns momentos intenso, durante o qual estivemos quase sempre por cima. Com Quintero e Josué, voltámos a ter mais bola, depois de um período de algum adormecimento, mas creio que fizemos uma primeira parte melhor do que a segunda. O resultado é justo. Gostei muito da exibição da equipa. Todos os jogadores foram fantásticos e deixo as avaliações individuais para outros. Mas é óbvio que fico satisfeito por ver jogadores a evoluírem e a lutarem pelo seu lugar no FC Porto”, começou por dizer Luís Castro na conferência de imprensa que se seguiu ao desafio com os lisboetas.

Numa espécie de retrospectiva daquilo que foi o FC Porto sob o seu comando, Luís Castro lamenta a irregularidade de resultados, mas ressalva a forma como a equipa técnica se entregou à “missão” que lhe foi atribuída. “Tivemos muitos jogos com um grau de dificuldade muito elevado. Foram várias montanhas que tivemos de subir. Tivemos resultados maus, mas também tivemos resultados muito bons. Em alguns, a nossa vitória até pecou por escassa. Resumindo, tivemos momentos bons e momentos maus. Entregámo-nos de corpo e alma à missão que nos foi incumbida. Gostaríamos de ter dado mais ao clube e aos adeptos, mas trabalhámos sempre com a máxima entrega e dedicação. Terminamos com o sentimento de que demos o nosso máximo”, prosseguiu o técnico.

Luís Castro acredita que o triunfo sobre o Benfica no último jogo da presente época pode e deve servir de estímulo para a próxima, reservando ainda algumas palavras para o seu sucessor, o espanhol Julen Lopetegui. “Este jogo revestia-se de uma especificidade própria. Não tínhamos nada a ganhar, mas tínhamos muito a perder. Fundamentalmente, esta vitória deve servir de ponte para a próxima época. Foi a imagem de um FC Porto com gente nova, ambiciosa e com muita entrega. Enquanto treinador da estrutura do FC Porto, terá todo o meu apoio. Desejo-lhe as maiores felicidades, pois o seu sucesso será o nosso sucesso. Tem muita competência e muita gente a apoiá-lo”.


Jackson e Mikel
Após a vitória sobre o Benfica (2-1), o avançado Jackson Martínez e o médio Mikel, que fez a sua estreia como titular no FC Porto, estavam satisfeitos pelo resultado. O avançado portista, que atingiu os 20 golos na prova, disse que os jogadores sabiam que tinham “de terminar da melhor maneira” a campanha e o médio nigeriano assumiu um natural nervosismo inicial, que passou mal o árbitro apitou para o começo do jogo.

​“Fizemos um bom jogo. Foi uma época difícil, que não correu como queríamos, mas, felizmente, terminámos com um triunfo”, disse Jackson Martínez, em declarações ao Porto Canal. Segundo o avançado, autor do segundo golo dos portistas (de penálti, aos 38 minutos), o FC porto dominou o jogo: “Na primeira parte, tivemos algumas oportunidades, marcámos dois golos e eles marcaram na única oportunidade que tiveram. Estou contente por ter feito um golo”, acrescentou o avançado.

O colombiano mostrou-se também feliz por estar perto de se sagrar melhor marcador da Liga, o que, a confirmar-se, acontecerá pela segunda época consecutiva: “É um motivo de grande satisfação em termos pessoais, apesar de ter pena de, em termos colectivos, não termos terminado numa melhor posição. Não podia tê-lo conseguido sem a ajuda de todos os meus companheiros”.

Mikel, médio do FC Porto B, estava feliz pela titularidade: “Hoje foi o meu primeiro jogo a titular, depois de me ter estreado contra o Gil Vicente. Ganhámos e estou feliz por isso”. O nigeriano ficou também contente por jogar um clássico: “Joguei contra o Benfica, num grande jogo e estava, naturalmente, nervoso no início. Mal começou, esse nervosismo passou e estou contente pela vitória, é bom para nós antes de irmos de férias”, concluiu.

fonte: fcporto.pt

terça-feira, 6 de maio de 2014

“QUEREMOS SER PROTAGONISTAS EM TODAS AS COMPETIÇÕES”

Julen Lopetegui foi apresentado, esta terça-feira, como o novo treinador do FC Porto. O técnico espanhol, de 47 anos, foi anunciado como o sucessor de Luís Castro pelo presidente do clube, Jorge Nuno Pinto da Costa, em conferência de imprensa realizada no Auditório José Maria Pedroto, no Estádio do Dragão, e disse que “é um prazer, um orgulho, uma responsabilidade enorme e um desafio enorme ser parte da história” do clube.

​Na presença da direcção e da administração do FC Porto, o treinador basco começou por pedir desculpa por não falar em português e revelou a sua satisfação por fazer parte do clube: “É um prazer e uma honra. Vou fazer parte da história deste grande clube e confesso que gostava de conseguir acompanhar metade da energia demonstrada pelo presidente. Gostava de agradecer e demonstrar todo o meu respeito por Luís Castro, que fez um trabalho magnífico, bem como ao Rui Barros, a toda a estrutura e referir que, a partir de agora, sou um mais adepto do FC Porto e que somos Porto”.

Julen Lopetegui acrescentou que a sua prioridade é “analisar muitas das coisas que se passaram este ano” e só depois tomar decisões: “Temos uma ideia de jogo que queremos implementar, uma filosofia, mas entendendo o contexto e o tipo de jogador que vamos encontrar. Sobretudo, queremos ter o esforço e compromisso de todos, principalmente dos jogadores, para sermos protagonistas em todas as competições e em todos os jogos que realizarmos”.

O técnico nascido no País Basco disse ainda que, em termos pessoais, era “um prazer, um orgulho, uma responsabilidade enorme e um desafio enorme ser parte da história” do FC Porto e, não fazendo promessas, fez ver os ingredientes do caminho que pretende trilhar: “Vamos ter energia, ambição, força, e quero agradecer as palavras do presidente, do Antero Henrique e de terem confiado na minha pessoa. Vamos trabalhar no duro para dar alegrias aos adeptos e voltar a ser uma equipa vencedora”.

Nesta primeira conferência de imprensa, Lopetegui fez eco das palavras de Jorge Nuno Pinto da Costa - “É melhor perder de vez em quando do que ganhar de vez em quando” – e mostrou-se sintonizado com a história e filosofia do clube: “Este clube está acostumado a ganhar e vamos tratar de fazer tudo para voltar a ganhar. O passado do FC Porto é glorioso e vamos aproveitar o passado, a força, para passar essa responsabilidade a todos e dar continuidade a essa história. Queremos criar uma equipa sólida, compacta, com uma filosofia de jogo completa, que iremos, pouco a pouco, implementar”.

Não querendo falar já da reforços e dispensas – “ainda há um jogo no sábado” -, o treinador quer potenciar o “talento dos jogadores” para que esteja ao serviço da equipa: “Se a equipa funciona, o talento sai valorizado. Também o treinador e os jogadores saem valorizados. O FC Porto sempre vendeu e comprou bem e estou seguro que assim vai continuar”.

Chegado a um clube depois de estar a trabalhar nas selecções de Espanha, onde teve “uma experiência enriquecedora”, Lopetegui fez ainda uma curta análise ao seu conhecimento do campeonato em que se vai estrear: “O meu trabalho é conhecer rapidamente o campeonato português, que até é um campeonato de que gosto. Tem equipas fantásticas, com bons treinadores e excelentes jogadores, pelo que conheço a liga e vou acompanhando. Vamos tentar construir a nossa história e o passado pode ajudar-nos a construir o presente e o futuro”.

A equipa técnica de Julen Lopetegui será composta pelos assistentes Juan Carlos Martínez, Julian Calero, Rui Barros e Juan Carlos Arevalo (treinador de guarda-redes).

fonte: fcporto.pt

JULEN LOPETEGUI É O NOVO TREINADOR DO FC PORTO

Julen Lopetegui é o novo treinador do FC Porto. Tem 47 anos e é natural de Asteasu, Guipúzcoa, no País Basco, em Espanha. Apresenta no currículo, enquanto treinador, um título de Campeão da Europa de Sub-21 (2013) e de Campeão da Europa de Sub-19 (2012) pelas selecções jovens de Espanha (onde esteve entre 2010 e 2013) e conta com passagens pelo Rayo Vallecano, na Segunda Liga espanhola (2003/2004) e pelo Real Madrid Castilla (2008/09).

​Como jogador, actuou como guarda-redes e passou pela Real Sociedad, Real Madrid Castilla, Las Palmas, Real Madrid, Logroñes, Barcelona e, por fim, Rayo Vallecano, onde terminou a carreira. Conquistou, enquanto futebolista, uma Taça das Taças (pelo Barcelona, em 1996/97), um Campeonato espanhol (ao serviço do Real Madrid, em 1988/89), uma Taça do Rei (Barcelona, 1996/97) e quatro Supertaças espanholas (1989, 1990, 1994 e 1996, ao serviço de Real Madrid e de Barcelona).

Na sua passagem pelo Barcelona foi treinado por Bobby Robson (cujo adjunto era José Mourinho) e foi companheiro de equipa de Vítor Baía.

fonte: fcporto.pt