domingo, 11 de maio de 2014

ÉPOCA TERMINA COM VITÓRIA SOBRE O BENFICA

O FC Porto venceu este sábado o Benfica, por 2-1, terminando assim da melhor forma uma temporada que não fica na história azul e branca. Ricardo e Jackson, de penálti, apontaram os golos dos Dragões, que assim impuseram a segunda derrota da época aos lisboetas. Num encontro em que nada havia para decidir em termos classificativos, superiorizou-se a formação que mais vontade mostrou de ganhar.

​Aos cinco minutos, o FC Porto já tinha criado duas oportunidades de golo e concretizado uma, ambas por Ricardo. O extremo atirou ao lado aos três minutos, mas aos quatro não perdeu a oportunidade de rematar cruzado na grande área e abrir o marcador. Com uma atitude agressiva e de pressão alta sobre o adversário, o FC Porto dominou completamente o adversário nos primeiros 20 minutos, com Jackson a ficar perto do segundo golo, aos nove, com um toque de calcanhar que saiu ao lado.

Apresentando um "onze" com alguns jogadores menos utilizados e dois elementos da formação B - João Cancelo e Funes Mori -, o Benfica foi-se adaptando ao ritmo do encontro, mantendo porém uma postura cautelosa e reactiva. Não se previa um golo dos forasteiros, mas uma desatenção defensiva dos Dragões redundou num penálti de Reyes sobre Salvio, que Enzo Pérez converteu (26m). O encontro baixou depois de ritmo, mas o FC Porto ainda foi a tempo de chegar ao intervalo na frente do marcador: uma falta clara de André Almeida sobre Jackson originou um penálti que o próprio colombiano não desperdiçou, chegando ao 20.º golo na Liga e aproximando-se cada vez mais do título de melhor marcador da prova, pelo segundo ano consecutivo.

O segundo tempo arrancou com um lance de penálti ao qual o árbitro fez vista grossa - toque de Jardel nas costas de Reyes - e um cabeceamento de Djuricic à barra, num lance em que o sérvio se antecipou a Maicon e à saída de Fabiano da sua baliza. Adivinhavam-se 45 minutos com um Benfica com mais bola, em busca do empate, e assim sucedeu. O encontro foi-se desenrolando de forma equilibrada, mas lenta, sem o ritmo imposto pelos portistas nos primeiros 20 minutos.

Até ao final do encontro, apenas Paulo Lopes foi forçado a uma defesa - a remate de Quintero, aos 64 minutos - e pertenceria igualmente ao colombiano a grande ocasião para "fechar" o jogo, aos 84. Danilo trabalhou bem na direita e serviu o camisola dez, que atirou ao lado na zona da marca de penálti, sem opositores. Para além disso, apenas há a destacar novo lance de Jardel, que parece tocar voluntariamente a bola com a mão na área do Benfica.

É justo dizer que o FC Porto não teve desta vez a infelicidade que lhe tocou noutros confrontos com o Benfica ao longo da época, em que as exibições até foram superiores ao que se registou este sábado, podendo ser recordada a vitória magra (1-0) na primeira mão da meia-final da Taça de Portugal. Porém, isso já é apenas passado e, para o futuro, ficam na retina as exibições de dois jovens promissores: o extremo Ricardo e o médio Mikel, do FC Porto B, que agarrou a herança de Fernando e teve um jogo sem falhas.


DECLARAÇÕES
Luís Castro
Depois do último compromisso oficial do FC Porto em 2013/14, Luís Castro considerou que os Dragões foram justos vencedores na recepção ao Benfica (2-1), sublinhando a exibição colectiva da equipa que liderou até agora. O técnico portista aproveitou ainda para manifestar o seu “total apoio” a Julen Lopetegui, o senhor que se segue no banco do FC Porto.

​“O jogo teve um vencedor merecido, embora saibamos que a justiça é feita pelos golos que se marca e se sofre. Foi um jogo bem disputado, em alguns momentos intenso, durante o qual estivemos quase sempre por cima. Com Quintero e Josué, voltámos a ter mais bola, depois de um período de algum adormecimento, mas creio que fizemos uma primeira parte melhor do que a segunda. O resultado é justo. Gostei muito da exibição da equipa. Todos os jogadores foram fantásticos e deixo as avaliações individuais para outros. Mas é óbvio que fico satisfeito por ver jogadores a evoluírem e a lutarem pelo seu lugar no FC Porto”, começou por dizer Luís Castro na conferência de imprensa que se seguiu ao desafio com os lisboetas.

Numa espécie de retrospectiva daquilo que foi o FC Porto sob o seu comando, Luís Castro lamenta a irregularidade de resultados, mas ressalva a forma como a equipa técnica se entregou à “missão” que lhe foi atribuída. “Tivemos muitos jogos com um grau de dificuldade muito elevado. Foram várias montanhas que tivemos de subir. Tivemos resultados maus, mas também tivemos resultados muito bons. Em alguns, a nossa vitória até pecou por escassa. Resumindo, tivemos momentos bons e momentos maus. Entregámo-nos de corpo e alma à missão que nos foi incumbida. Gostaríamos de ter dado mais ao clube e aos adeptos, mas trabalhámos sempre com a máxima entrega e dedicação. Terminamos com o sentimento de que demos o nosso máximo”, prosseguiu o técnico.

Luís Castro acredita que o triunfo sobre o Benfica no último jogo da presente época pode e deve servir de estímulo para a próxima, reservando ainda algumas palavras para o seu sucessor, o espanhol Julen Lopetegui. “Este jogo revestia-se de uma especificidade própria. Não tínhamos nada a ganhar, mas tínhamos muito a perder. Fundamentalmente, esta vitória deve servir de ponte para a próxima época. Foi a imagem de um FC Porto com gente nova, ambiciosa e com muita entrega. Enquanto treinador da estrutura do FC Porto, terá todo o meu apoio. Desejo-lhe as maiores felicidades, pois o seu sucesso será o nosso sucesso. Tem muita competência e muita gente a apoiá-lo”.


Jackson e Mikel
Após a vitória sobre o Benfica (2-1), o avançado Jackson Martínez e o médio Mikel, que fez a sua estreia como titular no FC Porto, estavam satisfeitos pelo resultado. O avançado portista, que atingiu os 20 golos na prova, disse que os jogadores sabiam que tinham “de terminar da melhor maneira” a campanha e o médio nigeriano assumiu um natural nervosismo inicial, que passou mal o árbitro apitou para o começo do jogo.

​“Fizemos um bom jogo. Foi uma época difícil, que não correu como queríamos, mas, felizmente, terminámos com um triunfo”, disse Jackson Martínez, em declarações ao Porto Canal. Segundo o avançado, autor do segundo golo dos portistas (de penálti, aos 38 minutos), o FC porto dominou o jogo: “Na primeira parte, tivemos algumas oportunidades, marcámos dois golos e eles marcaram na única oportunidade que tiveram. Estou contente por ter feito um golo”, acrescentou o avançado.

O colombiano mostrou-se também feliz por estar perto de se sagrar melhor marcador da Liga, o que, a confirmar-se, acontecerá pela segunda época consecutiva: “É um motivo de grande satisfação em termos pessoais, apesar de ter pena de, em termos colectivos, não termos terminado numa melhor posição. Não podia tê-lo conseguido sem a ajuda de todos os meus companheiros”.

Mikel, médio do FC Porto B, estava feliz pela titularidade: “Hoje foi o meu primeiro jogo a titular, depois de me ter estreado contra o Gil Vicente. Ganhámos e estou feliz por isso”. O nigeriano ficou também contente por jogar um clássico: “Joguei contra o Benfica, num grande jogo e estava, naturalmente, nervoso no início. Mal começou, esse nervosismo passou e estou contente pela vitória, é bom para nós antes de irmos de férias”, concluiu.

fonte: fcporto.pt

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