segunda-feira, 31 de março de 2014

NACIONAL 2-1 FC PORTO

Nacional 2-1 FC Porto

Liga 2013/14, 25.ª jornada
30 de Março de 2014
Estádio: Madeira, Funchal
Assistência: -

Árbitro: João Capela (Lisboa).
Assistentes: Ricardo Santos e Tiago Rocha.
4º Árbitro: Fábio Veríssimo.

NACIONAL: Gottardi, Zainadine, Miguel Rodrigues, Mexer, Marçal, Aly Ghazal, Gomaa, João Aurélio, Rondón, Djaniny, Candeias.
Substituições: Lucas João por Djaniny (55m), Reginaldo por Rondón (75m), Diego Barcellos por Candeias (87m).
Não utilizados: Ricardo Batista, Claudemir, Jota, Sequeira.
Treinador: Manuel Machado.

FC PORTO: Fabiano, Danilo, Reyes, Abdoulaye, Alex Sandro, Fernando, Defour, Herrera, Licá, Jackson Martínez, Quaresma.
Substituições: Quintero por Defour (46m), Ghilas por Licá (46m), Carlos Eduardo por Abdoulaye (77m).
Não utilizados: Kadú, Josué, Ricardo, Kelvin.
Treinador: Luis Castro.

Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Candeias (19m), Jackson Martínez (46m), Rondón (48m).
Cartões amarelos: Alex Sandro (29m), Djaniny (55m), Carlos Eduardo (78m), Lucas João (79m), Jackson Martínez (82m), Zainadine (84m), Reginaldo (86m), Quaresma (90+3m).


O FC Porto perdeu este domingo no terreno do Nacional, por 2-1, e ficou assim a oito pontos do segundo lugar da Liga portuguesa, comprometendo esse objectivo, provavelmente em definitivo. Os Dragões efectuaram uma exibição apagada na primeira parte, mas justificaram outro resultado na segunda, num encontro marcado pela falta de sorte - Quaresma acertou no poste na marcação de um penálti - e por erros cruciais do árbitro João Capela, que validou um golo em fora de jogo ao Nacional e anulou um lance limpo de Jackson Martínez, que faria o 2-2, ainda com um quarto de hora para jogar.
Os Dragões chegavam ao Estádio da Madeira na condição de ter de vencer para manter, no mínimo, as distâncias. Mas o jogo não começou bem, o meio-campo portista não funcionou e o jogo pautou-se por muitas bolas perdidas, jogadores lentos, sem ideias e incapazes de dar profundidade atacante. Também foi visível falta de intensidade, vontade, querer e certos jogadores revelaram estar no relvado apenas para fazer número.
Nos primeiros 20 minutos da primeira parte o jogo foi muito mastigado de parte a parte, o Nacional superiorizou-se e chegou ao golo num contra-ataque em em fora de jogo. Estavam decorridos 19 minutos. Cruzamento de João Aurélio, Djaniny escorrega e a bola vai parar ao peito de Candeias, que domina e dispara de pé direito ao canto inferior da baliza do FC Porto, apesar da bola ter ainda batido nas pernas de Reyes e traído Fabiano. O encontro complicava-se ainda mais para os azuis e brancos, isto porque a equipa de Manuel Machado é muito organizada e perita no contra-ataque. Em vantagem e a jogar em casa, podendo baixar o ritmo de jogo, a formação insular estava nas suas "sete quintas". Porém, num terreno pesado, o FC Porto criou, aos 27 minutos, uma situação soberana para empatar: Defour isolou Jackson mas este rematou rasteiro para uma defesa feliz de Gottardi, com o pé. Até ao intervalo, Djaniny assustou por duas vezes Fabiano, enquanto os Dragões pecavam por falhar muitos passes a meio-campo.
Naturalmente descontente com o rendimento da equipa, Luís Castro fez entrar Quintero e Ghilas ao intervalo, para os lugares de Defour e Licá. A alteração deu frutos logo no primeiro minuto da segunda parte, com a participação dos dois jogadores: Quintero abriu na esquerda em Ghilas, que cruzou para Jackson; o colombiano rodou para o seu 16.º golo esta época na Liga portuguesa, na qual é o melhor marcador. No entanto, uma desatenção defensiva, logo dois minutos depois, permitiu a Rondón repor a vantagem para os insulares, num lance em que o venezuelano foi mais perspicaz do que Abdoulaye e Fabiano.
A partir daí; o FC Porto encostou o Nacional atrás e criou várias jogadas que mereciam melhor sorte. Aos 54 minutos cruzamento de Alex Sandro, Miguel Rodrigues desvia e quase marca na própria baliza. Aos 59 minutos, Quaresma acertou no poste na conversão de uma grande penalidade por ele sofrida, após toque de Aly Ghazal.  Aos 77 minutos, o FC Porto sem nada a perder, retirava Abdoulaye e metia em jogo Carlos Eduardo.
Aos 78 minutos, surge o lance mais polémico da partida. Quaresma cruza da esquerda e Jackson Martínez marca mas João Capela considera que fez falta sobre Marçal. A falta é inexistente e revela a incompetência do árbitro que já nos habituou a este tipo de erros e outros semelhantes.
Jackson ainda voltou a estar perto do golo aos 83 minutos, mas a bola saiu por cima. Fica a ideia de que o FC Porto poderia ter atacado toda a segunda parte que não conseguiria trazer qualquer ponto.
Não obstante isso, o FC Porto manteve-se de cabeça erguida e só não saiu da Madeira com outro resultado, porque não foi uma noite afortunada para os azuis e brancos. Isto para não sublinhar ainda mais a contribuição do homem do apito. Todos estes factores fizeram com que no fim do jogo, Ricardo Quaresma tenha tido uma reacção intempestiva e tenha descarregado toda a frustração.
Na Quinta-feira, o FC Porto regressa à Liga Europa para iniciar a jornada com vista a atingir as meias-finais da prova frente ao Sevilha. É hora de mudar de página, unir forças, reunir o grupo e concentração máxima porque a prova é outra e as grandes decisões estão à porta.


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