segunda-feira, 25 de agosto de 2014

PAÇOS DE FERREIRA 0-1 FC PORTO: JACKSON RESOLVEU O JOGO

Paços de Ferreira-FC Porto, 0-1

Primeira Liga, 2ª jornada
Sábado, 23 Agosto 2014 - 18:00
Estádio: Capital do Móvel, Paços de Ferreira

Árbitro: Manuel Mota (Braga)
Assistentes: Paulo Vieira e Jorge Oliveira
4º Árbitro: Cosme Machado

PAÇOS FERREIRA: Rafael Defendi, Jailson, Ricardo Ferreira, Ricardo, Hélder Lopes, Seri, Sérgio Oliveira, Minhoca, Manuel José, Cícero, Hurtado.
Suplentes: António Filipe, Flávio Boaventura, Valkenedy, Nélson Pedroso, Vasco Rocha (72' Manuel José), Barnes Osei (30' Hurtado), Rúben Ribeiro (80' Minhoca).
Treinador: Paulo Fonseca.

FC PORTO: Fabiano, Ricardo, Maicon, Martins Indi, Alex Sandro, Casemiro, Rúben Neves, Evandro, Cristian Tello, Jackson Martínez, Adrián López.
Suplentes: Andrés Fernández, Marcano, Brahimi, Quintero (18' Cristian Tello), José Ángel, Herrera (57' Evandro), Óliver Torres (65' Rúben Neves).
Treinador: Julen Lopetegui.

Ao intervalo: 0-1.
Marcadores: Jackson Martínez (40').
Disciplina: Seri (5'), Hélder Lopes (15'), Evandro (23'), Manuel José (36'), Alex Sandro (53'), Ricardo Ferreira (56'), Minhoca (61'), Maicon (64'), Óliver Torres (79'), Sérgio Oliveira (88').

O colombiano Jackson Martínez foi a figura do encontro deste sábado, em que o FC Porto venceu o Paços de Ferreira (1-0), ao marcar o seu terceiro golo em três épocas no estádio dos pacenses, confirmando a segunda vitória consecutiva do FC Porto na Liga 2014/15. Num campo tradicionalmente difícil, os Dragões repetiram o resultado da época passada, com o mesmo protagonista.
A meio de um play-off de apuramento para a fase de grupos da Champions League, Julen Lopetegui decidiu poupar alguns jogadores que foram utilizados nos últimos jogos, sacrificando a equipa e arriscando, de certa forma, perder pontos num campo tradicionalmente difícil. A qualificação para a liga dos campeões mereceu da parte do treinador portista uma atenção muito especial, levando-o a poupar de uma assentada quatro jogadores titulares em relação ao último jogo: Óliver, Herrera, Brahimi, Danilo e pela segunda vez, Ricardo Quaresma.
O FC Porto começou o jogo na Mata Real com Ricardo Pereira a jogar no lugar de Danilo, Evandro no lugar de Óliver, Tello surgiu a extremo direito e Adrián Lopez pela esquerda no lugar de Brahimi. Muitas alterações no figurino da equipa que, à partida, iria reflectir-se no rendimento da equipa. Ricardo Pereira não tem as rotinas de Danilo e Adrián Lopez não é um jogador que explora os flancos como Brahimi mas sim tem tendência a vir para dentro em diagonais. Quanto a Evandro e Tello, as opções são mais ou menos pacíficas, sobretudo o catalão que aposta muito no jogo vertical.
Aos 15 minutos surgiu a primeira grande contrariedade na equipa do FC Porto. Num sprint de Tello pela direita, o jogador ficou agarrado à coxa com suspeitas de rotura muscular. O jogador em quem Lopetegui confiava para explorar as alas teve que abandonar o jogo e está em dúvida para terça-feira. Julen Lopetegui viu a sua estratégia de jogo alterada muito cedo. Tello foi substituído por Quintero, jogador pouco propenso para jogar nas alas.
O FC Porto começava a ficar manietado no seu tipo de jogo, jogando muito pelo meio, com muita troca de bola, com muita posse de bola; mas sem alvejar com perigo a baliza do guarda-redes pacense Defendi. Apenas aos 35 minutos, Rúben Neves (algo apagado e discreto) fez uma tentativa de remate que saiu frouxo para as mãos do guarda-redes contrário. Cinco minutos depois, Quintero iniciou uma jogada pela direita, fez um cruzamento largo para o segundo poste onde apareceu Jackson Martinez a encostar e a fazer o resultado da partida. O FC Porto adiantava-se no marcador perto do intervalo e a equipa conseguiu ganhar algum ascendente e tranquilidade para encarar a segunda parte.
Pelo seu lado, o Paços de Ferreira colocou um autocarro em frente à sua baliza. O primeiro remate com perigo surgiu aos 45 minutos num livre a 30 metros da baliza batido por Sérgio Oliveira que Fabiano defendeu para a linha de fundo. Muito pouco para uma equipa que pretendia pontuar.
Na 2ª parte, o FC Porto entrou a jogar mais pausadamente, permitindo à equipa contrária a iniciativa de atacar e isso provocou dois calafrios na defesa portista. Primeiro por Cícero aos 55 minutos num cabeceamento na pequena área que saiu por cima da baliza de Fabiano e depois aos 60 minutos Hélder Lopes atirou por cima da barra.

A entrada de Herrera e Óliver foram a forma engendrada por Lopetegui para evitar males maiores na baliza portista. O encontro terminou mesmo com a vitória dos portistas por 1-0. O FC Porto não fez um bom jogo mas perante a actual conjectura e perante o que está em jogo neste momento, compreende-se a actuação que a equipa teve hoje frente aos castores.

DECLARAÇÕES
Lopetegui: “Vencemos um jogo difícil”

​Satisfeito pela segunda vitória consecutiva no campeonato, que é a terceira em outros tantos jogos oficiais, Julen Lopetegui considera que o FC Porto foi melhor nos primeiros 45 minutos, mas sentiu “maiores dificuldades” na segunda. Agora, o técnico basco já aponta baterias para o segundo jogo frente ao Lille, referente à segunda mão do play-off de acesso à UEFA Champions League, agendado para terça-feira, às 19h45, no Estádio do Dragão.

“Fomos superiores na primeira parte, mas demos um passo atrás na segunda e sentimos maiores dificuldades. Soubemos sofrer e vencemos um jogo difícil, frente a uma equipa muito aguerrida e organizada. Foi um jogo muito exigente e a equipa sente-se cansada, pelo que agora o importante é recuperar os jogadores para o próximo jogo, que é já na terça-feira e que todos sabemos ser importante para nós”, afirmou Julen Lopetegui no flash interview que se seguiu ao triunfo sobre o Paços de Ferreira (1-0).

Jackson Martínez destacou importância do triunfo em Paços de Ferreira

Jackson Martínez, o autor do único golo do desafio em Paços de Ferreira, salientou a importância da vitória e voltou a declarar que é feliz de Dragão ao peito. “Sabíamos que íamos sentir dificuldades, depois do que vimos no Benfica-P. Ferreira. Foi um jogo difícil, que se definiu em pequenos detalhes e estamos satisfeitos por termos conquistado uma vitória importante. Apenas prometo dar o máximo em todos os jogos, os golos são consequência do trabalho da equipa, pois eu não os marco sozinho. Fala-se sempre, mas estou concentrado no meu trabalho e no meu clube, que é o FC Porto”.


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