sexta-feira, 11 de abril de 2014

TRAGÉDIA SEVILHANA

Sevilha-FC Porto, 4-1

Liga Europa 2013/14, quartos, 2.ª mão
10 de Abril de 2014
Estádio: Ramón Sánchez Pizjuán, Sevilha

Árbitro: Gianluca Rocchi (Itália).
Assistentes: Elenito Di Liberatore e Mauro Tonolini; Daniele Orsato e Paolo Valeri.
4º Árbitro: Riccardo Di Fiore.

SEVILHA: Beto, Coke, Pareja, Fazio, Fernando Navarro, Carriço, Mbia, Rakitić, José Antonio Reyes, Bacca, Vitolo.
Substituições: Diogo Figueiras por José Antonio Reyes (56m), Kevin Gameiro por Bacca (69m), Trochowski por Rakitić (86m).
Não utilizados: Varas, Marin, Iborra, Samperio.
Treinador: Unai Emery.

FC PORTO: Fabiano, Danilo, Reyes, Mangala, Alex Sandro, Defour, Herrera, Carlos Eduardo, Varela, Ghilas, Quaresma.
Substituições: Quintero por Carlos Eduardo (46m), Ricardo por Varela (46m), Kelvin por Danilo (64m).
Não utilizados: Kadú, Maicon, Josué, Licá.
Treinador: Luis Castro.

Ao intervalo: 3-0.
Marcadores: Rakitić (5m, pen), Vitolo (26m), Bacca (29m), Kevin Gameiro (79m), Quaresma (90+2m).
Cartões amarelos: Mangala (29m), Varela (31m), Coke (32m), Quaresma (32m), Bacca (66m), Ricardo (75m).
Cartões vermelhos: Coke (54m).

O FC Porto sofreu uma pesada derrota no terreno do Sevilha, por 4-1, resultado que afasta o clube das meias-finais da Liga Europa. A vantagem de 1-0 trazida do Dragão foi logo desfeita aos cinco minutos e depois os Dragões cometeram demasiados erros, chegando ao intervalo com uma desvantagem de 3-0 que era muito difícil de recuperar. Numa cidade talismã, em que tinha vencido nas duas anteriores visitas, os azuis e brancos sofreram desta vez uma derrota dolorosa. No entanto, estes têm essencialmente de se queixar de erros próprios cometidos no jogo, já que permitiram aos espanhóis atingir uma vantagem de 3-0 que nem estaria nas suas melhores previsões. Os golos do Sevilha resultaram de desconcentrações dos portistas, que pecaram por alguma falta de agressividade e concentração.
Rakitic, aos 5 minutos, inaugurou o marcador para o clube Andaluz, na marcação de uma grande penalidade muito duvidosa. Vitolo (partindo de posição irregular) cruza da direita, Bacca antecipa-se e depois de passar por Danilo, estica a perna esquerda para trás e mergulha para o relvado. O árbitro, em vez de mostrar um cartão amarelo a Bacca, por evidente e ostensiva simulação, decide assinalar penalty contra o FC Porto. Aos 26 minutos, Vitolo fez o 2-0 e o colombiano Bacca, aos 29 minutos, colocou o marcador em 3-0, fixando o resultado com que as equipas recolheram aos balneários.
No segundo tempo, o FC Porto subiu de rendimento e chegou a ameaçar a baliza de Beto, principalmente depois dos 54 minutos, altura em que ficou em vantagem numérica, com a expulsão de Coke.
Apesar do domínio territorial dos dragões, o Sevilha ampliou o resultado para 4-0, por Kevin Gameiro, sendo que o golo de honra dos portistas apenas surgiu nos descontos, num grande golo de Quaresma, de fora da área, que fixou o resultado final em 4-1.

DECLARAÇÕES
Luís Castro
O treinador do FC Porto manifestou o seu desalento pela exibição pouco conseguida dos Dragões frente ao Sevilha, na segunda mão dos quartos-de-final da Liga Europa. Herrera e Quaresma, naturalmente desiludidos com a derrota na Andaluzia, alertam para o que ainda há para vencer em 2013/14.

“O lance da grande penalidade acaba por ser preponderante para o desenrolar do jogo. Tentámos jogar, mas o Sevilha pressionou muito alto, criando-nos dificuldades nas nossas saídas para o ataque. O segundo golo foi difícil de digerir e o terceiro abalou-nos por completo emocionalmente. A segunda parte foi claramente nossa, mas esta foi uma noite em que nada nos correu bem”, afirmou Luís Castro na flash-interview que se seguiu ao embate com o Sevilha.

O técnico portista salienta, no entanto, que os azuis e brancos foram uma equipa trabalhadora e dedicada, abrindo horizontes para os compromissos que se seguem. “É fácil apontar erros depois de um jogo que se perde por 4-1. Trabalhámos muito, ainda que nem sempre bem. Neste momento, ninguém no FC Porto se sente bem por aquilo que aconteceu. Temos de trabalhar para o que ainda há para disputar esta época. O próximo objectivo é vencer em Braga”.

Sobre a sua expulsão, bem como sobre o trabalho do árbitro, Luís Castro não podia ser mais explícito: “Creio que o árbitro actuou de forma arrogante e prepotente para comigo e para com os jogadores do FC Porto”.

Herrera e Ricardo Quaresma
Para Herrera, o golo madrugador dos andaluzes acabou por destabilizar o FC Porto, que não mais conseguiu reagir à desvantagem que se foi acumulando com o desenrolar do encontro. “A grande penalidade que deu origem ao primeiro golo não existiu. Acusámos esse golo e demos espaço ao Sevilha para praticar o seu futebol. Estamos tristes pois esta era uma competição que ambicionávamos vencer. É uma derrota que dói muito, mas temos de levantar a cabeça e trabalhar para vencer o próximo jogo”.

Por sua vez, Ricardo Quaresma, autor do único golo portista neste encontro, reconheceu que os Dragões não entraram bem no jogo: "Jogámos mal e merecemos perder. Podemos e devemos dar muito mais do que aquilo que fizemos neste jogo. Temos de lutar pelo que ainda podemos ganhar”.

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