domingo, 15 de janeiro de 2012

FC PORTO 2-0 RIO AVE




FC Porto-Rio Ave, 2-0
Liga portuguesa 2011/12, 15.ª jornada
14 de Janeiro de 2012
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 24.419 espectadores

Árbitro: Marco Ferreira (AF Madeira)
Assistentes: José Lima e Nelson Moniz
Quarto árbitro: Sílvio Gouveia

FC PORTO: Helton (cap.); Maicon, Rolando, Otamendi e Alvaro; Fernando, Defour e Belluschi; Rodríguez, Hulk e James
Substituições: Hulk por Kléber (32m), Belluschi por Iturbe (65m) e Rodríguez por Varela (76m)
Não utilizados: Bracali, Mangala, Souza e Alex Sandro
Treinador: Vítor Pereira

RIO AVE: Huanderson; Jean Sony, Gaspar (cap.), Jeferson e Tiago Pinto; Bruno China, Wires e Jorginho; Kelvin, João Tomás e Yazalde
Substituições: Jorginho por Braga (59m), Kelvin por Mendes (70m) e Yazalde por Saulo (79m)
Não utilizados: Paulo Santos, Pateiro, Zé Gomes e Éder
Treinador: Carlos Brito

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: James (42m e 80m)
Cartões amarelos: Maicon (49m), Gaspar (53m), Bruno China (61m) e Iturbe (83m)
Cartão vermelho: Rolando (94m)
Este foi o 54.º encontro consecutivo que os azuis e brancos cumprem na Liga sem perder. Está assim ultrapassado o registo obtido por Bobby Robson, entre Outubro de 1994 e Março de 1996 (o recorde nacional é de 56 jogos). Para além disso, o FC Porto não perde no Dragão, para a Liga, desde 25 de Outubro de 2008, há 50 partidas. Curiosamente, os golos que valeram então a vitória ao Leixões (3-2) foram apontados por Bruno China e Braga, que alinharam este sábado com a camisola do Rio Ave.
A história da primeira parte é uma história de muita posse de bola portista e de um Rio Ave posicionado de forma muito conservadora. Sem João Moutinho, Vítor Pereira optou por colocar Defour como titular. O meio-campo portista funcionou de forma dinâmica no arranque da partida, mas depois os vila-condenses conseguiram colocar “gelo” no jogo, numa noite, aliás, verdadeiramente gelada (estiveram menos de 10º centígrados no Dragão e a chuva foi uma constante).
Rolando e James estiveram perto de marcar, ainda antes de Hulk sair lesionado, aos 32 minutos, na sequência de um “sprint” (Kléber entrou para o seu lugar). Os forasteiros, através de um remate de Kelvin, apenas incomodaram Helton aos 37 minutos. Mas o golo do FC Porto haveria de surgir antes do intervalo: James deu um “nó” em Tiago Pinto, na direita, e bateu Huanderson com um remate em jeito, de pé esquerdo.
Logo no recomeço, um cabeceamento de Rodríguez, na sequência de um canto, quase dava o segundo golo aos portistas. A única verdadeira situação de grande perigo do Rio Ave surgiu aos 48 minutos, mas Yazalde nem chegou a “assustar” Helton. O FC Porto repetia o bom início de primeira parte e Belluschi – em boa posição – e Kléber – num lance em que o guardião Huanderson teve de aplicar – estiveram perto do segundo tento.
Do lado do Rio Ave, o ex-portista Jorginho foi substituído por Braga e saiu de campo com uma ovação. O público do Dragão não esquece quem deu tudo pela causa azul e branca e o médio foi decisivo no título nacional de 2005/06, quando apontou o golo da vitória no terreno do Sporting, que praticamente decidiu esse campeonato. Curiosamente, quem o substituiu foi Braga, um dos jogadores do Leixões que marcaram ao FC Porto na última derrota caseira para o campeonato.
Vítor Pereira fez entrar Iturbe aos 65 minutos. Faltava no entanto resolver a questão do vencedor, e lá apareceu James de novo. Aos 80 minutos, com um belo trabalho dentro da área vila-condense, em que voltou a tirar Tiago Pinto da frente, fez o 2-0, com um remate cruzado, desta vez de pé direito. Huanderson não tinha hipótese de defesa e ainda defendeu “com os olhos” um remate em arco de Varela, aos 87 minutos. Para o FC Porto, a única nota negativa destes últimos minutos foi a expulsão de Rolando, já em período de descontos, com um vermelho directo.

DECLARAÇÕES NO FINAL DA PARTIDA

Vítor Pereira: "Quero é títulos!"
Com a vitória sobre o Rio Ave, Vítor Pereira elevou para 54 jogos consecutivos o registo de invencibilidade portista na Liga, ficando apenas a três de estabelecer um novo recorde absoluto, dado que se revela insuficiente para encantar o treinador dos Dragões. Simplesmente, porque só pensa em títulos.

Qualidade e precipitação
"Houve alturas em que circulámos a bola com qualidade e outras em que jogámos de forma precipitada, mas é natural que a tranquilidade não fosse a maior depois de uma semana em que perdemos a liderança."

Resultado escasso
"Fiquei satisfeito com a entrega, a espaços com a qualidade do jogo, até porque criámos situações mais do que suficientes para conseguirmos um resultado mais amplo e confortável."

Excelente James
"O James não é um ala puro, é um jogador que produz mais a jogar entre linhas e que tem muita qualidade em termos de tomada de decisão. Hoje fez mais um excelente jogo."

Até ao fim
"Este é um campeonato competitivo, que vai disputar-se até ao fim. Vamos atrás daquilo que pretendemos, que é o primeiro lugar. Há equipas com qualidade para sonhar com o título e aquela que for mais regular tem mais probabilidades de o conseguir."

Recordes para segundo plano
"Prefiro deixar os recordes para segundo plano e conquistar títulos. Quando entrámos para este jogo, fizemo-lo a pensar nos três pontos. O que eu quero é títulos."


MELHOR FRENTE AO RIO AVE
James, autor dos dois golos da vitória portista sobre o Rio Ave, o primeiro dos quais conseguido na sequência de uma brilhante jogada individual, foi considerado o melhor jogador em campo no encontro da 15.ª jornada da Liga, disputado na noite deste sábado, no Estádio do Dragão.

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