segunda-feira, 31 de março de 2014

NACIONAL 2-1 FC PORTO

Nacional 2-1 FC Porto

Liga 2013/14, 25.ª jornada
30 de Março de 2014
Estádio: Madeira, Funchal
Assistência: -

Árbitro: João Capela (Lisboa).
Assistentes: Ricardo Santos e Tiago Rocha.
4º Árbitro: Fábio Veríssimo.

NACIONAL: Gottardi, Zainadine, Miguel Rodrigues, Mexer, Marçal, Aly Ghazal, Gomaa, João Aurélio, Rondón, Djaniny, Candeias.
Substituições: Lucas João por Djaniny (55m), Reginaldo por Rondón (75m), Diego Barcellos por Candeias (87m).
Não utilizados: Ricardo Batista, Claudemir, Jota, Sequeira.
Treinador: Manuel Machado.

FC PORTO: Fabiano, Danilo, Reyes, Abdoulaye, Alex Sandro, Fernando, Defour, Herrera, Licá, Jackson Martínez, Quaresma.
Substituições: Quintero por Defour (46m), Ghilas por Licá (46m), Carlos Eduardo por Abdoulaye (77m).
Não utilizados: Kadú, Josué, Ricardo, Kelvin.
Treinador: Luis Castro.

Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Candeias (19m), Jackson Martínez (46m), Rondón (48m).
Cartões amarelos: Alex Sandro (29m), Djaniny (55m), Carlos Eduardo (78m), Lucas João (79m), Jackson Martínez (82m), Zainadine (84m), Reginaldo (86m), Quaresma (90+3m).


O FC Porto perdeu este domingo no terreno do Nacional, por 2-1, e ficou assim a oito pontos do segundo lugar da Liga portuguesa, comprometendo esse objectivo, provavelmente em definitivo. Os Dragões efectuaram uma exibição apagada na primeira parte, mas justificaram outro resultado na segunda, num encontro marcado pela falta de sorte - Quaresma acertou no poste na marcação de um penálti - e por erros cruciais do árbitro João Capela, que validou um golo em fora de jogo ao Nacional e anulou um lance limpo de Jackson Martínez, que faria o 2-2, ainda com um quarto de hora para jogar.
Os Dragões chegavam ao Estádio da Madeira na condição de ter de vencer para manter, no mínimo, as distâncias. Mas o jogo não começou bem, o meio-campo portista não funcionou e o jogo pautou-se por muitas bolas perdidas, jogadores lentos, sem ideias e incapazes de dar profundidade atacante. Também foi visível falta de intensidade, vontade, querer e certos jogadores revelaram estar no relvado apenas para fazer número.
Nos primeiros 20 minutos da primeira parte o jogo foi muito mastigado de parte a parte, o Nacional superiorizou-se e chegou ao golo num contra-ataque em em fora de jogo. Estavam decorridos 19 minutos. Cruzamento de João Aurélio, Djaniny escorrega e a bola vai parar ao peito de Candeias, que domina e dispara de pé direito ao canto inferior da baliza do FC Porto, apesar da bola ter ainda batido nas pernas de Reyes e traído Fabiano. O encontro complicava-se ainda mais para os azuis e brancos, isto porque a equipa de Manuel Machado é muito organizada e perita no contra-ataque. Em vantagem e a jogar em casa, podendo baixar o ritmo de jogo, a formação insular estava nas suas "sete quintas". Porém, num terreno pesado, o FC Porto criou, aos 27 minutos, uma situação soberana para empatar: Defour isolou Jackson mas este rematou rasteiro para uma defesa feliz de Gottardi, com o pé. Até ao intervalo, Djaniny assustou por duas vezes Fabiano, enquanto os Dragões pecavam por falhar muitos passes a meio-campo.
Naturalmente descontente com o rendimento da equipa, Luís Castro fez entrar Quintero e Ghilas ao intervalo, para os lugares de Defour e Licá. A alteração deu frutos logo no primeiro minuto da segunda parte, com a participação dos dois jogadores: Quintero abriu na esquerda em Ghilas, que cruzou para Jackson; o colombiano rodou para o seu 16.º golo esta época na Liga portuguesa, na qual é o melhor marcador. No entanto, uma desatenção defensiva, logo dois minutos depois, permitiu a Rondón repor a vantagem para os insulares, num lance em que o venezuelano foi mais perspicaz do que Abdoulaye e Fabiano.
A partir daí; o FC Porto encostou o Nacional atrás e criou várias jogadas que mereciam melhor sorte. Aos 54 minutos cruzamento de Alex Sandro, Miguel Rodrigues desvia e quase marca na própria baliza. Aos 59 minutos, Quaresma acertou no poste na conversão de uma grande penalidade por ele sofrida, após toque de Aly Ghazal.  Aos 77 minutos, o FC Porto sem nada a perder, retirava Abdoulaye e metia em jogo Carlos Eduardo.
Aos 78 minutos, surge o lance mais polémico da partida. Quaresma cruza da esquerda e Jackson Martínez marca mas João Capela considera que fez falta sobre Marçal. A falta é inexistente e revela a incompetência do árbitro que já nos habituou a este tipo de erros e outros semelhantes.
Jackson ainda voltou a estar perto do golo aos 83 minutos, mas a bola saiu por cima. Fica a ideia de que o FC Porto poderia ter atacado toda a segunda parte que não conseguiria trazer qualquer ponto.
Não obstante isso, o FC Porto manteve-se de cabeça erguida e só não saiu da Madeira com outro resultado, porque não foi uma noite afortunada para os azuis e brancos. Isto para não sublinhar ainda mais a contribuição do homem do apito. Todos estes factores fizeram com que no fim do jogo, Ricardo Quaresma tenha tido uma reacção intempestiva e tenha descarregado toda a frustração.
Na Quinta-feira, o FC Porto regressa à Liga Europa para iniciar a jornada com vista a atingir as meias-finais da prova frente ao Sevilha. É hora de mudar de página, unir forças, reunir o grupo e concentração máxima porque a prova é outra e as grandes decisões estão à porta.


segunda-feira, 24 de março de 2014

DEFOUR FOI O MVP

23-03-2014
Defour foi eleito o melhor jogador em campo no FC Porto-Belenenses (1-0) deste domingo, da 24.ª jornada da Liga. O médio, que alinhou durante os 90 minutos, recebe assim a primeira distinção da época.

​O belga é o sétimo MVP da época, depois de Jackson Martínez (12.ª jornada da Liga, frente ao Sporting de Braga, e 18.ª, frente ao Paços de Ferreira), Licá (2.ª jornada, com o Marítimo), Silvestre Varela (4.ª jornada, frente ao Gil Vicente, 8.ª jornada, frente ao Sporting, e 16.ª jornada, frente ao V. Setúbal), Josué (6.ª jornada, frente ao V. Guimarães), Carlos Eduardo (14.ª jornada, frente ao Olhanense) e Quaresma (22.ª jornada, frente ao Arouca).

O prémio será entregue a Defour esta segunda-feira, às 10h45, antes do treino que marca o regresso ao trabalho dos Dragões, no Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, no Olival, a partir das 11h00. A sessão, que marca o início da preparação da recepção ao Benfica (primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal, quarta-feira, às 21h00), decorre à porta fechada.

fonte: fcporto.pt

FC PORTO 1-0 BELENENSES

FC Porto-Belenenses, 1-0

Liga 2013/14, 24.ª jornada
23 de Março de 2014
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 27.509

Árbitro: Carlos Xistra.
Assistentes: Nuno Pereira e Jorge Cruz.
4º Árbitro: José Laranjeira.

FC PORTO: Fabiano, Ricardo, Reyes, Mangala, Alex Sandro, Defour, Carlos Eduardo, Josué, Varela, Jackson, Ghilas.
Substituições: Quintero por Josué (46m), Kelvin por Varela (55m), Licá por Reyes (77m).
Não utilizados: Kadú, Herrera, Abdoulaye, Mikel.
Treinador: Luis Castro.

BELENENSES: Matt Jones, André Geraldes, João Meira, João Afonso, Gonçalo Brandão, Fernando Ferreira, Filipe Ferreira, Bruno China, Miguel Rosa, Tiago Silva, João Pedro.
Substituições: Duarte por João Pedro (60m), Fredy por Miguel Rosa (76m), Tiago Caeiro por Fernando Ferreira (87m).
Não utilizados: Rafael Veloso, Kay, Danielsson, Rojas.
Treinador: Lito Vidigal.

Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: Quintero (79m).
Cartões amarelos: Tiago Silva (45+1m), Alex Sandro (59m), Ricardo (83m), André Geraldes (86m), Filipe Ferreira (90m).
Cartões vermelhos: João Afonso (44m).

O FC Porto apresentou-se com bastantes diferenças relativamente à equipa que iniciou a partida em Nápoles, em que os Dragões carimbaram a passagem aos quartos-de-final da Liga Europa (2-2, 2-3 no total da eliminatória): Danilo, Fernando e Quaresma, castigados, foram substituídos por Alex Sandro, Josué e Ghilas. Ricardo e Reyes estrearam-se, a titulares, na equipa de Luís Castro, numa partida que começou de forma confusa.
A primeira parte foi terrível. Muito fraco mesmo. Aos 30 minutos, Varela enviou ao poste a bola cruzada por Ghilas, Carlos Eduardo e Jackson enviaram a bola por cima da baliza em duas boas oportunidades dos Dragões. A fechar a primeira parte, João Afonso foi expulso, com vermelho directo, depois de derrubar Jackson.
Na segunda parte o jogo continuou mau. Na ultima meia hora o Porto carregou com tudo, Luís Castro lançou Quintero e Kelvin. O golo apareceu de forma lógica e natural. Quintero foi o homem que resolveu o jogo.
O jogo foi bastante fraco mas o mais importante foi conseguido.

DECLARAÇÕES
Alex Sandro
​“Sabíamos que seria um jogo complicado e sentimos muitas dificuldades para furar a defesa do Belenenses, que jogou muito fechado. Soubemos ser pacientes e lutar até ao fim pela vitória, por isso estamos de parabéns. Nunca perdemos a cabeça e mantivemos sempre a lucidez para conseguir chegar ao golo e à vitória”, afirmou Alex Sandro, que regressou à equipa após ter cumprido castigo em Nápoles.

Licá
Licá, que esteve envolvido no lance do golo que deu o triunfo ao FC Porto, acredita que os azuis e brancos fizeram por merecer os três pontos e sublinha que estão “preparados” para os compromissos que se seguem no futuro mais próximo. “Criámos várias oportunidades de golo e podíamos ter ganho de forma mais tranquila. De qualquer forma, acreditámos que podíamos vencer, lutámos, arriscámos e fomos felizes. Cumprimos o nosso objectivo e na próxima quarta-feira temos mais um jogo para ganhar numa competição que queremos conquistar”.

Luís Castro
A vitória frente ao Belenenses foi curta (1-0) e obtida já nos minutos finais do jogo da 24.ª jornada da Liga portuguesa, mas para Luís Castro os três pontos eram o objectivo fundamental, “entre dois jogos com uma carga psicológica elevada”. Depois de ter eliminado o Nápoles da Liga Europa, na quinta-feira, o FC Porto defronta o Benfica na próxima quarta-feira, em desafio da primeira-mão das meias-finais da Taça de Portugal.

​“Foi um jogo com uma intensidade baixa e, em determinados momentos, com uma intensidade psicológica alta. Teve várias interrupções e isso instabilizou um pouco a equipa. Queríamos aumentar a velocidade e o jogo parava e tínhamos de a repor. Nunca houve uma sequência lógica, também por culpa própria”, admitiu o treinador, em conferência de imprensa, no Auditório José Maria Pedroto, no Estádio do Dragão.

Luís Castro frisou que a equipa “percebeu o que tinha de fazer na segunda parte” e arriscou “tudo”, colocando em campo vários jogadores de cariz ofensivo, vindos do banco. Para além do golo de Quintero, “mais ficaram por marcar”, fez notar o treinador, que acrescentou que o melhor treino para os atletas menos utilizados “é o jogo” e que, por isso, os seus índices estão a subir.

“As dinâmicas começam a sedimentar-se e a forma como jogarmos é entendível por todos e posta em prática a cada jogo. Os jogos têm um grau de dificuldade elevada e trazem desgaste psicológico, mas não podemos querer não ter desgaste e ser apurados nas competições em que estamos. A gestão é obrigatória, há sempre uma ou outra lesão ou castigo. Já tinha três jogadores castigados, um ou dois lesionados e não podia fazer gestão em cima da obrigatoriedade de fazer gestão. Não posso promover alterações profundas, tenho de dar o máximo conforto à equipa e as dinâmicas necessárias”, afirmou.

Recusando abordar o jogo com o Benfica, que adiantou ainda não ter começado a preparar por falta de tempo, o técnico reconheceu que há um “desgaste natural”, mas a função do treinador é “acelerar as dinâmicas de recuperação”. “Com dois jogos por semana, é natural que um ou outro jogador esteja mais sobrecarregado; à medida que se aproxima o fim da época, mas é bom estarmos em todas as frentes e não nos podemos queixar de termos jogos a mais. Estamos muito satisfeitos por continuar a disputar as provas em que estamos inseridos”, concluiu.

terça-feira, 18 de março de 2014

COMUNICADO DA ADMINISTRAÇÃO

O Conselho de Administração da FC Porto – Futebol, SAD, reunido hoje, face aos acontecimentos que precederam e ocorreram durante o jogo Sporting-FC Porto, deliberou solicitar ao departamento jurídico efectuar uma participação disciplinar junto da Comissão de Instrução e Inquéritos da Liga Portuguesa de Futebol Profissional contra o Sporting Clube de Portugal – Futebol, SAD e o seu presidente.

​A campanha de condicionamento da arbitragem, com o anúncio da interposição de acções judiciais aos árbitros desta época e da anterior, extensível aos membros dos órgãos jurisdicionais do Conselho de Disciplina e do Conselho de Justiça, a que se juntou a ameaça de acções com pedidos indemnizatórios contra os árbitros dos jogos futuros, como era o caso do Sporting-FC Porto, configuram uma intolerável violência moral com a intenção de constranger os agentes desportivos, resultado do presente no artigo 66 do Regulamento Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional.
fonte: fcporto.pt

DERROTA EM FORA DE JOGO

Liga 2013/14, 23.ª jornada
16 de Março de 2014
Estádio: José Alvalade, Lisboa
Assistência: 36.692

Árbitro: Pedro Proença.
Assistentes: Bertino Miranda e Tiago Trigo.
4º Árbitro: Luís Ferreira.

sporting: Rui Patrício, Cédric, Dier, Rojo, Jefferson, William Carvalho, Adrien, André Martins, Carlos Mané, Slimani, Capel.
Substituições: Carrillo por André Martins (69m), Fredy Montero por Slimani (73m), Wilson Eduardo por Carlos Mané (86m).
Não utilizados: Marcelo, Gérson Magrão, Heldon, Rúben Semedo.
Treinador: Leonardo Jardim.

FC PORTO: Helton, Danilo, Abdoulaye, Mangala, Alex Sandro, Fernando, Defour, Carlos Eduardo, Quaresma, Jackson Martinez, Varela.
Substituições: Quintero por Carlos Eduardo (58m), Fabiano por Helton (61m), Ghilas por Varela (78m).
Não utilizados: Reyes, Herrera, Licá, Ricardo.
Treinador: Luis Castro.

Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: Slimani (52m).
Cartões amarelos: Adrien (10m), Danilo (13m), Abdoulaye (55m), Mangala (84m), Fredy Montero (90+1m), Wilson Eduardo (90+4m), Rui Patrício (90+5m).
Cartões vermelhos: Fernando (90+1m).

O FC Porto perdeu este domingo no terreno do Sporting, por 1-0, e atrasou-se assim face ao rival lisboeta, que passa a contar com mais cinco pontos no segundo lugar da Liga portuguesa. A vitória lisboeta fica manchada em termos de verdade desportiva, já que o único golo do encontro, apontado por Slimani, é obtido num lance antecedido por um claro fora de jogo. Em termos de oportunidades de golo, os portistas não ficaram atrás dos "leões" e deveriam ter chegado ao intervalo em vantagem.

​O equilíbrio – demonstrado por uma divisão quase perfeita do tempo de posse de bola – foi a nota dominante da primeira parte, com ambas as equipas a pressionar fortemente o adversário na saída de bola e a condicionar assim os lances de ataque. A diferença esteve nas oportunidades de golo: zero para o Sporting, três para o FC Porto.

Logo aos 16 minutos, Quaresma trabalhou sobre Cedric e cruzou, com Varela a rematar de primeira e Rui Patrício a efectuar uma grande defesa. Quaresma esteve de novo em evidência 13 minutos depois, num lance individual na esquerda em que rematou de ângulo difícil, à trave. Aos 44, Danilo cruzou na direita após uma boa troca de troca de bola e Jackson cabeceou ao lado, parecendo ter sido travado no seu movimento por Cédric, o que daria origem a grande penalidade.

A primeira oportunidade de golo do Sporting só surgiu aos 51 minutos, com um cabeceamento de Slimani, na sequência de um pontapé de canto, a proporcionar a Helton a primeira defesa apertada. Porém, logo no minuto seguinte, surgiu o golo da equipa da casa: André Martins, em fora de jogo, cruzou na direita para o avançado argelino, que desta vez acertou na baliza portista.

Como um azar nunca vem só, Helton lesionou-se sozinho, com gravidade, à passagem dos 60 minutos. O FC Porto perdeu o seu capitão e Fabiano entrou para a baliza. Os minutos seguintes foram marcados por uma progressiva alteração estratégica: os azuis e brancos foram subindo as suas linhas, em busca do empate, e os lisboetas recuando no terreno.

O empate poderia ter surgido aos 77 minutos, mas um corte de Dier evitou o golo de Jackson, quando Rui Patrício já estava fora da baliza. Aproveitando o adiantamento portista, Montero dispôs de uma boa oportunidade para o Sporting, aos 81 minutos, mas seria de Ghilas o último lance de perigo, num momento em que os Dragões já praticavam um futebol directo. O camisola 11, num lance acrobático, atirou ao lado - quando Fernando já tinha sido expulso, depois de Montero impedir a reposição de bola -, desperdiçando a hipótese de um empate que seria justificado e iria certamente ser dedicado a Helton.


DECLARAÇÕES
O treinador dos tricampeões nacionais destacou o empenho dos jogadores na derrota em Alvalade, diante do Sporting (0-1), acreditando que estes trabalharam o suficiente para pontuar na deslocação a Lisboa. Ricardo Quaresma, por sua vez, lembrou a irregularidade do golo dos leões e reconheceu que a lesão de Helton abalou a equipa.

​“Os jogadores trabalharam o suficiente para merecer outro resultado. Construímos situações para marcar golo, mas não conseguimos. Procurámos outro resultado e sentimos uma certa amargura por não termos conseguido. O lance da falta do Cédric sobre o Jackson Martínez (aos 44 minutos, com 0-0), num lance flagrante de golo, e o golo do Sporting, em fora-de-jogo, tiveram influência no resultado”, afirmou Luís Castro no flash-interview após o final do jogo.

Reconhecendo que os azuis e brancos “também falharam como as outras duas equipas em campo falharam”, o treinador portista deixou uma garantia para o que ainda há para jogar em 2013/14: “O FC Porto vai sempre lutar pela vitória em todas as competições que disputar”.

Para Ricardo Quaresma, o Sporting não justificou uma vitória que surgiu com um golo irregular. “Fizemos tudo para ganhar. O Sporting não jogou mais que nós. Já que falam do árbitro, vejam o golo. Perdemos a noção do jogo depois do golo do Sporting e da lesão do Helton, que é o nosso capitão. Há que continuar a trabalhar para regressar o mais rápido possível às vitórias”, declarou o camisola sete.

fonte: fcporto.pt

sexta-feira, 14 de março de 2014

FC PORTO 1-0 NÁPOLES

Liga Europa 2013/14, oitavos, 1.ª mão
13 de Março de 2014
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 25.520

Árbitro: Pavel Kralovec (República Checa).
Assistentes: Roman Slysko e Martin Wilczek; Radek Prihoda e Michal Patak.
4º Árbitro: Antonin Kordula.

FC PORTO: Helton, Danilo, Maicon, Mangala, Alex Sandro, Fernando, Defour, Carlos Eduardo, Quaresma, Jackson Martínez, Varela.
Substituições: Quintero por Carlos Eduardo (67m), Ghilas por Varela (72m), Herrera por Defour (87m).
Não utilizados: Fabiano, Reyes, Licá, Ricardo.
Treinador: Luis Castro.

NÁPOLES: Reina, Réveillère, Raúl Albiol, Britos, Ghoulam, Henrique, Behrami, Hamšík, Callejón, Higuaín e Insigne.
Substituições: Mertens por Hamšík (74m), Pandev por Callejón (79m), Zapata por Higuaín (83m).
Não utilizados: Colombo, Dzemail, Fernández, Inler.
Treinador: Rafael Benitez.

Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: Jackson Martinez (57m).
Cartões amarelos: Réveillère (58m), Alex Sandro (69m), Behrami (71m).



O FC Porto apresentou um "onze" praticamente idêntico ao do jogo anterior, frente ao Arouca (apenas Abdoulaye, que não pode jogar na Liga Europa pelos Dragões, cedeu o lugar a Alex Sandro, regressando Mangala ao posto de central), enquanto o Nápoles denunciou a sua atitude cautelosa pela colocação do defesa-central Henrique (uma contratação de Inverno) como parceiro de Behrami num duplo-pivô defensivo.
A primeira parte desenrolou-se essencialmente a meio-campo, com os italianos a recuar dez homens para trás da linha da bola e o FC Porto sem circulação suficientemente rápida para "sufocar" o Nápoles. No entanto, couberam ao FC Porto as duas únicas situações de perigo: aos 12 minutos, Carlos Eduardo serviu Jackson na grande área e o colombiano proporcionou uma grande defesa a Reina; aos 20, após um primeiro remate de Defour, os papéis inverteram-se e foi Jackson a servir a cabeça de Carlos Eduardo. A bola entrou na baliza mas não foi golo, porque o lance foi invalidado devido a um fora-de-jogo fantasma, que só o assistente parece ter descortinado.
Depois do intervalo, os Dragões pareceram ter percebido que era necessária uma maior intensidade para obrigar a defesa napolitana a errar. Logo nos primeiros cinco minutos, os italianos passaram por dois calafrios: primeiro Fernando rematou a uns 25 metros da baliza e obrigou Reina a um voo para atirar a bola para canto; aos 50 minutos, Quaresma também atirou de fora da área, mas ao lado. O encontro finalmente "abriu" e o Nápoles dispôs de três situações quase consecutivas em que poderia ter inaugurado o marcador, por intermédio de Higuaín, Albiol e Callejón. Valeu Helton e alguma sorte, que tinha faltado precisamente aos azuis e brancos na primeira parte.
No momento mais difícil do encontro, acabou por ser o FC Porto a marcar: aos 57 minutos, um canto apontado por Quaresma acabou por ir ter ao pé esquerdo de Jackson, que disparou de primeira para o 1-0. O 23.º golo era essencialmente justificado por aquilo que o FC Porto tinha feito na primeira parte e permitiu aos Dragões gerir o encontro de outra forma, privilegiando a segurança e procurando explorar eventuais falhas do adversário. Só aos 74 minutos Rafael Benitez mexeu no "onze" italiano, arriscando mais um pouco e colocando Mertens ao lado de Higuaín no ataque.
Em Itália, Alex Sandro será baixa por ter visto um cartão amarelo, mas, ainda assim, a perspectiva é positiva:há seis jogos consecutivos que o FC Porto sofria golos e desta vez o registo de Helton foi limpo.


DECLARAÇÕES
O treinador do FC Porto considerou justo o triunfo sobre o Nápoles (1-0) na primeira mão dos oitavos-de-final da Liga Europa. Luís Castro sublinhou ainda que os tricampeões nacionais souberam sofrer sempre que foi necessário, guardando uma palavra especial para o apoio que os mais de 25 mil adeptos presentes no Estádio do Dragão deram à equipa.


​“A eliminatória vai ser disputada até ao último minuto de jogo. Percebemos que tudo o que pensávamos sobre o Nápoles se confirmou. É uma equipa muito complicada, que sai rapidamente para o ataque quando recupera a bola. O jogo confirmou que a eliminatória vai ser muito equilibrada, mas hoje fomos superiores e vencemos com inteira justiça”, afirmou Luís Castro na conferência de imprensa após o embate com os italianos.

O técnico portista destacou o golo mal anulado a Carlos Eduardo e realçou a importância de uma vitória sem golos sofridos. “Podíamos e deveríamos ter ganho por 2-0, porque fizemos dois golos, mas um foi invalidado. Cumprimos o objectivo de vencer e não sofrer golos, o que era importante para abordar o jogo da segunda mão. Num jogo tão equilibrado, houve períodos em que tivemos de sofrer um pouco e soubemos fazê-lo, mas a vitória assenta-nos bem”, prosseguiu Luís Castro, que terminou a análise com um agradecimento aos adeptos portistas.

“Um dos objectivos do FC Porto sempre que entra em campo é dar alegria a quem o vê, fundamentalmente aos sócios e adeptos, que são os que mais sofrem connosco. Ajudaram-nos muito, foram fundamentais para atingirmos a vitória. Se os jogadores foram fantásticos, também os adeptos o foram e a equipa sentiu isso. A equipa sente a responsabilidade de pôr em campo o que trabalha no dia-a-dia, mas também de dar alegrias a quem gosta dela. Esta vitória também é dos nossos adeptos”. Tudo dito.