quinta-feira, 24 de novembro de 2011

S. DONETSK 0-2 FC PORTO


Shakhtar Donetsk-FC Porto 0-2
Liga dos Campeões 2011/12, quinta jornada
23 de Novembro de 2011
Donbass Arena, em Donetsk
Assistência: 3275 espectadores

Árbitro: Craig Thomson (Escócia)
Assistentes: Alasdair Ross e Derek Rose
Assistentes adicionais: Steven McLean e Stephen O'Reilly

SHAKHTAR DONETSK: Rybka, Kobin, Kusher, Rakitskiy e Rat; Hubschman e Fernandinho; Eduardo, Mkhitaryan e Willian; Luiz Adriano.
Substituições: Eduardo da Silva por Jadson (59m), Willian por Alex Teixeira (69m), Kobin por Douglas Costa (87m)
Não utilizados: Tetenko, Gai e Chyzhov.
Treinador: Mircea Lucescu

FC PORTO: Helton; Maicon, Otamendi, Rolando e Alvaro Pereira; Fernando, Defour e João Moutinho; Djalma, Hulk e James Rodríguez.
Substituições: Djalma por Cristian Rodriguez (73m), James por Varela (81m), Defour por Souza (88m)
Não utilizados: Bracali, Fucile e Kléber..
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Hulk 79m; Rat 90m (pb)
Disciplina: James Rodriguez 35m, Eduardo da Silva 50m; Jadson 65m; Kobin 75m


O encontro começou da pior maneira. Ainda o primeiro minuto não se tinha esgotado e já o Shakhtar criava uma situação de enorme perigo. Como habitualmente, a zona imediatamente à frente dos centrais permanecia desprotegida. Por seu turno, a equipa ucraniana fazia a sua parte para criar e aprofundar esse buraco, com Luiz Adriano a arrastar sempre Otamendi e Rolando para fora das suas posições.
Os azuis e brancos responderam com um passe longo na diagonal de Álvaro Pereira para Hulk, tendo este criado bastante perigo para a baliza de Rybka. Aos 10 minutos  os ucranianos voltavam a deixar a nú as dificuldades de acompanhamento dos movimentos de Mkhiratyan e, aos 15', a bola chegou mesmo a embater no poste, depois de mais um exemplo da falta de rotinas de Maicon na posição de lateral-direito, deixando sempre imenso espaço entre si e o central do seu lado.
O segundo tempo trouxe consigo um jogo mais partido. Ao cansaço físico evidente dos ucranianos juntava-se uma ansiedade por parte dos dragões, que teimavam em fazer tudo demasiado rapidamente, com algumas más decisões em contra-ataque, com evidentes repercussões na transição ataque-defesa. Com o receio de perder o jogo, os portistas viam frequentemente Hulk desapoiado na frente, tentando fazer tudo sozinho, mesmo quando tinha colegas a seu lado.
Ao minuto 70, Hulk criou mais uma boa oportunidade para marcar, a passe de Defour - um momento que viria a virar definitivamente o jogo. 2 minutos depois, o Shakhtar atirou uma bola ao poste (depois de duas enormíssimas defesas de Helton) e o FC Porto pareceu perceber de uma vez por todas que tinha condições para ir atrás do jogo. Com a entrada de Cristian Rodríguez para o lugar de James, a equipa pareceu ficar contagiada com a entrada do suplente e quis tirar todo o proveito do seu jogo e do empate entre Apoel e Zenit.
Dessa forma, e aproveitando a cada vez maior falta de frescura física e desposicionamento defensivo do seu oponente, Hulk fez o primeiro golo aos 79 minutos  no seguimento de um excelente passe de João Moutinho. Depois do golo, a equipa transfigurou-se, como que finalmente liberta das amarras que a vinham detendo de há algumas semanas a esta parte. O segundo golo surgiu mesmo ao cair do pano, depois de um remate extraviado de Maicon e uma tentativa falhada de Rat, o lateral-esquerdo do onze ucraniano, de aliviar a bola.
O FC Porto soma agora sete pontos, precisa de vencer o Zenit para assegurar o apuramento, sendo que já garantiu os serviços mínimos, que é passar para a Liga Europa.

DECLARAÇÕES NO FINAL DA PARTIDA
Vítor Pereira
“Foi, fundamentalmente, um Porto consistente, a saber exactamente aquilo que pretendia. Depois, o talento dos jogadores fez o resto. A qualidade e a capacidade de explosão do Hulk tanto dá para jogar nas alas como no meio, e nós sentimos que era estrategicamente importante termos um jogador rápido e explosivo entre os centrais adversários. Às vezes, é preciso bater no fundo para nos levantarmos, e as equipas e os homens vêem-se pela capacidade que têm de se levantar depois da queda. O jogo com a Académica é assunto enterrado, mas é para recordar e não repetir. Foi isso mesmo que os jogadores quiseram transmitir aqui. Continuamos dentro dos nossos objectivos e teremos a oportunidade de discutir o apuramento com o Zenit, em casa. Vamos agora preparar bem o jogo com o Braga, que também é fundamental para nós.”

Hulk
“Foi um jogo bastante complicado para todos os jogadores. Sabíamos que podíamos sair daqui com um resultado positivo, se entrássemos concentrados como entrámos. Os três pontos são consequência disso. Fomos guerreiros do princípio ao fim. O mister optou por este onze, mas sabia que também podia contar com quem estava no banco. Estamos a dar o máximo e esta é a nossa resposta. Agora só dependemos de nós para passarmos aos oitavos-de-final, mas não podemos esquecer de manter os pés no chão e a humildade, e conseguir os três pontos já frente ao Braga, para o campeonato, para depois podermos pensar na Liga dos Campeões e conseguirmos a vitória que falta para seguirmos em frente.”

Helton
“Graças a Deus, pude ajudar a equipa naquele lance, reagi rapidamente. Temos o hábito de encarar todos os jogos como sendo o mais importante. Se queremos estar na frente, os jogos são sempre finais para nós e, para termos êxito, temos que os encarar com a entrega que revelámos hoje.”

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