sexta-feira, 30 de novembro de 2012

NOVA GRELHA DO PORTO CANAL

O Porto Canal estreou finalmente a sua nova grelha. A par da introdução de novos programas sobre desporto e o FC Porto, o Júlio Magalhães volta à antena, o Valter Hugo Mãe tem um programa sobre literatura e o Ricardo Couto assume as manhãs.
Quanto à questão de ser um canal do Porto para o país e para o mundo, acho que temos todo o potencial para isso, e uma obrigação acrescida tendo em conta o futuro que parece desenhar-se para a RTP Porto. Ser uma voz activa, analítica, inconveniente quando for preciso, em defesa dos interesses de uma cidade e de uma região onde o FC Porto é, gostem ou não os rivais que cá vivem, um dos símbolos mais importantes. Neste âmbito, Júlio Magalhães afirmou há tempos que Pinto da Costa lhe garantiu total independência e que não lhe foram colocadas quaisquer condições. Mas acrescentou que sabe que, qualquer que seja o canal, a independência nunca é total e o trabalho do jornalista está sempre, de alguma forma, condicionado.
Mas nem tudo é perfeito. Quase um ano depois da chegada de Júlio Magalhães e três semanas após o ponto de viragem que foi a apresentação da nova grelha, quem visita o site do Porto Canal depara com um espaço sem vida nem actividade, onde a programação do lado direito está actualizada mas os destaques , que ocupam a maior parte do ecrã, continuam a anunciar o Porto Alive às 19:00, quando agora é às 18:30, o Territórios às 20:45, quando agora é às 18h15, e ainda o Jornal do Norte, que já nem sequer faz parte da nova grelha. No “Vídeo on Demand” o último programa disponível é de 21 de Maio. Quem tentar ver a emissão online não consegue, porque o servidor de streaming encontra-se em actualização. Quem visitar a página do Porto Canal no Facebook verá que se multiplicam os pedidos para que o stream volte a estar activo, para que os programas sejam disponibilizados online ou mesmo para que o canal passe a ser aberto, o que obviamente não é uma possibilidade viável mas demonstra o interesse que as pessoas têm em aceder aos conteúdos do Porto Canal. E apesar disso, o site está descurado, o on demand desactualizado e o stream em actualização.
É preciso ter atenção a estas coisas. Hoje em dia passamos muito mais tempo atrás do ecrã do computador, ou mesmo do tablet e do telemóvel, do que da televisão, já para nem falar nos emigrantes e nas muitas pessoas que não têm acesso ao canal pelo modo convencional. Se queremos realmente afirmar-nos como um grande canal nacional feito a partir do Porto, não podemos ignorar esta vertente cada vez mais importante. A televisão é um meio muito poderoso, mas a Internet não fica atrás e quem souber jogar este jogo só tem a ganhar.

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