quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

FC PORTO 1-0 MÁLAGA


FC Porto-Málaga CF, 1-0
Liga dos Campeões, oitavos-de-final, primeira mão
19 de Fevereiro de 2013
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 42.209 espectadores

Árbitro: Mark Clattenburg (Inglaterra)
Assistentes: Simon Beck e Stuart Burt
Quarto árbitro: Simon Long
Assistentes adicionais: Lee Probert e Mike Dean

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Lucho (cap.) e João Moutinho; Varela, Jackson e Izmaylov
Substituições: Varela por James (58m), Izmaylov por Atsu (70m) e Lucho por Castro (90m+1)
Não utilizados: Fabiano, Maicon, Liedson e Sebá
Treinador: Vítor Pereira

MÁLAGA CF: Willy; Sergio Sánchez, Demichelis, Weligton (cap) e Antunes; Iturra e Toulalan; Joaquín, Júlio Baptista e Isco; Santa Cruz
Substituições: Joaquín por Portillo (63m), Júlio Baptista por Piazón (78m) e Iturra por Camacho (78m)
Não utilizados: Kameni, Lugano, Saviola e Duda
Treinador: Manuel Pellegrini

Ao intervalo: 0-0
Marcador: João Moutinho (56m)
Cartão amarelo: Iturra (75m)


Um golo de vantagem para a exibição, é escasso, mas poderá ser diferença de sobra para a eliminatória. No Dragão, onde só Moutinho marcou e o FC Porto justificou um desfecho mais amplo.
O Málaga fez um único remate em 90 minutos, o que diz quase tudo do desempenho ofensivo da equipa andaluz e da abordagem ao encontro de Manuel Pellegrini, o seu técnico chileno, que terá reservado todos os segredos e trunfos para a segunda mão.
Há, no entanto, outras formas possíveis e plausíveis de explicar o nulo ao intervalo, que ultrapassam as razões da propensão defensiva da equipa com menos golos sofridos do campeonato espanhol. Perceber o que fez o FC Porto durante os 64 por cento do tempo em que teve a bola é um bom começo. Jogou incomparavelmente mais e melhor, mas sem provocar os desequilíbrios profundos de que nascem os golos.
Um metro, um deslize literal ou uma má opção entre o momento do passe e do remate afastavam os Dragões da vantagem. Para Willy, guarda-redes do Málaga, bastou estar atento. Até ao momento em que assistir foi tudo o que pôde fazer. Aos 56 minutos, viu, de local privilegiado, a bola passar-lhe entre as pernas, num ataque relâmpago em que João Moutinho desviou, com subtileza, um cruzamento de Alex Sandro.

O jogo tinha, então, tudo para assumir outra configuração, ganhando com ela um interesse renovado. Mas não. O Málaga não quis, recusou-se. À excepção do resultado, continuou tudo igual, só com uma das partes intervenientes a… intervir. Mais velocidade e mais cruzamentos e (por vezes, também) mais lateralizações não resultaram na vantagem que o FC Porto merecia.

DECLARAÇÕES
No rescaldo da vitória sobre o Málaga CF (1-0), Vítor Pereira mostrou-se satisfeito com o comportamento da equipa, frisando porém que o resultado foi escasso para tanto domínio. Em Espanha, na segunda mão, o treinador espera que o adversário arrisque mais, mas o FC Porto tem capacidade para fazer golos em "qualquer estádio do mundo".

"Estamos a meio de uma eliminatória, em vantagem por 1-0. Ganhar era o objectivo, se possível sem sofrer golos, mas depois do jogo jogado julgo que justificámos pelo menos mais um golo e isso seria mais verdadeiro, do meu ponto de vista. Trabalhámos muito para conseguir o 2-0, mas não foi possível. Estou muito satisfeito com o esforço da equipa", afirmou o técnico.

Vítor Pereira considerou que a tímida prestação do Málaga (que fez apenas um remate à baliza portista) "teve muito a ver com o que o FC Porto permitiu". "A nossa identidade é esta e é assim que jogamos em Portugal, para ter iniciativa, bola e dominar o jogo. Reagimos de forma agressiva nos momentos de perda e não permitimos que o jogo se partisse e entrasse em transições. Não ter bola contra o Málaga é um problema e julgo que hoje limitámos muito o seu jogo", declarou.

O treinador dos Dragões admitiu que os andaluzes defenderem "bem", mas pouco mostraram do habitual futebol de ataque, porque o FC Porto "foi consistente do primeiro ao último minuto". O segundo golo não surgiu por alguma falta de "critério e definição" no último terço, mas também por mérito do Málaga. Em Espanha, a história não deverá ser a mesma: "Claro que esperamos dificuldades em Málaga. Hoje tivemos o apoio da nossa massa associativa, que foi extraordinária do primeiro ao último minuto. Em Espanha, terão eles esse apoio, mas somos uma equipa capaz de chegar a Málaga ou a qualquer estádio do mundo e fazer golos".

"Tentaremos ser aquilo que sempre tentamos ser. O Málaga vai procura virar o resultado, arriscando mais no jogo ofensivo, mas lá estaremos para discutir o encontro com os nossos argumentos. Temos argumentos individuais e colectivos para discutir a eliminatória até ao último minuto", observou Vítor Pereira, que apelou ainda aos adeptos para que venham ao Estádio do Dragão no sábado (20h15), para a recepção ao Rio Ave, da Liga portuguesa. "Estamos orgulhosos e acreditamos que eles também estão orgulhosos da equipa. É importante que os jogadores sintam o mesmo entusiasmo de hoje no encontro do campeonato", concluiu.

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