sábado, 3 de março de 2012

BENFICA 2-3 FC PORTO

Benfica-FC Porto, 2-3
Liga portuguesa, 21.ª jornada
2 de Março de 2011
Estádio da Luz, em Lisboa
Assistência: 58.313 espectadores

Árbitro: Pedro Proença (AF Lisboa)
Assistentes: Tiago Trigo e Ricardo Santos
Quarto árbitro: João Capela

BENFICA: Artur; Maxi Pereira, Luisão (cap.), Garay e Emerson; Javi, Witsel e Aimar; Nolito, Cardozo e Gaitán
Substituições: Rodrigo por Aimar (51m), Miguel Vítor por Garay (71m) e Nélson Oliveira por Javi (90m)
Não utilizados: Eduardo, Matic, Bruno César e Saviola
Treinador: Jorge Jesus

FC PORTO: Hélton; Maicon, Rolando, Otamendi e Alvaro; Fernando, João Moutinho e Lucho González; Hulk (cap.), Janko e Djalma
Substituições: James por Rolando (58m), Kléber por Moutinho (86m) e Sapunaru por Hulk (90m+3)
Não utilizados: Bracali, Cristian Rodríguez, Alex Sandro e Defour
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Hulk (7m), Cardozo (41m e 48m), James (64m) e Maicon (87m)
Cartões amarelos: Rolando (21m), Alvaro (24m), Cardozo (45m+1), Emerson (63m e 77m), Helton (90m), Hulk (90m+2) e Maxi (90m+3)
Cartões vermelhos: Emerson (77m, por acumulação de amarelos)


Pela terceira vez consecutiva (e sexta nos últimos 11 jogos), o FC Porto apagou a Luz. Depois de duas vitórias épicas no terreno do Benfica, na temporada passada, os Dragões voltaram a vencer esta sexta-feira, assumindo a liderança isolada da Liga. Os golos de Hulk, James e Maicon e a ousadia de Vítor Pereira valeram a vitória por 3-2 que põe os azuis e brancos na rota do título.
A entrada do FC Porto em campo foi avassaladora. Pressionando a saída do Benfica desde a sua defesa e assumindo o controlo da bola, os Dragões voltaram a provar a razão de ser o maior pesadelo do adversário. Quando as camisolas azuis e brancas estão do outro lado, eles tremem. E quando tantos diziam, há três jornadas, que o campeonato estava entregue, eis que os azuis e brancos já levam três pontos de vantagem, que valem por quatro devido à vantagem no confronto directo.
O bom arranque foi coroado com um golo de Hulk, que voltou a provar que não fica mais de seis jogos na Liga sem marcar. Pela terceira vez, a regra cumpriu-se, em grande estilo. O “Incrível” recebeu a bola na direita, “puxou” para o meio e desferiu um remate imparável para a Artur. A 108 quilómetros por hora, dizem os dados oficiais.
O Benfica demorou a reagir e fez o primeiro remate aos 23 minutos. Durante cerca de 15 minutos, conseguiu assumir o domínio do encontro, mas logo o FC Porto voltou a criar perigo. Aos 36, Lucho isolou Janko, mas Artur defendeu não só o remate do austríaco, mas também a recarga de Alvaro. Aos 38, um livre directo cobrado por Moutinho levou a bola a embater na barra.
Aos 41 minutos, num lance cheio de ressaltos, os lisboetas chegariam ao empate, por intermédio de Cardozo. Foi um castigo imerecido para os Dragões, que puseram em campo o seu plano de jogo e que criaram as melhores oportunidades de golo.
No reinício da partida, o Benfica colocou-se em vantagem, com novo golo de Cardozo, na sequência de um livre apontado por Aimar. A equipa da casa não justificava de todo a vantagem, mas o FC Porto arregaçou as mangas. Aos 58 minutos, James entrou em campo para o lugar de Rolando, numa aposta de ataque de Vítor Pereira que viria a dar os seus frutos e que marcou um ponto de viragem na partida.
Aos 64 minutos, James empatou (11.º golo na Liga, que vale o terceiro lugar na lista de melhores marcadores), num lance em que grande parte do mérito tem de ir para Fernando, que recuperou a bola junto à área do FC Porto e tabelou com o colombiano antes do remate vitorioso. Os Dragões não mais largaram o domínio do encontro e a expulsão de Emerson, aos 77 minutos, mostrou o caminho à equipa: havia que marcar um golo nos próximos 13 minutos e sair da Luz com vantagem no campeonato.
Depois de um lance na grande área do Benfica em que Cardozo toca a bola com a mão, o FC Porto chegou ao 3-2 com um golo de Maicon, que correspondeu a um livre de James na direita. Ainda na quinta-feira James estava em Miami, onde alinhou 80 minutos pela sua selecção, mas no dia seguinte brilhou na Luz. Este é o espelho de um grupo que não dá o braço a torcer, mesmo quando as circunstâncias são adversas. Ou seja, de nada valeu marcar o encontro para o dia mais desfavorável aos portistas.

DECLARAÇÕES
Vítor Pereira

"Um jogo difícil, complicado. São três pontos, ainda há muito campeonato para jogar, ainda vamos ter de trabalhar muito para chegarmos ao grande objectivo da temporada. Margem muito pequena, deslocações muito difíceis.
Uma boa vitória, que nos moraliza, parabéns aos meus jogadores, que fizeram uma excelente exibição.
Dedico aos nossos adeptos que vieram aqui apoiar-nos.
Viemos com o objectivo claro de levar os três pontos. Seja aqui, seja em qualquer lado, procuramos os três pontos e com os nossos argumentos e o nosso jogo conseguimos.
Fizemos um grande jogo colectivo. O James é um grande jogador e mais uma vez ajudou-nos".

Lucho González

"Mais uma prova de que este clube fala dentro do campo. Fizemos um grande jogo, sofremos golos por falta de concentração, mas penso que o resultado é mais do que justo.
Tínhamos capacidade quando estávamos em segundo lugar e agora só dependemos de nós. Ainda falta muito campeonato, mas temos muita confiança.
Não fico preocupado com o que pensam os outros, fui muito bem recebido no Porto, pelos companheiros. É melhor cada um falar da sua equipa. Esse treinador tem de pensar mais na sua equipa".

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