terça-feira, 29 de janeiro de 2013

FC PORTO 5-0 GIL VICENTE

FC Porto-Gil Vicente, 5-0
Liga, 16.ª jornada
28 de Janeiro de 2013
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 24.202 espectadores

Árbitro: Paulo Baptista (Portalegre)
Assistentes: José Braga e Valter Rufo
Quarto Árbitro: Luís Ferreira

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Lucho (cap.) e João Moutinho; Varela, Jackson e Defour
Substituições: Defour por Izmaylov (62m), Fernando por Castro (68m) e Varela por Sebá (81m)
Não utilizados: Fabiano, Maicon, Abdoulaye e Kelvin
Treinador: Vítor Pereira

GIL VICENTE: Adriano Facchini; Éder, Halisson; Cláudio e Vítor Vinha; Luís Manuel e César Peixoto; Paulo Jorge, André Cunha (cap.) e Luís Martins; Hugo Vieira
Substituições: Vítor Vinha por Valdinho (22m), Paulo Jorge por Brito (ao intervalo) e Hugo Vieira por Sandro (68m)
Não utilizados: Vítor Murta, Yero, Luís Carlos e Tiero
Treinador: Paulo Alves

Ao intervalo: 2-0
Marcadores: Danilo (4m), Vítor Vinha (11m, p.b.), Defour (54m), Varela (74m), Jackson (89m)
Cartão amarelo: Mangala (44m), Cláudio (47m e 61m)
Cartão vermelho: Cláudio (61m)


Os gilistas entraram nitidamente sonâmbulos no jogo. Quando acordaram para a realidade, já estavam a perder por duas bolas a zero, Mangala e Otamendi, sempre sintonizados, chegaram e sobraram para as encomendas, enquanto que Danilo e Alex actuaram quase sempre como se de extremos se tratassem. Também Fernando, curiosamente, surgiu mais adiantado no terreno e só pecou, a meu ver, no receio que ainda demonstra em rematar à baliza.
O intervalo chegou sem outros golos, que, no entanto estiveram para acontecer. No penálti que ficou por assinalar, depois de derrube a Danilo, ou na cabeça e nos pés de Jackson, com as oportunidades a perderem-se por questões de pormenor: por centímetros, primeiro, e porque Adriano Facchini também lá estava, depois.
Na segunda parte, o FC Porto proporcionou mais do mesmo e em menos de dez minutos, voltava a marcar: Lucho abriu à esquerda e Defour fez o resto, com um remate cruzado e indefensável.
Ao cabeceamento de Varela e à emenda de Jackson, assistidos por Castro e Alex Sandro, Facchini também não pôde fazer muito mais senão observar.
O jogo corria de feição aos azuis e brancos.Varela e Jackson não deixaram os seus créditos por mãos alheias. O golo do colombiano, a selar a goleada, foi a cereja no topo do bolo. O FC Porto passou assim, a líder do Campeonato Nacional com os mesmos pontos do eterno rival Benfica, mas com uma diferença favorável de três golos.
Esta foi a melhor resposta possível de um FC Porto que se vê, uma vez mais, a braços com uma luta contra os obscuros poderes regulamentares da Liga de Clubes. Em todo o caso, por muito mal contada que esteja esta história, a nossa Liga, aquela a que estamos habituados, é outra: chama-se Liga dos Campeões. E isso faz comichão a muita gente.


DECLARAÇÕES
Vítor Pereira: "Dei os parabéns aos jogadores"
Em conferência de imprensa, após a goleada ao Gil Vicente, Vítor Pereira revelou-se manifestamente satisfeito com a exibição do FC Porto. O técnico revelou até que deu os parabéns aos seus jogadores, sublinhando a qualidade da prestação dos azuis e brancos em termos colectivos e individuais e na vertente ofensiva e recuperação de bola.

"Hoje não há muito a dizer sobre o jogo. Na minha opinião, foi uma exibição fantástica a todos os níveis, do ponto de vista colectivo e individual. Ofensivamente tivemos uma dinâmica incrível e nos momentos de perda de bola fomos extremamente agressivos e curtos, não permitindo que o Gil Vicente jogasse. À primeira parte só faltaram mais golos. Na segunda, continuámos a criar situações e a fazer golos. Fizemos cinco, mas provavelmente ficaram mais cinco por marcar. Estou satisfeito com a prestação da equipa e dei os parabéns aos jogadores", afirmou.

O treinador vincou o "ritmo muito forte" imposto pelo FC Porto do "primeiro ao último minuto", o que obrigou o Gil Vicente a "cometer erros": "Tivemos um jogo exterior forte, mas não só. Também tivemos um jogo interior muito forte, conseguimos na maior parte das vezes tomar boas decisões e tivemos uma posse de bola esmagadora. Julgo que ao intervalo tínhamos 85 por cento de posse e isto revela a nossa qualidade, porque não se tratou de posse para trás e para o lado. Fizemo-lo com sentido da baliza e por isso estou muito satisfeito com a qualidade do nosso jogo", declarou.

Após a derrota do SC Braga frente ao Benfica, Vítor Pereira admitiu que o título será disputado entre o FC Porto e os lisboetas, mas desvalorizou a liderança da Liga, que os Dragões alcançaram por diferença de golos, mercê dos cinco apontados nesta segunda-feira. "O importante é chegar ao fim em primeiro, independentemente dos golos marcados e sofridos e das notas artísticas. Isso é que é revelador da equipa mais consistente e é isso que pretendemos. Claro que gostamos de apresentar um futebol de qualidade, como hoje, mas queremos é somar pontos e chegar ao fim em primeiro", observou.

Quanto a Liedson, que não foi inscrito a tempo de jogar, Vítor Pereira lembrou que o avançado ainda fez "muito poucos treinos" e a prioridade é agora "integrá-lo": "Se estivesse disponível, provavelmente teria entrado, mas oportunidades não lhe faltarão. Tem de evoluir nos índices físicos e entrosamento com os novos colegas, mas acredito que é mais um jogador que nos vai ajudar".


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